quarta-feira, 10 de março de 2021

"Onde vai um, vão todos"!...


Rúben: Onde vai um, vão todos!

«A vetusta Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF), num exercício de corporativismo bacoco, fez, há um ano, queixa de Rúben Amorim e do Sporting Clube de Portugal. Passado todo este tempo, e num contexto competitivo em que o Clube está em primeiro lugar na Liga com uma vantagem de 10 pontos sobre o mais directo competidor, a Comissão de Instrutores da Liga decide deduzir uma acusação de fraude contra o treinador e o Sporting por, alegadamente, este ter sido inscrito como adjunto quando, na verdade, seria o treinador principal.

Vamos por partes: este não é um caso virgem, longe disso, no futebol português. Antes de Rúben Amorim e o Sporting se terem limitado a fazer o que os regulamentos da Liga preveem, já outros o tinham praticado. De Paulo Bento a Sérgio Conceição, de Jorge Silas a Marco Silva, de Nuno Espírito Santo a Paulo Fonseca, de Petit a Mário Silva, de Pedro Emanuel a Pepa, e por aí adiante, todos estiveram na mesma situação de Rúben Amorim quando entrou no Sporting Clube de Portugal e jamais mereceram a deferência e sanha persecutória da parte do mister-adjunto José Pereira que lidera a ANTF.

As razões parecem-me óbvias: nunca um "miúdo", Rúben Amorim, tinha mostrado tanta competência e qualidade a liderar uma equipa de "miúdos", maioritariamente da Academia Sporting, e a tinha colocado no primeiro lugar do campeonato, a tanta distância dos rivais, ameaçando assim a hegemonia dos concorrentes directos e, sobretudo, o poder instalado da galeria de treinadores de museu – excepção feita a Toni ou a Carlos Diniz que, entretanto, se demarcou da ANTF – e cujo currículo é, a todos os títulos, discutível. Além disso, interrogo-me, e devemos todos fazê-lo, sobre o que é que leva aqueles senhores a arvorarem-se na pretensão de serem proprietários por usucapião do direito de certificarem e atestarem competências, méritos e qualidades de quem quer que seja, e que, manifestamente, os seus currículos não revelam.

O que está aqui em causa é muito simples: Rúben Amorim é hoje um treinador com provas dadas. E o que é incompreensível é que o acesso à habilitação de nível IV possa demorar até 8 a 10 anos, ou seja, mais tempo do que fazer uma licenciatura, um mestrado ou até um doutoramento. As qualificações e a formação são fundamentais, seja em que sector de atividade for. Mas não podem funcionar como força de bloqueio à competência, ao mérito e ao sucesso, muito menos pela parte de quem, manifestamente, tem falta deles e de autoridade curricular.

Mas o Rúben Amorim não é, apenas, um treinador competente no plano técnico, táctico e desportivo. Também no plano ético e comunicacional tem demonstrado toda a sua qualidade e inteligência. Num tempo em que passamos a vida a clamar, e bem, pela higienização do futebol português, numa época em que nos queixamos sistematicamente da toxicidade ambiental do futebol nacional, confrontamo-nos com agentes desportivos que estão empenhados na maledicência e em causar dano reputacional a um treinador e a uma instituição, mais do que centenária, como é o Sporting Clube de Portugal.

A consequência desta conduta é evidente, e já existiu noutras paragens. Um treinador como Rúben Amorim, um dos melhores activos – não me esqueço, também, do Carlos Carvalhal que é um cavalheiro e um modelo de civismo – que o futebol português foi capaz de produzir em matéria de urbanidade ou uma espécie de álcool-gel desta pandemia que tem tantos anos no desporto português, rapidamente se fartará deste ambiente hostil e partirá para outro campeonato que tenha uma cultura civilizacional em que se reveja. E nós ficaremos entregues aos do costume. Isto é válido, não apenas para treinadores, mas também para dirigentes de clubes e outros agentes do fenómeno desportivo que não estão para ser insultados e vilipendiados nas suas reputações. E escrevo com a autoridade moral de quem tem a consciência de que, em vários momentos, também eu contribuí para um certo ambiente incendiário que seria dispensável.

E, de duas, uma: ou os apelos à pacificação e à descontaminação do ambiente no futebol são para levar a sério, ou então teremos que reconhecer que tudo não passa de hipocrisia e que, afinal, o que queremos mesmo é que nada mude para que tudo fique na mesma. Por mim, e perante esta ignomínia, comprometo-me com o Rúben Amorim dizendo-lhe, simplesmente, o seguinte: Onde vai um, vão todos!»

"Perante esta ignomínia", estou cada vez mais certo de que todos os sportinguistas se comprometem...

"Onde vai um, vão todos"!...

Leoninamente,
Até à próxima

6 comentários:

  1. Caro Álamo:
    E não vai parar.
    Acaba de ser anunciado processo disciplinar a Palhinha ( who else?) Neto, Feddal e Hugo Viana, que embora não expliquem porquê, suponho referir-se aquele tarantantam no fim do jogo em Famalicão. O apitador de serviço não só nos anulou o golo do Coates, como ainda deve ter escrito das boas no relatório. Continuo a dizer o que já comentei consigo: um dia isto dá para o torto, ai dá, dá...
    Um Abraço
    José Lopes

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    1. Por incrível que possa parecer, acredite o meu Amigo que a espécie de concertação existente no sentido de instabilizar o Sporting, parece estar a conseguir aquilo que ainda num passado recente todos julgávamos muito difícil de ser alcançado : a desejável e imprescindível união da grande nação sportinguista! Agora concordarei sem esforço com o remate do seu comentário: "quem brinca com o fogo, arrisca a queimar-se um dia destes"! Eles estão a tentar de tudo, só que agora o Sporting parece estar preparado para fazer frente a todos os ataques. Por mim estou tranquilo e agora apenas focado em... Tondela, onde precisamos vencer, seja de que maneira for! Até à dentada se necessário for!...
      Abraço grande

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    2. Quando for disputado á dentada ficaremos sempre primeiro que os lampiões.
      ehehe.

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  2. Caros, tenho a mesma opiniao do Alamo, osto esta a ter o efeito contrario quer na equipa quer na massa adepta. O comboio esta em andamento e tudo é combustivel para aumentar a velocidade e nao para o fazer descarrilar. SL

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  3. Miseráveis, covardes, execráveis, répteis, corruptos, canalhas - tudo isto (des)qualifica e adjetiva alguns desta gentalha e, da putrefação, que gravita e se governa no dirigismo.
    A quem ainda reste um pingo de dignidade e vergonha (não creio), que se afaste e demita, permitindo a entrada de gente nova, competente, honesta e isenta.
    Pulhas, demitam-se, tenham decoro e não conspurquem ainda mais o futebol.
    A paciência e a tolerância para com estas aldrabices, parcialidades, vigarices e desigualdades no trato, esgotou-se.
    Os Tribunais Comuns e Civis, a Justiça e a Magistratura, estão e vão continuar a colocar em ordem, a marginalidade e o incumprimento das Leis régias, do equilíbrio e sensatez que a Nação exige.
    Tarda, mas responderam na Justiça, os responsáveis e prevaricadores.
    A procissão ainda vai no adro.


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  4. os tribunais do rui rangel , ex-esposa e outros ??? do paiva não sei qu~e , amigo do cintra e do rui rangel ? dos noronhas de nascimento e pinto monteiros ???? destas personagens ??? se eles pudessem mais , mais fariam ....

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