terça-feira, 6 de junho de 2017

Um bom ponto de partida para a época que se avizinha!...



SAD LEONINA FECHA TERCEIRO TRIMESTRE COM 35 MILHÕES DE LUCRO (LINK)

Sporting revela contas dos primeiros nove meses da época em comunicado à CMVM

Segundo comunicado divulgado pela CMVM, a Sporting Clube de Portugal, Futebol SAD, informou aquela entidade ter fechado o terceiro trimestre da época 2016/17 - período compreendido entre 1 de Julho de 2016 e 31 de Março de 2017 - com lucros de 35,089 milhões de euros, uma melhoria significativa face ao período homólogo do ano fiscal anterior.

Um bom ponto de partida para a época que se avizinha!...

Leoninamente,
Até à próxima

8 comentários:

  1. Será? ainda não analisei ao pormenor este exercício mas daquilo que já li, dá para confirmar que mais uma vez os resultados operacionais sem transacção de atletas é substancialmente negativo o que é sempre um péssimo sinal, pois demonstra que sem receitas extraordinárias a Sporting Sad continua a não conseguir equilibrar as suas contas; isto numa Sad que tem uma enorme dívida abater e que só não caiu porque ficou "pendurada" nos tão falados VMOCS. É verdade que as receitas operacionais até tiveram um bom incremento, mas parece-me que o aumento da despesa operacional, incluindo o aumento com a carga salarial tudo anulou, ou mesmo ultrapassou (não analisei, li) em conclusão, pouco ou nada serviu.Já agora é bom recordar que este resultado de 35 milhões só é possível no mesmo exercício em que se contabilizaram as verbas da venda de João Mário e de Slimani e que ultrapassaram os 60 milhões; ou seja, tendo em conta a receita operacional, parece-me que mais de metade deste valor já foi completamente "torrado" já que é bom relembrar que pouco ou nada nos valeu em termos desportivos, já que melhor que conseguimos alcançar com tanto dinheiro gasto, foi a classificação para a fase de apuramento da Liga dos Campeões. Em comparação coma época passada, gastámos muito mais para fazer muito menos.
    Outro ponto que me deixa de pé atrás é quando se fala na recuperação de capitais próprios para um valor de cerca de 9 milhões positivos... quando foi incluindo no activo o valor a pagar à Doyen de 18 milhões. Basta fazer contas.
    Em conclusão tendo em conta como e há velocidade que o Sporting "torrou" parte dos 60 milhões das maiores vendas (em termos de valor) da história do Sporting, o próximo orçamento ou diminui drasticamente ou então o Sporting prepara-se para encaixar valores com venda de jogadores superiores com aqueles que fez a época passada, já que esta época não há a garantia da entrada no grupo da LC.
    No meu ponto de vista o ponto de partida para época que se avizinha é muito mais sinuoso e perigoso que o da época passada.

    João Tavares

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    1. Obrigado pelo seu comentário, caro João Tavares, e pela contribuição que ele representou para que eu, leigo em matéria económica, tenha a possibilidade de ter uma perspectiva mais realista da situação económico/financeira do nosso Clube.

      O pessimismo com que remata o seu comentário, creio que derivará do seu receio de que a despesa operacional volte a situar-se na próxima época ao nível da época que agora terminou, mesmo reconhecendo o bom incremento que tiveram as receitas que, muito naturalmente, tudo aponta para que, no mínimo, se mantenham. E estará aí precisamente a razão da diferença que animará cada um de nós, uma vez que eu espero e desejo que o "desvario" da época passada não se repita. Acredito que nem Carlos Vieira voltará a ser o "yes man" que foi antes, perante BdC, nem este permitirá a JJ a "fúria de contratações" que usou há um ano.

