sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Ai Patrício, vê se melhoras !...

Logo após o final do jogo de ontem em Zurique, Rui Patrício "botou faladura"!... Desta vez não disse, como é habitual nos jogadores de futebol, que a equipa deveria levantar a cabeça e ter os pés bem assentes no chão. Esse refrão é mais usado para as derrotas. Mas disse que a equipa queria continuar a crescer!... Não saem disto estes limitados jogadores portugueses. Sempre que vêem um microfone ou uma câmara à frente, lá vem a ladaínha do costume. Nunca mais ninguém lhes ensina que devem falar como as pessoas normais, usando expressões normais, como se estivessem a falar com um amigo, em volta de duas bicas mal cheias...
O que eu gostaria de ter ouvido Rui Patrício dizer, seria uma coisa parecida com isto: defrontámos um adversário que nos poderia ter causado dificuldades, tivemos a sorte de fazer um golo bem cedo, acalmámos e fizemos uma razoável primeira parte e até acabámos por fazer um segundo golo que nos deu mais confiança ainda. A segunda parte não foi tão boa como a primeira, mas conseguimos o mais importante que era a vitória. Voltei a cometer um erro de palmatória, para o qual já estava prevenido, mas na hora da decisão falhei de novo. Posso prometer aos adeptos que tentarei não voltar a dar-lhes mais motivos de preocupação. E pronto, despedia-se do repórter, ia à sua vidinha e não repetia as alarvidades e lugares comuns do costume. E todos nós lhe perdoávamos o erro e não ficávamos constrangidos com a pobreza franciscana das suas palavras...
Leoninamente,
Até à próxima

5 comentários:

  1. Boas!

    Meu caro, pedir a Patricio (ou até algo exageradamente, a qualquer outro jogador da bola) que junte duas frases com significado é o mesmo que esperar pelo sucesso da viagem de Ícaro!

    Infelizmente, ou estes craques vêm com uma educação de berço que lhes permita ser como diz ou então, e mais comummente, tornam-se artistas da bola desde muito cedo, deixando as preocupações educativas para simples mortais como nós!

    Mas isso já nem me apoquenta muito, mas sim o facto de a falta de inteligência poder levar Patricio a cometer erros como os de ontem vezes sem conta.

    Acho contudo que a sorte não foi factor determinante na atribuição do vencedor da partida de ontem, e se sofremos, um pouco desnecessariamente, na segunda metade do encontro isso parece-me dever-se ao facto da equipa não saber ainda gerir vantagens porque, pasme-se, ainda não as tinha tido tão frequentemente.

    Abraço

    ResponderEliminar
  2. O Patrício não tem que necessariamente falar bem ou fazer uma análise pós-jogo correcta. Tem é que defender com unhas e dentes as nossas redes e nisso é o melhor em Portugal.

    O que aconteceu é mais um (outro) erro do árbitro. Aquilo não é um passe e muito menos um atraso. Na quarta no jogo do galinheiro aconteceu uma situação muito mais flagrante que todos viram mas que ninguém falou ou sequer questionou. São critérios...

    Preocupa-me muitissimo mais a pobreza franciscana com que nas últimas 2 épocas brindámos o pobre esférico no nosso relvado.


    Abraço Leonino

    ResponderEliminar
  3. Caro Rui Fiel,
    Obrigado uma vez mais pelo comentário.
    Claro que pretender de um vulgar pontapeador de bola um discurso coerente e simples, talvez seja pedir muito. Mas os produtos da nossa formação, como é o caso de Rui Patrício, não são vulgares pontapeadores de bola. A nossa Academia vai - ou deveria ir - um bom bocado mais longe e, que eu saiba, a vertente educacional não será assim tão desprezada. Logo o Rui deveria ser diferente, ou pelo menos eu desejaria que fosse.
    Sobre o erro que mais uma vez cometeu, ele nem falou nele e penso que deveria. Daí a minha crítica, que não branqueia o trabalho dos árbitros em causa.
    Quanto ao factor sorte, meu caro, quero dizer-lhe que como sportinguista nunca o rejeito. Mas se não é sorte três bolas na barra e nos postes...
    Um abraço amigo e leonino

    ResponderEliminar
  4. Caro "3 metros de relva",
    Obrigado pelo comentário.
    Eu não pretendo que Patrício seja um erudito.
    Na baliza sim, que seja o melhor do mundo. A falar que seja simples,directo e não se preocupe em decorar "clichés" estereotipados e que revolvem o estômago a muita gente. Fale como eu disse, como se fala a um amigo que se convida para um café. Ao usar frases feitas e sem o mínimo de substância, dá um passo mais para a parolice.
    Se estivessemos a falar sobre o discurso de um lampeão ou andrade, eu rebolava-me no chão a rir. Sendo um jogador sportinguista e ainda para mais com a admiração que lhe dedico como atleta, sofro e tenho pena. Daí o meu post de hoje.
    A questão dos erros dos árbitros que está no centro da nossa "conversa" é pacífica e não foi sobre ela que me debrucei. O que me importou, foi a constatação da desconcentração de Patrício. Caramba, na segunda cai quem quer!...
    Um abraço leonino

    ResponderEliminar