Nada me liga à colectividade Clube Recreativo Leões de Porto Salvo, para além da indignação que com ela partilho neste momento e do desejo de que as instâncias competentes procedam no sentido de ser reposta a justiça. O crime é público e por isso não carece de denúncia, conforme estabelece a lei. Veremos se as autoridades competentes se desligam da mixórdia que vai grassando por este desgraçado país e se aos fracos é reconhecido o direito de continuarem a ser dignos e aos que se presumem de fortes é colocado um travão na senda criminosa que prosseguem.
Comunicado do Leões de Porto Salvo:
1. O jogador de futsal Vítor Hugo foi atleta dos Leões de Porto Salvo na época 2011/12;
2. Terminada a época, assinou de livre vontade a renovação do seu contrato com os Leões de Porto Salvo quando convidado a fazê-lo, logo que terminada a meia-final do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, no início de junho de 2012;
3. Após já se ter comprometido com o nosso clube e à nossa revelia foi abordado por elementos ligados à secção de Futsal do SL Benfica, que o convidaram a transferir-se para o referido clube na época 2012/13;
4. Tendo segundo viemos a tomar conhecimento aceite e assinado uma 2.ª inscrição de jogador para a época 2012/13;
5. Este facto e de acordo com o Regulamento da Transferência de Jogadores da Federação Portuguesa de Futebol é incorreto e alvo de medida punitiva;
6. O SL Benfica sem que tivesse numa 1.ª fase dado qualquer conhecimento aos Leões de Porto Salvo do seu interesse no atleta Vítor Hugo e não ter posteriormente chegado a qualquer entendimento com o nosso clube, avançou com o registo da inscrição do jogador na FPF;
7. O Clube Recreativo Leões de Porto Salvo estaria também no direito e habilitado a fazê-lo se assim o entendesse;
8. Porque entendeu que não quer prejudicar qualquer atleta ou tê-lo contrariado, resolveu não o fazer, evitando deste modo uma “possível” suspensão do jogador com expectável impedimento temporal da sua atividade desportiva federada;
9. Não queremos, no entanto, deixar de publicamente dar conta dos factos e lamentar a postura menos correta e construtiva no nosso entender da Secção de Futsal dum grande clube português, como o Sport Lisboa e Benfica pela forma como conduziu todo o processo;
10. Apesar de menos mediáticos e recentes estreantes no Campeonato Nacional da 1ª Divisão da modalidade, o Clube Recreativo Leões de Porto Salvo não se identifica com tais atitudes e maneiras de estar no desporto e no Futsal em particular;
11. Tudo continuaremos a fazer em prol do desenvolvimento do desporto em geral e em particular do futsal, mas principalmente na formação dos homens e mulheres do amanhã, tendo por base a transmissão de princípios tão elementares como o respeito pelo outro independentemente da nossa dimensão e posição.
Leoninamente,
Até à próxima
Futsal dos galináceos = futebol dos bimbos
ResponderEliminarAmbos são altamente corruptos e nada lhes acontece!!!
No Sporting, quando um jogador é comprado, normalmente enaltece o papel do clube no processo, os galinhas, além de terem um elevado número de jogadores que eram do Sporting ( ainda agora foram buscar outro que já foi do SCP),como treinador tiveram de escolher um antigo técnico do Sporting e agora ainda têm a lata de roubar um jogador aos "leões" de Porto Salvo! Depois dissemos que os sportinguistas é que são obsecados pelo benfas.... Parece que é mais ao contrário!!!
Caro "karl",
ResponderEliminarDas obsessões dos outros, cada um fale por si. Por mim, apenas tenho uma, que é o nosso SPORTING!..
Do assunto em questão, a corresponderem à verdade as afirmações constantes no comunicado que reproduzi, que pelas informações que me chegaram são o repositório real dos factos, o atleta deveria ser fortemente penalizado, porque me parece ser o principal culpado de tudo o que aconteceu, se bem que a atitude dos responsáveis benfiquistas, a qualquer pessoa decente pareça inapelávelmente incorrecta.
Quero no entanto sublinhar que a atitude dos Leões de Porto Salvo, também me parece extremamente incorrecta, no mínimo, por omissão. A colectividade, com a renovação do contrato devidamente assinada pelo atleta, deveria fazer entrar na Federação a correspondente inscrição e depois aguardar a decisão desse orgão federativo, que obrigatoriamente passaria pela punição de uma época de suspensão do atleta, como é normal nestes casos, em que aparecem dois contratos assinados pelo mesmo atleta por dois clubes diferentes.
Com o argumento falacioso de "não cortar as pernas ao atleta", a colectividade de Porto Salvo, retira a possibilidade de a Federação actuar, permite que a colectividade prevaricadora inscreva o jogador sem qualquer impedimento ou justa repreensão, colabora e permite que seja premiado um crime desta natureza, deixa sem punição um atleta sem carácter e sem dignidade e impede que este caso constitua um exemplo para o futuro.
Ao expôr-se publicamente com o comunicado que publiquei, a colectividade de Porto Salvo, gera naturalmente a nossa solidariedade, mas comete um tremendo erro de análise e até processual, de que poderá vir a arrepender-se seriamente no futuro.
Enquanto crimes desta natureza não forem penalizados, o futsal e todas as outras actividades desportivas continuarão a constituir a "selva" que todos conhecemos.
SL
Concordo totalmente com o ponto de vista do "Álamo".
EliminarNeste caso, nenhuma das três partes pode ficar isenta.
Se por um lado, jogador e benfica agiram de má fé, ao ignorar um contracto de trabalho com outra entidade, devendo ser punidos por isso, a colectividade de Porto Salvo também perde parte do direito à indignação e revolta ao afirmar que entendeu não apresentar queixa na federação por "não quer prejudicar qualquer atleta ou tê-lo contrariado".
Se o atleta em causa não mostrou qualquer tipo de respeito pelo clube ao qual pertencia, prejudicando-o ao abandoná-lo sem qualquer contrapartida financeira, porque é que esse mesmo clube entende não querer apresentar queixa, quando tem a razão toda do seu lado?
Enquanto determinados clubes, ditos pequenos não mudarem de atitude, talvez com o receio de retaliações, o desporto vai continuar a ser dominado pela corrupção e pelo compadrio.