LUTA OU PRO-WRESTLING
«O dérbi do último fim de semana foi um jogo disputado sem perfeição técnica mas com entrega e adrenalina. Como se quer. O Sporting dominou, mas o Benfica soube defender e contra-atacar. A melhor definição foi dada por Jorge Jesus, em declarações surpreendentemente serenas: "a equipa de arbitragem não esteve à altura de duas grandes equipas". A segunda penalidade que ficou por marcar só é grave porque é impossível acreditar que o árbitro, no lugar onde estava, não tenha visto o movimento nada discreto do braço direito de Nélson Semedo. Mas a primeira foi mais importante. Da dupla mão de Pizzi nasceu o contra-ataque que deu o primeiro golo. O que quer dizer que o Sporting perdeu uma jogada de ataque, perdeu a possibilidade de marcar um penálti e sofreu um golo nascido de uma ato irregular. O que podia ter posto o Sporting à frente no marcador teve o efeito exactamente oposto.
A questão não é Sporting ter perdido num jogo decisivo quando merecia ganhar. De vitórias morais estão as carreiras dos derrotados cheias. A questão nem são estes erros de arbitragem em especial. Errar faz parte da profissão. O problema está na tendência para isto acontecer, desta forma, em momentos decisivos. Não sei o que determina esta tendência nem quero fazer especulações. Pode ser pressão da secretaria ou da bancada sobre carreiras profissionais que dependem da vontade dos mais fortes. O que sei é que no dia em que os adeptos da segunda maior equipa nacional passarem a acreditar que a vitória num campeonato lhes está mesmo vedada, por melhor que a sua equipa jogue, a competição perderá grande parte do seu sentido. É a diferença entre a luta e o pro-wrestling: uma é desporto, outro é encenação. E eu ainda hoje não consigo compreender o que faz alguém vibrar com o pro-wrestling.»
«O dérbi do último fim de semana foi um jogo disputado sem perfeição técnica mas com entrega e adrenalina. Como se quer. O Sporting dominou, mas o Benfica soube defender e contra-atacar. A melhor definição foi dada por Jorge Jesus, em declarações surpreendentemente serenas: "a equipa de arbitragem não esteve à altura de duas grandes equipas". A segunda penalidade que ficou por marcar só é grave porque é impossível acreditar que o árbitro, no lugar onde estava, não tenha visto o movimento nada discreto do braço direito de Nélson Semedo. Mas a primeira foi mais importante. Da dupla mão de Pizzi nasceu o contra-ataque que deu o primeiro golo. O que quer dizer que o Sporting perdeu uma jogada de ataque, perdeu a possibilidade de marcar um penálti e sofreu um golo nascido de uma ato irregular. O que podia ter posto o Sporting à frente no marcador teve o efeito exactamente oposto.
A questão não é Sporting ter perdido num jogo decisivo quando merecia ganhar. De vitórias morais estão as carreiras dos derrotados cheias. A questão nem são estes erros de arbitragem em especial. Errar faz parte da profissão. O problema está na tendência para isto acontecer, desta forma, em momentos decisivos. Não sei o que determina esta tendência nem quero fazer especulações. Pode ser pressão da secretaria ou da bancada sobre carreiras profissionais que dependem da vontade dos mais fortes. O que sei é que no dia em que os adeptos da segunda maior equipa nacional passarem a acreditar que a vitória num campeonato lhes está mesmo vedada, por melhor que a sua equipa jogue, a competição perderá grande parte do seu sentido. É a diferença entre a luta e o pro-wrestling: uma é desporto, outro é encenação. E eu ainda hoje não consigo compreender o que faz alguém vibrar com o pro-wrestling.»
Com esta crónica esquisita, acabo de descobrir uma inesperada faceta em Daniel Oliveira, que nunca julguei fosse possível de descortinar na sua personalidade! Nunca me passou pela cabeça que alguma vez e em matéria tão transcendente como o "pro-wrestling", estivesse para lá da sua compreensão...
O que faz vibrar mais de 14 milhões!...
Leoninamente,
Até à próxima
O que faz vibrar mais de 14 milhões!...
Leoninamente,
Até à próxima
Amigo Álamo, Grande texto de DO, subscrevo na íntegra, é sempre um prazer ler DO pela objectividade e discernimento que confere aos seus escritos...
ResponderEliminarSL
Desde a década de noventa que eu me convenci que está vedado ao Sporting ser campeão. Só o foi em 2000, porque Vale e Azevedo deu uma ajudinha. O ódio de então dos lampiões ao porco permitiu que fôsssemos campeões. Em 2002 fomos, porque foi em disputa com um clube de bairro: o Boavista. A partir daí, foi fartar vilanagem... Roubos atrás de roubos. Nós em disputa direta com o Benfas não temos quaisquer hipóteses. Para termos alguma hipótese, só em disputa com o Porco. Basta fazer um historial de finais de taças de Portugal e disputas renhidas com os lampiões para confirmar isso.
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