Sem muito brilhantismo, é certo, mas com a confiança e eficácia de sempre, o Sporting deu mais um passo decisivo rumo ao título nacional
«Mais um jogo, mais uma vitória, mais três preciosos pontos. Resumidamente foi isto que aconteceu na deslocação do Sporting a Tondela. Consequência: a formação leonina está cada vez mais perto do grande objectivo da temporada. A conquista do título nacional, independentemente de se ter transformado em tema tabu em Alvalade, há muito que já não é só um sonho longínquo. O arranque da festa parece ser só uma questão de tempo, mas mais tarde ou mais cedo... não deve falhar. A hipótese de uma hecatombe no que resta jogar na Liga é ainda mais diminuta do que imaginar ver um dos principais perseguidores a vencer todos os compromissos que lhe faltam no calendário.
Regressemos ao ‘filme’ do João Cardoso, para salientar que houve outras (várias) coisas habituais nos jogos do Sporting, nomeadamente nos mais recentes. A saber: a exibição não foi empolgante ou recheada de grandes pormenores técnicos; o golo que valeu o triunfo só apareceu no derradeiro quarto de hora; a equipa teve de utilizar o ‘fato de macaco’ para lutar pelo desfecho (primeiro para marcar, depois para evitar a reacção contrária) e pela enésima vez ficou patente que o conjunto – pese a inexperiência da maioria dos jogadores ao mais alto nível – tem uma confiança ilimitada. Sim, a equipa jamais entrou em desespero por o nulo se manter no marcador até depois dos 80 minutos. O grupo que Amorim tem moldado de forma exemplar parece antever que a solução ofensiva acabará sempre por surgir. Resta esperar para saber quem marca, de que forma e a que minuto. Mas, isso, no contexto global, acaba por ser irrelevante.
A primeira parte do embate de ontem não foi um grande espectáculo. Houve intensidade, é certo, mas pouca capacidade para desequilibrar as amarras iniciais, pois os dois conjuntos surgiram relativamente ‘encaixados’, sempre com o Sporting a ser mais dominante e o Tondela mais atento à missão defensiva. A única grande oportunidade de golo pertenceu a Tiago Tomás que, aos 43’, cabeceou por cima da trave, após cruzamento bem medido de Porro. Os locais tiveram somente uma meia ocasião, mas João Pedro, aos 28’, não soube tirar proveito do facto de Adán estar fora dos postes e rematou bem longe do alvo.
Mexer e ficar à espera
A segunda metade foi melhor. Para ambos os conjuntos. O Sporting porque foi mais incisivo, o Tondela porque não teve medo de tentar esticar o jogo, procurando aproveitar os espaços existentes. Mas, não foi só dentro do campo que se jogou...
Amorim resolveu começar as alterações após uma hora de jogo. E foi feliz. Outra vez. Conferiu mais dinâmica, refrescou os sectores, colocou os opositores perante desafios diferentes e, basicamente, indicou o caminho: para a frente. E a equipa (como de costume) respondeu ao toque do despertador. Sem o brilhantismo de rondas já distantes, sem produzir um futebol de encantar, mas sempre com a confiança de que o assunto se resolveria. E assim foi. Martínez fez um corte incompleto, Pote olhou para a baliza, mas a bola tabelou num jogador contrário e foi ter com Tiago Tomás que, no sítio certo, à terceira ocasião, assegurou a conquista do triunfo. Estávamos no minuto 81, mas até poderia ter sido aos 85 ou aos 90. Por norma é isso que sucede. Desta ou daquela forma. Para uns é estrelinha, mas é bem mais resultado da confiança e da capacidade. Jogar bem e vencer é normal em todas as equipas. Mas ganhar sem precisar de brilhar, com uma eficácia notável, é típico dos campeões. É por isso que o título é só uma questão de tempo...
Homem do jogo
Tiago Tomás - Nem sempre quem marca é o melhor, mas o jovem fez o mais importante: marcou e garantiu a conquista do triunfo.»
"O que é que é, que antes de ser já era"?!...
Leoninamente,
Até à próxima
P.S - Claro que estão excluídas à partida, as respostas de "pescada", "comida" e "vestido"!...
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