Simeone será a desgraça de João Félix
«Não sei se Renato Sanches tem consciência do erro que cometeu ao aceitar que o Bayern desse por ele 35 milhões de euros ao Benfica – mais 45 milhões por objetivos, música para embalar. O clube de Munique não era o indicado para o futebolista, então com 18 anos, e a altura para a transferência também não era a certa. Pelo menos para Renato, já que os encarnados preferiram vender bem, em 2016, do que ficar à espera de poder faturar melhor, correndo o risco de o médio não confirmar o seu talento e não voltar a valer tanto dinheiro.
Recordo o caso de Renato Sanches a propósito de João Félix, e podia referir igualmente Bernardo Silva e Gonçalo Guedes, estes para sublinhar que saíram da Luz já com 20 anos, Bernardo para a escola de Leonardo Jardim, no Mónaco, Gonçalo num salto mais complicado para o PSG – mas com duas temporadas "consolidadas" na primeira equipa do Benfica, outra conversa.
João Félix é, por enquanto, um epifenómeno nascido da visão de Bruno Lage e que meia época brilhante transformou em coqueluche do futebol europeu. Fernando Santos subiu a esse barco do amor e meteu Félix a titular contra a Suíça, substituiu-o a meio da partida e "esqueceu-se" completamente dele na final da Liga das Nações – com a mesma frieza com que tremeu a mão dos que iam assinar o cheque de 120 milhões.
Certo é que João Félix não parece pronto para partir sozinho rumo à linha do horizonte. Falta-lhe alguma experiência como jogador, alguma massa muscular como atleta, alguma maturidade como pessoa – aqueles "calduços" de Bruno Fernandes, à frente das câmaras de TV, são um sinal preocupante. Mas tivesse o jovem benfiquista, isolado diante da baliza helvética e perto do intervalo, concretizado em golo o passe fenomenal de Cristiano e outro galo cantaria porque o futebol é o momento. O interesse dos tubarões – City, Real, MU, Barcelona, Juventus ou PSG – terá morrido aí, a vida é o que é. E restou o Atlético de Madrid.
«Não sei se Renato Sanches tem consciência do erro que cometeu ao aceitar que o Bayern desse por ele 35 milhões de euros ao Benfica – mais 45 milhões por objetivos, música para embalar. O clube de Munique não era o indicado para o futebolista, então com 18 anos, e a altura para a transferência também não era a certa. Pelo menos para Renato, já que os encarnados preferiram vender bem, em 2016, do que ficar à espera de poder faturar melhor, correndo o risco de o médio não confirmar o seu talento e não voltar a valer tanto dinheiro.
Recordo o caso de Renato Sanches a propósito de João Félix, e podia referir igualmente Bernardo Silva e Gonçalo Guedes, estes para sublinhar que saíram da Luz já com 20 anos, Bernardo para a escola de Leonardo Jardim, no Mónaco, Gonçalo num salto mais complicado para o PSG – mas com duas temporadas "consolidadas" na primeira equipa do Benfica, outra conversa.
João Félix é, por enquanto, um epifenómeno nascido da visão de Bruno Lage e que meia época brilhante transformou em coqueluche do futebol europeu. Fernando Santos subiu a esse barco do amor e meteu Félix a titular contra a Suíça, substituiu-o a meio da partida e "esqueceu-se" completamente dele na final da Liga das Nações – com a mesma frieza com que tremeu a mão dos que iam assinar o cheque de 120 milhões.
Certo é que João Félix não parece pronto para partir sozinho rumo à linha do horizonte. Falta-lhe alguma experiência como jogador, alguma massa muscular como atleta, alguma maturidade como pessoa – aqueles "calduços" de Bruno Fernandes, à frente das câmaras de TV, são um sinal preocupante. Mas tivesse o jovem benfiquista, isolado diante da baliza helvética e perto do intervalo, concretizado em golo o passe fenomenal de Cristiano e outro galo cantaria porque o futebol é o momento. O interesse dos tubarões – City, Real, MU, Barcelona, Juventus ou PSG – terá morrido aí, a vida é o que é. E restou o Atlético de Madrid.
Um ano: é o que João Félix necessitaria para concluir a sua licenciatura futebolística e poder tirar o mestrado num grande europeu... que não fosse o Atlético. Que sentido haverá – para mais com o Mundial à vista – em trocar o Benfica, e os 30 e tal golos que marcaria na próxima temporada, por um técnico que o quer para gladiador? Simeone é um estratega duro, um condicionador de talentos, e será a desgraça de João Félix. Mas se ele quiser desgastar-se nas vindas atrás e nas marcações, e seguir o caminho de Gaitán e de Gelson Martins – outros que não souberam escolher –, deve optar pelo Wanda e preparar-se para se arrepender em poucos meses.
Claro que o Benfica deveria chegar-se à frente, se ainda fosse a tempo de segurar a sua pérola – e talvez não. Aumentar o salário e ter um apetite menos voraz na subida da cláusula de rescisão ajudaria. Mas o jogador precisava de sentir-se mais importante que os 120 milhões que Vieira exige por ele. E embora a camisola 10 não tenha hoje o significado técnico de outrora – nem haja mais Decos, nem Ruis Costas –, atribuir esse número carregado de simbolismo a Félix constituiria o estímulo que o podia conduzir à sabedoria de ficar mais um ano na Luz. Sim, eu sei que o "10" pertence a Jonas, o que não acredito é que o Benfica e o brasileiro queiram manter uma relação que a lei da vida tornou num equívoco.
O problema resume-se à pergunta: terá João Félix a sorte de perceber que faz mal se partir já? Duvido, aos 19 anos, o dinheiro não é bom conselheiro e outros maus conselhos não faltam para nos encher a cabeça.»
Independentemente de concordar ou não com Alexandre Pais - há aspectos em que concordo mas noutros discordarei completamente! - espero que este seu texto possa chegar, ainda que de forma fugaz, ante os olhos de João Félix, ou de algum responsável do Benfica! Por mais que pouco me interesse tudo o que possa vir a acontecer a um e a outros, nunca foi meu timbre desejar mal a alguém, mesmo que se identifique com o Benfica!...
É que mergulhar de cabeça para águas de que se desconhece a profundidade, será uma cena que se repete em cada dia, no Verão de cada ano, sem emenda à vista e com os resultados que, infelimente, todos conheceremos...
Morte ou tetraplegia!...
Leoninamente,
Até à próxima
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