Não sei se o Sol irá brilhar no dia 23 de Março. Se assim acontecer, teremos um dia inteiro para que no seu final, sem "afinações", com os votos por correspondência todos previamente introduzidos no sistema informático electrónico e presencial, preparado pela Universidade de Braga, poucos minutos depois de votar o último eleitor sportinguista, os resultados anunciem o vencedor desse eventual "Duelo até ao pôr do Sol" e não seja necessário esperar até às 6 horas da manhã!...
Que me perdoe Carlos Severino, mas na minha modesta opinião, não terá a mínima possibildade de entrar na execução do solo desta leonina melodia. Será apenas o rabecão que suportará os dois afinados violinos, sem que ainda se tenha definido com clareza qual virá a ser o "Vieuxtemps", o mais caro e, para muita gente, o melhor violino do mundo, construído em 1741 e avaliado em quase 20 milhões, apesar dos "stradivarius" a que Alvalade se habituou no passado.
Bom jeito dariam esses 20 milhões, ao vencedor do épico duelo que se adivinha. Porque para já, nenhum dos dois que o protagonizarão, se descoseu sobre como resolverá a quadratura do círculo vicioso que Godinho Lopes lhes endossará, a menos que as cautelas e os caldos de galinha lhe recomendem a assumpção dos compromissos decorrentes do Orçamento avalizado tanto pelos CD e CFD que o acompanharam e ratificado pela AGO para o efeito convocada e que, nos termos da lei estará obrigado a cumprir até ao dia em que, nos termos da mesma lei terá de entregar o testemunho ao novo poder emergente das eleições de 23 de Março.
Uma batata escaldante que Bruno de Carvalho estratégica e inteligentemente terá colocado nas mãos de Godinho Lopes e que José Couceiro terá reforçado com a responsabilização que de imediato também lhe endossou. A coisa ficou mesmo preta e não será de desprezar a possibilidade de a banca se ver obrigada a dar o dito por não dito e a abrir a torneira a Godinho Lopes, nem que seja por um fugaz momento, para que o caldo não entorne ainda mais. É que manda o bom senso, que a melhor forma de evitar os cheiros nauseabundos e pestilentes exalados por qualquer monte de esterco, será sempre evitar movimentos bruscos e desnecessários dessa mesma imundície.
Só desejo que José Couceiro e Bruno de Carvalho usem da elevação e respeito mútuo que lhes deverá merecer o Sporting e o cargo que se propõem nele vir a desempenhar. Que honrem a gloriosa tradição do Sporting Clube de Portugal e nos façam sentir orgulhosos do sportinguismo que nos enche os corações. Para desgostos bem bastou a triste campanha eleitoral anterior e a triste imagem reflectida pela classe política que nos vem (des)governando a todos!...
Leoninamente,
Até à próxima
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