      E tendo em conta que as SADs dos três grandes em Portugal são o que são, o Sporting nunca fugirá à regra de ser obrigado a equilibrar a sua vida através da venda de jogadores e aos 15 milhões quase garantidos de Rúben Semedo, julgo que muitos mais milhões se somarão! Só não sei saberá se virão de Adrien, William, Patrício e, sei lá quem mais! Nem me admiraria que Gelson também fosse na torrente, pelo valor da cláusula de rescisão! Os tubarões, particularmente os ingleses, andam a nadar em dinheiro...

      Resumindo e para concluir, direi que haverá outras vertentes que me preocuparão mais que as nossas contas!...

      SL

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    2. "Outro ponto que me deixa de pé atrás é quando se fala na recuperação de capitais próprios para um valor de cerca de 9 milhões positivos... quando foi incluindo no activo o valor a pagar à Doyen de 18 milhões. Basta fazer contas."
      Percebo pouco de relatório de contas, mas parece-me que há aqui um "sofisma" ou um erro de análise, porque nem a divida à Doyen é de 18 milhões, nem a inclusão de tal valor é ilícita, julgando mesmo que seja obrigatória, em termos contabilísticos, uma vez que tal valor se reporta a receitas já vencidas e contabilizadas, respeitantes às competições europeias, que se encontram, no entanto, cativas na UEFA, para "provável" pagamento à Doyen e a pedido desta entidade, após a 1.ª decisão da UEFA.
      No entanto, tal operação, contabilisticamente falando, é irrelevante, no resultado final das contas do trimestre, já que se verifica que na rúbrica do passivo (passivo corrente) há o valor de uma provisão de 15.441 milhões, incluindo juros até à data, respeitante ao valor reclamado pela Doyen, se for essa a decisão final.
      Nestes termos, caso a situação tivesse sido regularizada, à data,o activo seria acrescido de + 2 milhões e tal e nunca o contrário (diferença entre o valor da receita das competições europeias e o valor final devido à Doyen).
      Se assim for, parece-me que neste particular, há no mínimo uma falta de cuidado na afirmação ou uma leitura apressada do tal relatório.
      Se tiver errado, o que não creio, apresento desde já as minhas desculpas ao autor da afirmação, mas objectivamente parece-me que a minha análise está correcta.

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  2. Caro Álamo, ao ler o seu comentário ao meu, mais uma vez sinto que há uma sintonia naquilo que pensamos e nos apercebemos sobre a vida do nosso Sporting a diferença é que o caro Álamo ainda consegue ver umas quantas vezes o copo meio cheio, enquanto eu reconheço que quase sempre o vejo meio vazio :)

    Parte do meu pessimismo e/ou possível optimismo não deriva se a despesa operacional (sem transacção de atletas) e/ou a receita operacional diminui ou aumenta (é sempre bom sinal); o que pode alterar o sentido do meu estado de espírito (em termos de contas) é que no mínimo o orçamento sem transacção de atletas seja equilibrado nos resultados operacionais. já que a situação económico-financeira do Sporting é o que sabe e pede urgentemente que haver lucros, estes não sejam para financiar em muito a actividade corrente como está acontecer, mas sim para abater dívida. Já agora reconheço que é positivo a reserva de fundos que tem sido efectuada para a recompra de VMOCS, pois só com a efectivação dessa recompra é que o Sporting continuará a ser dos sócios.

    A outra parte do meu pessimismo advém precisamente daquela que o mais preocupa, a venda dos nossos melhores jogadores, ou daquilo que resta, já que a substituição dos mesmos por várias razões nunca será fácil como se comprovou nesta época; e queiramos ou não, essa substituição tem que ser muito criteriosa e naturalmente custa dinheiro, muito dinheiro e se grande parte dele vai como acordado para os nossos credores, então é bom que a pequena parte que nos toca não seja "torrada" tal e qual como aconteceu esta temporada.

