Ora não haverá ninguém em parte alguma, melhor colocado para avaliar a bondade da indigitação do jovem ponta de lança do Sporting para a cobrança daquele castigo máximo, que o próprio professor Jesualdo Ferreira. Tinha a obrigação de conhecer por dentro e por fora o estado anímico do jogador e de o poupar ao terceiro falhanço consecutivo, tanto para bem do próprio jogador, quanto do Sporting. Não o fez, donde se conclui com toda a naturalidade, que o grande e único culpado daquilo que veio a acontecer, terá sido o próprio treinador. As suas declarações soam a um inadmissível e incompreensível sacudir de água do capote, sublimado com o infeliz complemento de que estaria atribuída aos dois jogadores que já haviam sido substituídos, tal incumbência. Nessa condição, que o próprio reconhece, haveria dez soluções melhores, que "decretar" novo falhanço de Wolfswinkel.
Tenho pelo professor Jesualdo Ferreira a consideração e o respeito que múltiplas vezes já aqui deixei bem explícitos. Esse facto não me impede de condenar, tanto a sua decisão, quanto o seu discurso posterior. Nem me inibe de pensar que, um grande técnico, com os dados que possuía e cujo entendimento porventura colheria a compreensão generalizada dos adeptos sportinguistas, jamais seria sujeito a qualquer tipo de críticas, se tivesse passado aos seus jogadores a mensagem de que teria todo o cabimento que a grande penalidade fosse marcada por quem a "fabricou". E se porventura Carrillo também falhasse, ninguém criticaria o professor Jesualdo Ferreira.
Não gostei da demissão de responsabilidades de Jesualdo Ferreira, nem da sua sacudidela de capote. Sem que seja grande admirador da festa brava e me identifique seja de que modo for com a perversão que tal espectáculo sempre há-de significar, aprecio e admiro a coragem e a valentia do pegador que enfrenta o nobre animal e o pega de caras, pelos cornos!...
Leoninamente,
Até à próxima
Leoninamente,
Até à próxima
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