Meia hora de gala e o resto de sala !...

Trinta minutos de gala, seguidos de 15 minutos de sala. Uma gala de futebol arrebatador, que culminou num golo, aos 18 minutos, de Carlos Mané, autêntico hino ao futebol. Quinze minutos da sala, que começaram com uma anedota de "salão" de Marcos Rojo que, inexplicavelmente, parece ter desnorteado por completo toda a equipa. Não fora a extraordinária resposta de Marcelo Boeck, com duas intervenções do outro mundo e o Sporting não teria ido para o intervalo com a vantagem conseguida pelo golo soberbo de Carlos Mané.

A segunda parte, como dizia o saudoso Joaquim Agostinho, foi para enrolar a manta, particularmente depois do golo madrugador, 49 minutos, de Vitor Silva. Em mais momento algum os leões voltaram a exibir o futebol da primeira meia hora e até terão sido os insulares a conseguir as melhores jogadas, umas anuladas pela noite inspirada de Marcelo, outras a comprovarem a ineficácia dos homens mais adiantados da equipa madeirense.

Com alguma injustiça e na sequência de um excelente pontapé de canto executado por Jefferson, Marcos Rojo, quando o jogo se encaminhava para o final, 84 minutos, fechou o marcador e a história do jogo.

Leonardo Jardim, com a titularidade que ofereceu a Marcelo Boeck, Eric Dier, Vitor Silva e Islam Slimani e as entradas de Diogo Salomão, Gerson Magrão e André Carrillo na segunda parte, terá conseguido a rotação e a poupança que pretenderia. Mas de algum modo a equipa ter-se-à naturalmente ressentido da falta de entrosamento de alguns elementos e da algumas deficiências de índole física de outros.

Ficam abertas boas perspectivas para a fase seguinte, naturalmente dependente dos resultados dos próximos jogos, numa competição que não deixará de ser, enquanto disputada nos moldes actuais, o parente pobre do futebol português, o que explicará que tenham estado em Alvalade, pouco mais de 11 mil espectadores.

E agora, haverá que virar agulhas para Arouca, esse sim, um jogo de importância bem diferente e que terá de ser encarado, necessariamente, com um espírito, no mínimo, igual ao da primeira meia hora.

Leoninamente,

Até à próxima