sábado, 23 de setembro de 2017

Um fim, próximo ou remoto, sem honra nem glória!...


DIZ-ME, ESPELHO MEU HAVERÁ ALGUÉM NO UNIVERSO FUTEBOL, MELHOR DO QUE EU?!…

Com elevado grau de certeza julgo que o problema de Bruno de Carvalho não estará na questão que coloca em cada dia ao espelho de que, com mais certeza ainda, alguma vez será capaz de prescindir. Acho que cada um de nós do mesmo modo se interrogará amiúde, nos secretos e cândidos diálogos com o seu espelho, de forma muito semelhante. O seu problema, creio convictamente, residirá nas peculiares características do seu espelho: Bruno de Carvalho não terá sido particularmente feliz com os diversos e sucessivos espelhos de que se tem servido ao longo da sua vida, muito especialmente com o último modelo que adquiriu. Todos sem excepção lhe terão mostrado imagens deformadas que acabaram por deformar a sua própria personalidade. E quando se esperaria que os últimos modelos, pela força da experiência e ensinamentos colhidos na universidade da vida, lhe fossem, lentamente, transmitindo um imagem mais sóbria e próxima da realidade, constatamos que, absurdamente, estará a acontecer o contrário.



O espelho hoje reforça-lhe a ideia que dele se apossou, em simbiose perfeita com uma incondicional plateia que não lhe regateia aplausos,  de ser o líder de um novo mundo: inovador, reformador, revolucionário, omnisciente, comunicador ímpar, único capaz de corrigir as deformações do velho mundo, vencendo tudo e todos, eivado de um poder que apenas existe na deformada imagem que o espelho lhe transmite.

E será do espelho a culpa de, em vez de uma "comunicação selectiva" e muito cuidada, Bruno de Carvalho optar por uma "comunicação em massa", que a história nos diz acabar normalmente por determinar nas massas a "estupidificação de missa", pelo facto do seu processo comunicacional ditar a inexorável distracção dos alvos, dos conteúdos que verdadeiramente desejaria e seria necessário e imperioso transmitir.

Longe do espelho e no silêncio solitário do seu gabinete, Bruno de Carvalho até já demonstrou cabalmente ser um exemplar modelo de sportinguista, gestor qualificado, possuidor de justamente aplaudidos dons de escolha de meios humanos e materiais e concepção de projectos, e perseverante realizador de etapas fundamentais para o presente e futuro do Sporting Clube de Portugal...

Mas estou em crer que os efeitos nefastos do espelho,  acabarão inexoravelmente por determinar na sua vida de dirigente e para mal do Clube que dirige...

Um fim, próximo ou remoto, sem honra nem glória!...

Leoninamente,
Até à próxima

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