A vergonha de reconhecer o erro, leva à reincidência

Na ânsia desenfreada da obtenção de dividendos, que de algum modo disfarcem o desequilíbrio das respectivas sustentabilidades económicas e financeiras, aos "diversos orgãos de comunicação social", já pouco lhes importa o facto de, diariamente, venderem a alma ao diabo e, paralelamente, terem perdido em absoluto a noção daquele mínimo de dignidade que qualquer instituição deverá preservar, sob pena de cair no descrédito total.

Em cada dia, calcorreiam as ruas da indignidade, em busca de "uma casa de prego", onde vão depositando o ouro que lhes deixaram os fundadores, recebendo dos usurários apenas a subsistência, sem se darem conta da irreversível delapidação do património herdado.

Pobre país este, pobre sociedade esta, que vão assistindo à caminhada para o cadafalso, de todos os poderes que lhes deveriam assegurar o presente e garantir o futuro, sem que ao menos possam ter a esperança  e o lenitivo de poderem confiar no quarto desses poderes que, dramaticamente, em vez de ocupar a rectaguarda e se preocupar em combater o delírio dos restantes, parece em cada dia celebrar o prazer mórbido da liderança, rumo ao algoz que lhe há-de deixar cair a guilhotina sobre o pescoço. 

O comunicado hoje emitido pelo Sporting Clube de Portugal, deveria fazer corar de vergonha, todos os directores dos orgãos a que, implicitamente, se refere. Mas vergonha parece ser uma espécie extinta por aquelas bandas. A menos que...

“A vergonha de reconhecer o primeiro erro, leva a cometer muitos outros.”

Jean de La Fontaine

Leoninamente,

Até à próxima