A outra versão da história
Rui Vitória destacou a importância histórica do apuramento do Benfica, mas o jogo de ontem frente ao Nápoles tem muito mais o que contar
«Há pelo menos duas maneiras diferentes de justificar a forma como Rui Vitória fez questão de insistir na importância histórica do segundo apuramento consecutivo do Benfica para os oitavos de final da Liga dos Campeões. A primeira, obviamente, é a necessidade de relativizar a importância da segunda derrota seguida dos encarnados em vésperas de um dérbi que pode mexer com o topo da classificação do campeonato. A segunda, é a irresistível tentação de esfregar no nariz de Jesus, por sinal o adversário que se segue, um feito que o actual técnico do Sporting não foi capaz de alcançar nos seis anos que passou na Luz, não obstante todos os ferraris que teve a oportunidade de conduzir. Claro que o bom feitio que todos reconhecemos a Rui Vitória nos leva a admitir ser a primeira hipótese a correcta. A questão é que, ao contrário daquilo que o treinador do Benfica também disse, ontem não se viu um jogo equilibrado na Luz, nem a diferença entre as duas equipas se limitou a uma questão de eficácia. Se ambas tivessem concretizado as oportunidades de que dispuseram, o resultado seria diferente, sim, mas muito menos lisonjeiro para os encarnados. A questão é que os italianos fizeram na Luz o que já tinham feito em Nápoles e que o Porto também fez no Dragão, expondo as fragilidades de um Benfica desenhado para atacar de forma torrencial, mas apenas quando beneficia da despreocupação proporcionada por adversários incapazes de explorar o adiantamento da equipa no terreno para lhe criar problemas na defesa. Sucede que, tal como o Nápoles e o Porto, o Sporting não é um desses adversários.»
Rui Vitória destacou a importância histórica do apuramento do Benfica, mas o jogo de ontem frente ao Nápoles tem muito mais o que contar
«Há pelo menos duas maneiras diferentes de justificar a forma como Rui Vitória fez questão de insistir na importância histórica do segundo apuramento consecutivo do Benfica para os oitavos de final da Liga dos Campeões. A primeira, obviamente, é a necessidade de relativizar a importância da segunda derrota seguida dos encarnados em vésperas de um dérbi que pode mexer com o topo da classificação do campeonato. A segunda, é a irresistível tentação de esfregar no nariz de Jesus, por sinal o adversário que se segue, um feito que o actual técnico do Sporting não foi capaz de alcançar nos seis anos que passou na Luz, não obstante todos os ferraris que teve a oportunidade de conduzir. Claro que o bom feitio que todos reconhecemos a Rui Vitória nos leva a admitir ser a primeira hipótese a correcta. A questão é que, ao contrário daquilo que o treinador do Benfica também disse, ontem não se viu um jogo equilibrado na Luz, nem a diferença entre as duas equipas se limitou a uma questão de eficácia. Se ambas tivessem concretizado as oportunidades de que dispuseram, o resultado seria diferente, sim, mas muito menos lisonjeiro para os encarnados. A questão é que os italianos fizeram na Luz o que já tinham feito em Nápoles e que o Porto também fez no Dragão, expondo as fragilidades de um Benfica desenhado para atacar de forma torrencial, mas apenas quando beneficia da despreocupação proporcionada por adversários incapazes de explorar o adiantamento da equipa no terreno para lhe criar problemas na defesa. Sucede que, tal como o Nápoles e o Porto, o Sporting não é um desses adversários.»
Para os que dominam razoavelmente os segredos do futebol, esta crónica de Jorge Maia estará carregada de lógica: o Sporting não será no próximo dérbi, a "pêra doce" que o Benfica se habituou a esmagar nas competições domésticas, preparado que tem vindo a ser por Rui Vitória "para atacar de forma torrencial, mas apenas quando beneficia da despreocupação proporcionada por adversários incapazes de explorar o adiantamento da equipa no terreno, para lhe criar problemas na defesa", simplesmente porque o Sporting, como o Porto ou o Nápoles, não é um adversário desse tipo.
E não sendo o Sporting um adversário desse tipo, o dérbi não será para o Benfica um dos passeios a que se habituou intramuros. Logo, que ninguém esteja à espera de avalanches e derrocadas...
Mas Jorge Maia terá esquecido um outro pequeno "pormaior": Jorge Jesus está "sedentíssimo de vingança"! Ou passará pela cabeça de alguém a forma como o Benfica conquistou o título em Alvalade no último dérbi, disputado ainda na época passada, impedindo JJ de se sagrar campeão com inteira justiça, logo na primeira época ao serviço do Sporting?!...
Com relativo défice cultural, narcisista, gabarola e desbocado JJ poderá ser!...
Estúpido e sem memória decerto não será!...
Leoninamente,
Até à próxima
E não sendo o Sporting um adversário desse tipo, o dérbi não será para o Benfica um dos passeios a que se habituou intramuros. Logo, que ninguém esteja à espera de avalanches e derrocadas...
Mas Jorge Maia terá esquecido um outro pequeno "pormaior": Jorge Jesus está "sedentíssimo de vingança"! Ou passará pela cabeça de alguém a forma como o Benfica conquistou o título em Alvalade no último dérbi, disputado ainda na época passada, impedindo JJ de se sagrar campeão com inteira justiça, logo na primeira época ao serviço do Sporting?!...
Com relativo défice cultural, narcisista, gabarola e desbocado JJ poderá ser!...
Estúpido e sem memória decerto não será!...
Leoninamente,
Até à próxima
o modelo de jogo que o Sporting pratica priorizando a posse e o ataque planeado e não as transições rápidas e desequilibradoras de um Nápoles, não será porventura o mais letal para este Benfica que muda claramente de modelo quando joga com o leão, como aconteceu no passado ano em Alvalade. O que penso se irá ver mais no domingo é a iniciativa de jogo por parte do Sporting, enleante mas pouco objectivo, e um Benfica fechado, com as linhas recuadas, pressionando baixo e esperando as recuperações de bola para transições rápidas. Foi sempre este o filme mesmo com J.J. à frente dos Benfas. Por vezes até com autocarro, como no 1-1 do tempo do Marco Silva. Espero que nos corra bem, e que consigamos marcar, o que se vem tornando cada vez mais difícil...
ResponderEliminarMeu querido amigo Vitor Cruz, fala quem sabe e o teu comentário é como um livro aberto, que subscrevo convictamente como verdade. Mas, como em tudo na vida, haverá um "mas" que deveremos equacionar: JJ sabe que perdeu o campeonato passado assim! Será que aquela cabecinha vai voltar a cair no mesmo "alçapão"?! Perdoarás, mas penso que alguma coisa o "rei das tácticas" já andará a "endrominar" de então para cá!...
EliminarGrande abraço
Espero bem que ele possa planear algo diferente como uma pressão alta para recuperar bola em linhas subidas e procure uma maior verticalidade e objectividade nos últimos 30 metros. mas como escreveu o poeta africano "creio na libertação do Homem, sem ter muita razão para crer..."
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