Ainda faltam chegar alguns. Fábian Rinaudo, Diego Rubio, Átila Turan e Luis Aguiar parecem ter já tudo acertado com o Sporting Clube de Portugal e faltarão pequenos pormenores como sejam, atravessar o Atlântico ou a Europa, visitar o Mundo Sporting e o Estádio José de Alvalade, entrar no Auditório Artur Agostinho e dizer aquelas palavras que, mesmo sendo de circunstância, fazem sempre bem ao ego sportinguista.
Não sabemos se haverá mais alguma carta na manga de Carlos Freitas. Ou se as especulações várias que ainda vão correndo nos "mentideros" habituais terão algum sentido. Pouco importa, no fundo o plantel estará formado, para já com 25 jogadores e outra qualquer contratação já não nos poderá reduzir o optimismo e a esperança, antes pelo contrário.
A palavra agora é de alguém que tem um nome: Domingos Paciência !...
Domingos terá nas mãos um plantel cuja média de idades rondará os 25 anos e onde se assiste a uma mescla quase perfeita de juventude, fulgor e experiência. Se por um lado terá ainda de burilar e fazer crescer jovens como Árias(19), Turan(18), João Gonçalves(23), André Martins(21), Wolfswinkel(22), Carrillo(18) e Diego Rubio(18) - este ainda por confirmar, mas quase certo - por outro poderá dispor de jogadores ainda jovens mas já com a experiência suficiente para assimilarem rapidamente os seus processos e objectivos, como serão Patrício(23), Marcelo(25), Carriço(23), Rinaudo(24), André Santos(22), Luis Aguiar(25), Matias Fernandez(25) e Djaló(25) e finalmente terá um naipe de jogadores com muito futebol nas pernas e com a experiência suficiente para que em caso algum o edifício abane perante ventos desfavoráveis. São os casos de Tiago(36), João Pereira(27), Onyewu(29), Polga(32), Rodriguez(27), Evaldo(29), Schaars(27), Izmailov(29), Valdês(30) e Postiga(29).
Depois, a Domingos Paciência nunca se colocarão quaisquer problemas de vedetismo tão habituais em certos planteis. O Sporting, sem dinheiro para adquirir vedetas para encherem as primeiras páginas dos jornais, fez contratações cirurgicamente planeadas onde a relação qualidade/preço foi tão favorável aos interesses do clube como à ausência de vedetismos que dificultariam, como sempre dificultam, o trabalho da equipa técnica.
Mas nem tudo será fácil para Domingos Paciência. Quando ele pretender começar a querer impor a sua filosofia de jogo e os sistemas que mais se adequem aos jogadores de que dispôe, ver-se-à confrontado com terríveis vícios antigos que, só com muito trabalho, paciência e perseverança conseguirá eliminar. Foram várias temporadas a jogar mal e em que os jogadores se habituaram à complacência, falta de autoridade ou de visão estratégica e tática de quem os dirigia. Foram várias temporadas em que a componente física foi descurada e os treinos quase se resumiam a meinhos e corridinhas a passo à volta dos relvados, em amena cavaqueira em que os próprios preparadores participavam alegremente, sem esforço, sem dedicação, sem devoção à causa sportinguista. Depois, nos jogos, até doía ver equipas cujos únicos objectivos eram não descerem de divisão, a lutarem durante 90 minutos e os nossos a darem o completo estouro ao fim de 60 ou 70 minutos. Esse ciclópico trabalho de Domingos vai levar tempo. Oxalá que não demore muito, mas todos nós teremos o dever de compreender que a missão será espinhosa e demorada.
Que Domingos Paciência tenha a força e a coragem de que o Sporting tanto necessita. Nós cá estaremos para lhe prestar a homenagem, quando o êxito vier. Mesmo que demore. Porque nós acreditamos. Em Domingos Paciência e no Sporting!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
Sem comentários:
Enviar um comentário