Foi designado para arbitrar ontem, no Estádio Municipal de Rio Maior, o encontro de apresentação da equipa B do Sporting Clube de Portugal, que opôs esta equipa à Associação Académica de Coimbra.
Na época prestes a iniciar-se, será um debutante do quadro da 2ª categoria e é filiado na Associação Distrital de Santarém. Na sua ficha aparecem-nos, para além dos seus dados pessoais, o seu trajecto desportivo desde que, em 2002, iniciou a sua actividade:
Ficha de Árbitro
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Curriculum desde o início da sua actividade:
2012-2013 | 2ª Nacional | Classificação: | Santarém |
2011-2012 | 3ª Nacional | Classificação: 2 | Santarém |
2010-2011 | 3ª Nacional | Classificação: 50 | Santarém |
2009-2010 | 3ª Nacional | Classificação: | Santarém |
2008-2009 | 3ª Nacional | Classificação: | Santarém |
Quase com a mesma atenção que dediquei à evolução das jovens promessas leoninas, fui apreciando a prestação deste jovem árbitro de futebol. Porque me assiste quase a mesma curiosidade, em relação aos juízes do futuro, àquela que me suscitam os prometedores atletas do amanhã.
E enquanto se foi radicalizando em mim a certeza de que o futuro do futebol português estará garantido, mesmo analisando apenas o talento exibido pelo maior alforge do futebol português, que é e poucas dúvidas subsistirão de que continuará a ser por largos anos, o Sporting Clube de Portugal, fui ensaiando um esgar de tristeza ou mesmo decepção, ao reparar na mais que evidente falta de elementares princípios de formação técnica do senhor árbitro Hugo Silva, tristemente complementada com uma preocupante debilidade da estrutura de carácter que deveria ser atributo de um futuro juíz.
Aos clamorosos erros técnicos, consubstanciados nas envolventes dos golos conseguidos pela Associação Académica de Coimbra, em ambos os casos precedidos de faltas claras dos estudantes, sobre os jogadores sportinguistas Zézinho e Árias e de uma flagrante grande penalidade perdoada aos mesmos no último minuto de jogo, por deliberado toque com o braço de um defenssor academista em pleno coração da grande área, haverá que somar a total incapacidade deste juíz, para colocar um ponto final na extrema violência usada pelos estudantes, particularmente na primeira parte do encontro, nomeadamente por parte do seu jogador Edinho, que apenas foi admoestado com o cartão amarelo depois de protagonizar quatro situações merecedoras de idêntica penalização.
É certo que se tratava de um encontro amigável e que seria recomendável por parte do juíz uma certa contemporização, evitando excessos de rigor, facilmente substituíveis por uma actuação que, sendo firme, fosse apenas profiláctica e dissuasora. Mas de nada disso o senhor Hugo Silva mostrou ser capaz e foi deixando desenrolar o jogo, sem a mínima noção de que estavam em jogo uns valentões, manhosos e arruaceiros "adultos", contra uns imberbes e terrivelmente inexperientes "putos", cujo talento ia ridicularizando "os velhos", que outros argumentos não encontravam, perante a desoladora complacência do árbitro, que não fosse o recurso "à castanhada".
Não sei adivinhar a evolução que este jovem juíz possa vir a protagonizar no futuro, mas temo que dentro de dois ou três anos, se as "cunhas" não o anteciparem, teremos o senhor árbitro Hugo Silva no primeiro escalão da arbitragem portuguesa, o que inevitavelmente significará que continuemos a assistir a "xistradas", "paixonetas", "luciladas", "benquerençadas" e toda a panóplia de instrumentos de martírio, superiormente coordenada pelos abencerragens que nunca mais largam o futebol português.
Temos pena, naturalmente, que o miserabilismo português não se resuma à classe política. Mas este incontornável estigma parece já fazer parte do nosso ADN. Ao Sporting Clube de Portugal, apenas restará o caminho que todos sabemos demasiado bem, qual terá de ser: vencer, não só os adversários, como este terrível "status quo" que nos envolve e nos pretende reduzir a cinzas!...
Leoninamente,
Até à próxima
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