O Sporting é um clube do qual a maioria dos árbitros não gosta !...

"... O Sporting é um clube do qual a maioria dos árbitros não gosta! Quando entro em campo sei que de qualquer forma vão tentar tirar o que o Sporting sabe fazer, que é jogar um bom futebol. Se nos anularem um golo, temos de marcar outro e se nos anularem esse temos de marcar mais ainda, para sairmos vencedores. Cada jogo é encarado como uma batalha e temos de vencer. 

[...] Temos de encarar todos os jogos como até agora e fazer o que temos feito até aqui e assim, com toda a certeza, vamos ter muitas alegrias até ao final do campeonato.

[...] Não está nos planos sair neste mercado de inverno. Se acontecer, se for obrigado a ir, tenho de ir, mas a minha vontade é ficar no Sporting por muitas épocas.

[...] Os jogadores que são fruto da formação do Sporting são excelentes e é bom terem um treinador com o nível que Leonardo Jardim tem. O mister cobra muito e sabe tirar proveito das jóias que o clube tem.".

(Jefferson, ao jornal Sporting, citado in Record)

Jefferson, o excelente defesa esquerdo que o Sporting Clube de Portugal, em boa hora contratou no defeso passado, não necessitou de muito tempo em Alvalade, para se aperceber e sofrer na pele a indignidade que grassa na arbitragem nacional, sob a forma de tratamento discriminatório a que a sua equipa é sujeita, por parte da maioria dos senhores do apito, instrumentalizados e controlados por um poderoso e iníquo "sistema mafioso", que impunemente se vai eternizando no futebol português.

E a grande questão que se deveria colocar, seria a de conhecer a razão de uma tão expressiva maioria da corporação que o guarda-chuva da APAF acolhe, aparentemente não gostar do Sporting ou, mesmo tendo "colado" em meninos, o símbolo do leão no seu coração, tudo tentam fazer, de apito na boca ou no segredo dos gabinetes, para o prejudicar.

A resposta que qualquer observador isento e atento, que se debruce sobre o pantanal em que se move o futebol português há muitas décadas, encontrará sem dificuldade, será a de que, por respeito de valores e princípios sagrados que sempre pautaram a acção do dirigismo leonino, ou pela inércia ditada por arrepiante ingenuidade ou atroz ausência de sagacidade, para não falar em pontuais, comprovadas e estúpidas manifestações de incompetência, o Sporting foi permitindo que, paulatinamente, o fossem afastando dos grandes centros de decisão até ao ponto actual, em que pouco menos do que ridículas poderão ser consideradas as suas posições e a sua capacidade de intervenção.

Chegados aqui, poucas dúvidas restarão nos espíritos mais lúcidos, de que a tarefa maior que Bruno de Carvalho terá sobre os ombros, não serão a reorganização interna, o êxito da reestruturação financeira ou a obtenção de uma sólida garantia de sustentabilidade. Isso, sendo trabalhos ciclópicos que apenas a inteligência, o esforço e o tempo permitirão realizar, nada representarão quando comparados com as imperiosas limpeza e regeneração do futebol português e a reintegração de pleno direito do Sporting Clube de Portugal nos grandes centros de decisão, de onde nunca se deveria ter quase estupidamente auto-excluído, ou permitido que o excluíssem.

Estúpidas também serão as manifestações divisionistas a que tristemente vamos assistindo em alguns sectores da nossa vida asssociativa. Continua a ser inexplicavelmente difícil, a uma felizmente minoritária franja de sportinguistas, a objectiva fixação do inimigo principal a abater e a cada vez mais imperiosa e urgente união de esforços, no sentido da regeneração e libertação do futebol português das teias em que se deixou enredar. Isso sim, isso deveria animar certos espíritos, cuja felicidade leonina parece resultar das permanentes patadas infligidas aos irmãos de raça. Há gente que berra muito em casa e baixa as calças na rua, perante um qualquer assédio menos próprio. Questões de sexualidade mal resolvidas...

Leoninamente,
Até à próxima