    João Tavares

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    1. O seu pessimismo até pode ser natural, mas atendendo aos relatórios de épocas anteriores, nomeadamente os respeitantes aos exercícios do Eng.º Godinho Lopes, imagino que estaria completamente inanimado, hirto e sem reação, ao vale de lágrimas em que jazia económica e financeiramente o Sporting Clube de Portugal, uma vez que perante um exercício positivo de 35 milhões, se encontra tão pessimista.
      Uma vez que parece perceber de "relatórios e contas", seria interessante fazer uma síntese histórica das nossas contas, desde o ano 2000, para percebermos o caminho percorrido até aqui e o realismo do tal pessimismo. De caminho, até nos poderia elucidar que clubes portugueses da nossa liga conseguem viver, apenas, das receitas correntes.
      Por mim, estou otimista, mas isso sou eu que não percebo de contas, nem de relatórios e só vejo as vitórias do Sporting Clube de Portugal, esquecendo em poucas horas as suas derrotas, na convicção de que a glória será nossa, até no futebol profissional.
      Mas por favor, não me tirem a alegria e a positividade de um resultado positivo de 35 milhões e não me façam a desdita de me dizerem que tal resultado positivo, ainda que alicerçado em receitas extraordinárias, é nada, nada, nada...

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    2. Caro A. Martins, infelizmente como actual situação económico-financeira do Sporting o demonstra; há muitos anos que tenho razão para andar invariavelmente amargurado e pessimista, mesmo quando em determinadas alturas acreditei que o optimismo poderia dar lugar ao pessimismo, dai ter votado em Bruno Carvalho por duas vezes, na 1 ª em que ele acabou por perder para Godinho Lopes e na 1 ª vez em que foi eleito presidente do nosso Sporting... mas que ele passados uns tempos fez questão de o gerir como se fosse mais um dos seus ruinosos negócios pessoais, mesmo sabendo que quem lhe paga tão faustoso vencimento somos todos nós, os sócios, aqueles que ele quer que sejam e gosta de tratar ta e qual fossem seus carneiros. E olhe que eu conheço a "peça" há muito, como agora julgo que outros começam igualmente a conhecer após ouvirem as suas abjectas e tristes declarações realizadas em voz off com um grupo de jornalistas. Portanto como deve compreender não posso estar optimista, mesmo com tudo que aconteceu de mau no passado; já que nada indica que o futuro vá ser melhor.
      E olhe que não me esqueço que o actual acordo que o Sporting contratualizou com os seus credores de modo a evitar a sua falência e do qual pouco ou nada pagamos de juros, foi efectuado pelo penúltimo coveiro que esteva na presidência, de seu nome Godinho Lopes... sublinho... penúltimo.

      Então já que quer ser elucidado, assim seja. Para mal dos nossos pecados desde há um par de anos a esta parte pelo menos, a SAD Lampiónica consegue ser a única a conseguir resultados operacionais sem transacção de atletas francamente positivos, ou melhor, as receitas correntes cobrem não só a sua actividade corrente como acabam igualmente por dar lucro. E digo igualmente, porque nos últimos anos a SAD dos Lampiões tem realizado regularmente exercícios francamente positivos, ou seja, a soma dos resultados operacionais (sem + com transacção de atletas) não só cobre os custos da sua gestão corrente como também os encargos extraordinários que naturalmente quase todos os clubes tem, incluindo o Sporting. É que a compra de um jogador é uma despesa extraordinária, tal como a venda é uma receita extraordinária.

      Em conclusão; olhando para este último R&C da Sporting SAD, de facto os resultados até agora são muito positivos, mas devido somente ás receitas extraordinárias arrecadadas no início deste exercício. E como a palavra indica, são EXTRA e não regulares.

      Este facto até por si só não seria na minha óptica tão negativo, desde que o aumento considerável das receitas regulares tivessem no mínimo dado para cobrir o ainda maior aumento da despesa regular... não sei se me fiz entender.

      É que nem sempre se pode contar com o ovo no cú da galinha.

