quinta-feira, 8 de junho de 2017

E não faltará muito tempo!...


O SUICÍDIO

«Bruno de Carvalho teve uma conversa com 15 jornalistas. Uma conversa que todos aceitaram que seria em off. Podemos discutir a vantagem de ter conversas colectivas com jornalistas em off. Mas elas fazem parte da vida profissional de quem trabalha na comunicação social. Sejam elas com um, três ou 15 jornalistas. Institui-se a ideia de que o jornalismo desportivo é uma espécie de faroeste. Quem assim pensa insulta o profissionalismo de centenas de excelentes jornalistas desportivos. O jornalismo é jornalismo, escreva sobre o mais importante conflito internacional ou o mais específico problema local, entreviste um Nobel da literatura ou um lateral direito. E o que aconteceu na conversa com o presidente do Sporting é gravíssimo para todo o jornalismo. Especialmente grave porque se trata de um acto cobarde que, escondendo-se numa multidão de jornalistas, põe todos sob a suspeita de um grave atropelo das regras deontológicas.

Apenas uma coisa distingue o jornalismo do burburinho das redes sociais e dos sites de notícias falsas: o cumprimento de determinadas regras que dá credibilidade ao que se notícia. Não cabe às empresas de media, que apenas querem saber de retorno financeiro rápido, resolver a crise de credibilidade da comunicação social. Também não cabe ao poder político. Cabe aos jornalistas, através da autorregulação. Neste caso, seria importante haver uma verdadeira autoridade de autorregulação que descobrisse o culpado e lhe retirasse a carteira profissional. Para que todos saibam que quando falam com jornalistas há regras claras que vão ser mesmo cumpridas. Mas para isto são precisas duas coisas: que os jornalistas recuperem o poder nas redacções e que queiram autorregular-se. Se não fizerem nem uma nem outra acabarão por ter, muito brevemente, de mudar de vida.»
(Daniel Oliveira, Verde na bola, in Record)


Ai vão ter de mudar de vida, vão!...

E não faltará muito tempo!...

Leoninamente,
Até à próxima

4 comentários:

  1. Diria que foi um suicídio colectivo. Suicídio dos jornalistas (16!) que aceitam participar em pequenos almoços grátis e um Presidente que pela pena e agora pela boca vai morrendo a cada dia que passa...

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  2. Esta estorieta faz-me lembrar que houve um conhecido gangster, que não obstante ter assassinado dezenas de pessoas com as suas mãos, em frente a muitas testemunhas. só foi preso por fuga ao fisco! Ou seja, um artificio para enjaular um dos maiores psicopatas da história do crime- Al Capone.

    Que tem isto a ver com a croniqueta deste pseudo-intelectual de pacotilha, perguntam?
    _Nada!

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