A 24 horas de um jogo de vida ou morte, como perspectivo o encontro de Paços de Ferreira?!... Pois bem, do meu ponto de vista e sem fugir à questão principal - vida ou morte -, direi que tudo vai depender do trabalho que Domingos Paciência tiver desenvolvido neste feliz intervalo que Chipre nos proporcionou. Desconheço, desconhecerão todos os sportinguistas, a mensagem que o nosso técnico transmitiu ao plantel ao longo de todos estes dias e as palavras de circunstância da última conferência de imprensa antes do jogo, pouco significam em termos estratégicos. Não passam disso mesmo: palavras de circunstância!
O que realmente terá importãncia no sábado à noite, é a atitude mental que a equipa possa vir a revelar, fruto da interiorização da mensagem que Domingos, com toda a certeza, se terá esforçado por transmitir. Mas esse importante pormenor, por si só, não será suficiente para que os leões regressem a casa com três pontos no bornal. O nosso técnico terá de ir mais longe e decidir de uma vez por todas, mandar às malvas o excesso de cautelas e, com o material que neste momento tem ao seu dispor, armar a equipa para defrontar exactamente o Paços de Ferreira e não outra equipa qualquer.
Alguém duvidará de que os pacenses irão reforçar a sua defesa e jogar com nove ou dez jogadores atrás da linha da bola e atacar poucas vezes, com o único objectivo de conseguir aqui e ali alguns lances de bola parada?!... Acho que nem preciso de explicar porquê. Isso impõe que Domingos Paciência coloque em jogo Onyewu e Rodriguez e pela mesma razão não será preciso dizer porquê. Na lateral esquerda, entre aquilo que já conhece da produção de Evaldo e o benefício que Insúa pode representar, as dúvidas só poderão existir na sua cabeça. Oxalá consiga limpá-las de vez e coloque o argentino, olhando para o jogo e para o futuro.
O erro enorme de ter deixado Rinaudo no banco nos últimos jogos, espero que o corrija. Abdicar de um jogador com a categoria, a fiabilidade e a raça de Fito, tem-lhe custado muito caro. Com todo o respeito que os que têm ocupado esse lugar me possam merecer, a hora não é de condecorar merecimentos sempre subjectivos, a hora é de arrancar três pontos em cada jogo, nem que seja a ferros. E os ferros, em cada lance e em todo o tempo de jogo, estão nos pés, nas pernas, na cabeça e na vontade idómita de Fabian Rinaudo.
Chegou Elias?!... Estávamos mesmo a precisar!... Schaars precisa urgentemente de ir para o banco e o brasileiro joga em qualquer lado naquele meio-campo. Na direita ou na esquerda, desde que Izmailov complete o trio, que se entendam os dois, na certeza de que será sempre superior a produção, face ao que nos tem sido dado ver.
No ataque, Chapel não tem concorrente na esquerda e na direita, se Domingos quizer perder os receios e arriscar, porque não Bojinov, jogando Wolfswinkel no meio?!..
O jogo tem 90 minutos e, sem substituições de rajada que, normalmente, são sinónimos de desnorte, haverá sempre tempo de dar minutos a Rubio e Carrillo, ou para fazer face a algum imponderável. Jogar com dez é que não será sistema, particularmente se isso corresponder a impulsos de circunstância. A frieza glacial ganha muitos jogos. Ferguson ensina pacientemente como se faz.
Não falei de Patrício e João Pereira porque não é preciso. São simplesmente o melhor guarda-redes e o melhor lateral-direito portugueses da actualidade e titulares indiscutíveis da selecção. Perguntem ao Paulo Bento!...
De qualquer forma, o que fundamentalmente quero dizer, é que agora que já não conta com dois jogadores que lhe "baralhavam" constantemente as contas, Domingos Paciência tem de partir urgentemente para a construção de uma equipa de qualidade e cuja produtividade não atinja os níveis medíocres que ultimamente vinha apresentando. Reconhecerei que ainda será cedo para exigirmos um futebol de qualidade. Mas que diabo, os sportinguistas só querem três pontos em cada jogo. Ou será que alguém já pediu mais que isso?!...
Leoninamente,
Até à próxima
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