O CANSAÇO DOS SPORTINGUISTAS
«Os jogadores do Sporting estão cansados. Não é preciso ser um especialista, vê-se a olho nu. São sempre os mesmos. Jogaram e caíram na Champions, jogaram na Taça, jogam na Liga. São aqueles 12 ou 13 em quem Jorge Jesus confia. Com Elias não se pode contar, André entra no fim e falha golos de baliza aberta, Castaignos nem se percebe bem o que veio fazer. Sente-se o desgaste de Adrien, de William e de Gelson. Os laterais são fracos e as alternativas ou não existem ou não são consideradas. O treinador escolheu um plantel que, enquanto tal, dá poucas garantias.
É certo, e não é um detalhe, que o Sporting perde na Luz e em casa com o Braga com os árbitros em campo, mas também por culpa própria. A equipa está cansada. De rastos, mesmo.
Jorge Jesus também passa uma imagem de alguma saturação. Em geral. Sim, ele não atirou a toalha ao chão, como bem disse Pinto da Costa. Jesus lembrou ainda que a crise do Sporting tem uma semana – pura verdade. Mas, no rosto do treinador, sente-se um cansaço com o estado das coisas. Sente-se que o Sporting pode estar na fronteira de um novo ano em branco quanto ao título e isso seria péssimo para o clube e, claro, para a reputação do técnico, orgulhoso como é. Talvez Jesus não seja tão autossuficiente como ele próprio julga e sinta nestes momentos a ausência de uma estrutura de apoio.
Cansados andam os adeptos. Se alguém não merece o actual estado das coisas são os sportinguistas que não faltaram com o apoio à equipa, que acreditaram (e acreditam) que é possível. Mesmo os elefantes em loja de porcelana como os rapazes da Juve Leo que vão a Alcochete. Mas os adeptos não são de ferro. As polémicas sucedem-se, as derrotas surgem, as desilusões acumulam-se. É difícil ser do Sporting, por muito que o sofrimento acompanhe os leões há muito tempo.
E o presidente no meio de tudo isto? Mostra um ar de desalento no banco contra o Braga, mas não se rende. Há um lado admirável nessa faceta – a do homem que vai à luta, que mobiliza os seus, que combate os adversários internos e externos.
E, no entanto, uma boa parte desta anestesia geral que ataca a nação sportinguista deve-se a Bruno de Carvalho. A sua postura beligerante, contra tudo e contra todos, é prejudicial para o clube. Colocou no mesmo plano instâncias internacionais e nacionais de topo. Proto-candidatos à presidência do Sporting, líderes rivais, árbitros. Enfim, o Mundo em geral...
O Sporting precisa de se afirmar, mas precisa de paz. E descanso.»
(Nuno Santos, Ângulo Inverso, in Record)«Os jogadores do Sporting estão cansados. Não é preciso ser um especialista, vê-se a olho nu. São sempre os mesmos. Jogaram e caíram na Champions, jogaram na Taça, jogam na Liga. São aqueles 12 ou 13 em quem Jorge Jesus confia. Com Elias não se pode contar, André entra no fim e falha golos de baliza aberta, Castaignos nem se percebe bem o que veio fazer. Sente-se o desgaste de Adrien, de William e de Gelson. Os laterais são fracos e as alternativas ou não existem ou não são consideradas. O treinador escolheu um plantel que, enquanto tal, dá poucas garantias.
É certo, e não é um detalhe, que o Sporting perde na Luz e em casa com o Braga com os árbitros em campo, mas também por culpa própria. A equipa está cansada. De rastos, mesmo.
Jorge Jesus também passa uma imagem de alguma saturação. Em geral. Sim, ele não atirou a toalha ao chão, como bem disse Pinto da Costa. Jesus lembrou ainda que a crise do Sporting tem uma semana – pura verdade. Mas, no rosto do treinador, sente-se um cansaço com o estado das coisas. Sente-se que o Sporting pode estar na fronteira de um novo ano em branco quanto ao título e isso seria péssimo para o clube e, claro, para a reputação do técnico, orgulhoso como é. Talvez Jesus não seja tão autossuficiente como ele próprio julga e sinta nestes momentos a ausência de uma estrutura de apoio.
Cansados andam os adeptos. Se alguém não merece o actual estado das coisas são os sportinguistas que não faltaram com o apoio à equipa, que acreditaram (e acreditam) que é possível. Mesmo os elefantes em loja de porcelana como os rapazes da Juve Leo que vão a Alcochete. Mas os adeptos não são de ferro. As polémicas sucedem-se, as derrotas surgem, as desilusões acumulam-se. É difícil ser do Sporting, por muito que o sofrimento acompanhe os leões há muito tempo.
