segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

A quadratura do círculo leonino !!!...


 
 
Vejo esta local  na RTP online e, pese embora toda a consideração que Manuel Pedro Gomes me merece, como grande atleta que foi e grande sportinguista que é, não posso concordar com ele.
A candidatura de José Couceiro não deverá ser analisada à luz dos apoios que possa ter recolhido. Não sobraria nenhum candidato às próximas eleições do Sporting Clube de Portugal, se essa condição fosse impeditiva estatutária ou sequer moralmente. Tanto Américo Amorim, quanto Alexandre Soares dos Santos e  Belmiro de Azevedo, ou outro qualquer ricaço do top 10 desta lusa fatia atlântica, jamais estariam interessados em protagonizar uma candidatura à presidência do Sporting Clube de Portugal, pela menoridade da missão, relativamente a outros e quase incomensuráveis objectivos que lhes norteiam as vidas de negócios de muitos milhares de milhões,  pelo que não se verificando interesse por parte de alguém com capitais próprios, a corrida eleitoral terá de contar apenas com candidatos que consigam granjear apoio financeiro por parte de quem, recusando ser protagonista directo, disponibilize os meios suficientes para que um gestor credível e que lhe mereça confiança, o possa fazer, no sentido de lhe multiplicar o investimento. 
Estão neste caso todos os candidatos que até agora afirmaram a sua intenção de concorrer às eleições do Sporting e quem o negar, ou pertence ao top 10 que citei, ou terá subjacentes intenções que deveriam fazer desconfiar os potenciais eleitores sportinguistas. Porque a "teta da banca" secou, afirmou-o peremptoriamente o insuspeito Godinho Lopes e Dias Ferreira ainda hoje veio a terreiro aumentar o nosso nível de preocupação.
Carlos Severino, Bruno de Carvalho e agora José Couceiro, todos terão os apoios que Pedro Gomes hoje veio criticar. E se porventura isso não acontecer, a campanha prestes a começar, se encarregará de o esclarecer convenientemente.
É perante esta dramática situação do Sporting, que eu penso que a trave mestra da campanha eleitoral que se avizinha, se irá situar em torno da discussão sobre se o Sporting poderá ter a presunção de manter a maioria do capital da SAD. Bruno de Carvalho afirmou pretender que essa maioria de capital continue nas mãos do Sporting. Terá de explicar muito bem explicadinho como vai conseguir convencer investidores a aplicarem os seus capitais, numa empresa em défice crónico, sem que passem a deter uma maioria que lhes permita um controle mais apertado no sentido de a tornar rentável. José Couceiro, bem mais pragmático, admitiu todos os cenários, mas do mesmo modo terá de explicar como vai conseguir estabelecer a quadratura do círculo. Carlos Severino, até agora, limitou-se a desafiar os outros candidatos a apresentarem as soluções que porventura ainda não terá.
Penso que Manuel Pedro Gomes, talvez se estivesse a referir a uma eventual subalternização de José Couceiro, aos interesses dos bancos credores da astronómica dívida do Sporting, o que significaria uma linha de continuidade em relação a Godinho Lopes. Tenho a convicção que se terá verificado uma significativa evolução da situação financeira do Sporting, para pior naturalmente, e que nem a banca estará interessada numa repetição do mandato de Godinho Lopes, nem José Couceiro estará interessado em copiar-lhe o jeito e os resultados. Já será muito bom se José Couceiro conseguir junto da banca garantias de tesouraria, porque o investimento terá de vir inexoravelmente do exterior, tanto para conseguir garantir essas mesmas garantias da tesouraria, como caminhar para a restruturação financeira que a própria banca propôs. E esse não será o desígnio exclusivo de José Couceiro. Será o de Bruno de Carvalho ou de Carlos Severino se para tanto lhe chegar o engenho e arte que parece não possuir.
Será porventura esta "deliciosa" quadratura do círculo, que dificilmente permitirá o aparecimento de outros "corajosos" sportinguistas, dispostos a consegui-la!...

Leoninamente,
Até à próxima

3 comentários:

  1. Mas sendo a Banca a maior credora do Sporting, alguém no seu devido juízo vai acreditar ser possível um candidato ganhar as eleições "contra" a banca...?
    Desenganem-se...!!
    Não é o apoio da banca que me preocupa, são os disparates continuados de muitos anos...
    Foi a banca que "obrigou" às más compras e vendas de jogadores ao longo deste período "tão estendido" no tempo...?
    Foi a banca que "obrigou" a mandar embora e a contratar tanto treinador...?

    Não o creio...!

    Por isso vamos lá ouvir o que têm para nos dizer os candidatos e depois...votar naquele que nos parecer "ter os pés" mais fixados ao chão...e a cabeça mais no devido lugar...

    Nada de promessas que não possam ser cumpridas...!!

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  2. Haverá apenas um banco confiável? Unicamente o BES? Se for um outro banco, não é confiável? Por favor, sempre o Ricciardi no encalço...até quando? Tem domado o leão como quer e lhe apetece e nós vamos continuar a querer presenciar este circo?

    Da minha parte, limitar-me-ei a conhecer as listas e conhecer os seus programas, só depois penso ser razoável opinar com razoabilidade.

    Boa noite
    Manuel dos Santos

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  3. A banca será sempre um parceiro indispensável! Sem subserviências a políticas estranhas ao Sporting, qualquer candidato deverá ter um bom relacionamento com a banca. E se José Maria Ricciardi andou atrás de Figo, fez muito mal: ao Figo, ao Sporting e à própria banca, que deveria estar quietinha no seu canto a tratar unicamente dos seus negócios! Mas há gente que nem as pensa! E se Ricciardi pensasse antes no mal que fez ao Sporting, ao deixar, como membro do Conselho Fiscal, arrastar a situação até ao descalabro actual?!...
    Vamos analisar o trabalho que cada candidato tem para oferecer ao Sporting e procurar decidir bem, sem andar a colocar rótulos nas pessoas que tem a coragem de enfrentar um processo eleitoral na situação em que está o Clube!... Por mim, estou nessa!...

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