      João Tavares

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  3. Não conheço a "peça", nem tenho qualquer interesse nisso, pois apenas votei em BdC, nas últimas eleições e não foi pelos seus "lindos" olhos, porque não ando atrás de ninguém, muito menos de presidentes de clubes, mas, no entanto, o seu vencimento nem de longe nem de perto se aproxima de um qualquer administrador do Benfica, como por exemplo, o sr. Rui Costa.
    Quantas às contas, só me apetece deixar uma questão: se a realidade do Benfica é essa que descreve, como se justifica que de 2015 para 2016, o passivo aumente de 429.635, para 455.476 milhões de euros?
    Por fim, não me interessam pós-verdades ou realidades alternativas, pois o que verifiquei é que as negociações com os bancos foram conduzidas por BdC e na altura dizia-se que o que estava em cima da mesa era a consumação de um PER. Se foi assim ou não...

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  4. Caro A. Martins, as negociações com os bancos foram concretizadas por BdC porque na altura já era ele o Presidente do Sporting; mas fique sabendo que todo o acordo já estava alinhavado há muito pela direcção de Godinho Lopes (péssimo presidente na minha opinião) mas mais lhe digo, o grande arquitecto e impulsionador da solução encontrada foi António Ricciardi.

    Quanto há sua questão em relação ao aumento do Passivo dos Lampiões, esta só demonstra o seu total desconhecimento de conceitos básicos de economia e finanças; se não saberia que o importante é que o ACTIVO seja maior que o PASSIVO de forma a que os capitais próprios sejam positivos e não cometa o erro como muitos que confundem DÍVIDA com PASSIVO. Esclarecido isto, vou tentar explicar-lhe com um exemplo hipotético, já que já que não tive paciência para ir ler os R&C dos Lampiões que retratam o período referido.

    O senhor X tem em 2015 uma casa de vale 250.000 mil euros + 2 automóveis no valor 50.000 e tem no banco mais 40.000 euros. O seu ACTIVO é nesta altura de 340.000 euros. Tem de PASSIVO 50.000 mil euros devido a um crédito pedido a uma instituição financeira no valor de 45.000 a somar a uma DÍVIDA a uma migo de 5.000 euros.
    350.000-45.000-5.000 = 300.000 euros de CAPITAIS PRÓPRIOS.

    Entretanto no início de 2016 pede mais 50.000 euros de crédito o que faz que o seu CAPITAL PRÓPRIO reduza para 250.000 euros devido ao PASSIVO ter aumentado 50.000 euros.

    Entretanto em Julho de 2016 com esses 50.000 compra um obra de arte que vale nessa altura esse valor. O que leva que o ACTIVO suba também mais 50.000 o que leva a que os CAPITAIS PRÓPRIOS recuperem para os anteriores 300.000 euros. Nesta altura do ano a DIVIDA subiu em igual grandeza do ACTIVO

    Mas em DEZEMBRO o senhor X sem nada fazer para que a sua situação melhorasse ou piorasse, fica a saber que a obra de arte que tinha comprado por 50 mil euros acabava de valorizar 100 mil euros e assim nesse mesmo momento viu o seu ACTIVO e os CAPITAIS PRÓPRIOS aumentar igualmente em 100 mil euros de 300 para 400 mil, isto num ano em que a sua DIVIDA aumentou 50.000 euros.

    Espero que agora tenha percebido como as coisas funcionam. Atenção que o contrário também pode acontecer, ou seja o senhor X pagava a sua divida total ao Banco e ao amigo no total de de 100.000 euros, ou seja colocava o seu PASSIVO a ZEROS e nessa altura o CAPITAL PRÓPRIO aumentava esses mesmos 100.000 euros. Mas entretanto a sua casa desvalorizava por uma série de razões para valores perto de 50.000 e automaticamente o valor do seu ACTIVO ficava reduzido em 200.000 mil euros... mesmo com um PASSIVO de ZERO

    João TAVARES

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