E o presidente no meio de tudo isto? Mostra um ar de desalento no banco contra o Braga, mas não se rende. Há um lado admirável nessa faceta – a do homem que vai à luta, que mobiliza os seus, que combate os adversários internos e externos.
E, no entanto, uma boa parte desta anestesia geral que ataca a nação sportinguista deve-se a Bruno de Carvalho. A sua postura beligerante, contra tudo e contra todos, é prejudicial para o clube. Colocou no mesmo plano instâncias internacionais e nacionais de topo. Proto-candidatos à presidência do Sporting, líderes rivais, árbitros. Enfim, o Mundo em geral...
O Sporting precisa de se afirmar, mas precisa de paz. E descanso.»
É verdade! Estamos todos cansados! De desilusão, de decepção, de um generalizado insucesso que varre de lés a lés a savana e deixa poucos leões de pé, de uma guerra de guerrilhas sobre a qual nenhum manual determina o fim e menos ainda o vencedor, desta vertigem napoleónica para abrir cada vez mais e mais complicadas frentes de batalha, deste diabólico ruído de permanente terçar de armas, com anjos e demónios, com santos e pecadores, de dia e de noite, de Verão e no Inverno...
Sem afirmação, sem paz, sem descanso!...
Leoninamente,
Até à próxima
Sem afirmação, sem paz, sem descanso!...
Leoninamente,
Até à próxima
Acho sintomático que o artigo fale en passant da roubalheira na luz como se a verdade desportiva, a integridade do jogo (lembro que o árbitro recebeu um Muito Bom pelo roubo que protagonizou) fosse subalterna à comunicação de BdC. Não é. A prioridade é: primeiro a integridade do jogo, a verdade desportiva, o fim dos campeonatos viciados pelo colinho - e o colinho é principalmente as ajudas sistemáticas ao benfica quando atravessa qualquer período mais difícil como o que ocorreu quando jogou com o Sporting depois de ter perdido na Madeira -, dizia, primeiro a integridade do jogo, o fim dos campeonatos viciados pelo colinho ao benfica e depois sim promenores como a comunicação de Bruno de Caravalho.
ResponderEliminarJRamos
Naturalmente que concordo com as prioridades enunciadas pelo caro JRamos. Porém, quando o discurso de Bruno de Carvalho avança como prioridade máxima, acabam por ser subslternizadas todas as outras prioridades. Se o discurso fosse transformado em silêncio e todo o esforço fosse canalizado para a alteração do "status quo" que conduz à manutenção da falta "da integridade do jogo, da verdade desportiva e do fim dos campeonatos viciados pelo colinho", talvez se pudesse caminhar, ainda que lentamente, para a alteração da situação...
EliminarQuatro anos de discurso apenas tem contribuído para as gargalhadas que cada palavra desse discurso determinam nos DDT's - "os donos disto tudo" - e o Sporting seja o principal mote do anedotário nacional!...
O anedotário nacional de que fala são os implantes do benfica - com a colaboração de algumas rameira portistas - na comunicação social. É disso que se trata, de lógica benfiquista. Tenho a certeza que se nos deixarmos levar pela lógica benfiquista jamais ganharemos o título de campeão nacional.
EliminarJRamos
OH Nuno.... Define "estrutura de apoio"...
ResponderEliminarJá alguém contabilizou realmente os 6 (seis pontos) que nos roubaram na iluminada catedral... É que "toda" a gente diz que sim... que perdemos pelo árbitro mas depois queixam-se que lá vamos mais um ano de erros próprios e tal... é o Bruno e o Jesus e os jogadores... Sim, estão cansados porque já perceberam (o JJ talvez só tenha percebido, de facto, agora) que assim não vai dar...
p.s. Estarás tu na calha para...... Deixa-me rir..., ou não.... Se calhar é melhor começar já a chorar....
SAUDAÇÕES LEONINAS
Lembrei-me agora, peço desculpa... e quanto ao cansaço... Terá sido por isso que tivemos 4 controlos anti-doping em 7 dias...
ResponderEliminarSAUDAÇÕES LEONINAS
BdC está a pagar a factura de todo o mal que os antigos presidentes fizeram ao clube. e as pessoas não se iludam. Seja qual for o presidente, não mudará o sistema de um dia para o outro. Ou pensam que com outro presidente o sistema vai deixar o Sporting ganhar apenas e só por ter um presidente simpático. O problema fulcral está em que deixámos de ter influência nas instâncias que decidem as vitórias nos campeonatos. A vida do Sporting faz lembrar a filosofia heraclitiana, a filosofia do eterno retorno! A história repetitiva do Natal é ciclica! Porque será?
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