Fernando Santos rendido ao leão
«João Palhinha viu confirmada a excepcional temporada que tem vindo a fazer no Sporting ao ser convocado por Fernando Santos para a Selecção Nacional. É o corolário lógico de um trajecto seguro, no qual o Sporting não teve a participação aguardada na construção de um jogador que, paulatinamente, se transformou numa referência do futebol português. Na última meia dúzia de anos, Palhinha foi dando passos seguros para o topo, com passagens por Moreirense (29 jogos), Belenenses (18 jogos e 1 golo) e Sp. Braga (76 jogos e 6 golos em duas temporadas), intervaladas com regressos falhados à casa mãe de Alvalade.
Aos 25 anos, depois de duas épocas notáveis em Braga, João Palhinha está apto a cumprir o futuro que lhe parece destinado. A continuidade competitiva, o amadurecimento pessoal e futebolístico, a depuração do entendimento táctico do jogo e a capacidade para assumir relevância nas equipas que representa fê-lo evoluir para uma autoridade na zona do terreno onde tudo se concebe – não esqueçamos as palavras de José António Camacho, para quem o futebol começa no médio-centro. E como foi possível Palhinha ter resistido a tanta dúvida, reserva e expectativas reduzidas, até se afirmar como um dos melhores, mais sólidos e valiosos jogadores portugueses na sua função?
Aos 25 anos, depois de duas épocas notáveis em Braga, João Palhinha está apto a cumprir o futuro que lhe parece destinado. A continuidade competitiva, o amadurecimento pessoal e futebolístico, a depuração do entendimento táctico do jogo e a capacidade para assumir relevância nas equipas que representa fê-lo evoluir para uma autoridade na zona do terreno onde tudo se concebe – não esqueçamos as palavras de José António Camacho, para quem o futebol começa no médio-centro. E como foi possível Palhinha ter resistido a tanta dúvida, reserva e expectativas reduzidas, até se afirmar como um dos melhores, mais sólidos e valiosos jogadores portugueses na sua função?
Em primeiro lugar, acreditando sempre nas suas capacidades, mesmo quando, à volta, muitos torciam o nariz ao seu talento. Depois a disponibilidade para despertar os sentidos e absorver os ensinamentos dos principais treinadores que o orientaram na fase decisiva da afirmação ao mais alto nível, iniciada em 2018: Abel Ferreira, Ricardo Sá Pinto e Rúben Amorim.
Palhinha evoluiu em quase todos os capítulos, a começar pelo físico, que hoje lhe permite estar em rotação máxima durante muito mais tempo. Mas foi a evolução táctica e do entendimento do jogo que o elevou a um nível de excelência; a capacidade para medir correctamente todas as intervenções, com e sem bola; a perfeição atingida na ocupação do espaço, na acção sobre a bola e o adversário; a utilização do corpo em cada lance dividido e a superior capacidade de uma técnica sem adornos, com a qual é capaz de transformar automaticamente um movimento defensivo num lance de ataque.
Palhinha evoluiu em quase todos os capítulos, a começar pelo físico, que hoje lhe permite estar em rotação máxima durante muito mais tempo. Mas foi a evolução táctica e do entendimento do jogo que o elevou a um nível de excelência; a capacidade para medir correctamente todas as intervenções, com e sem bola; a perfeição atingida na ocupação do espaço, na acção sobre a bola e o adversário; a utilização do corpo em cada lance dividido e a superior capacidade de uma técnica sem adornos, com a qual é capaz de transformar automaticamente um movimento defensivo num lance de ataque.
Jogador altamente relevante na expressão de duas equipas excepcionais (Sp. Braga em 2019/20 e Sporting em 2020/21), Palhinha ainda não atingiu o máximo de si próprio. E é essa a conclusão mais sensata a tirar da chamada à Selecção Nacional, que deve encarar como ponto de partida de uma nova etapa da carreira e não como ponto de chegada; não como uma glória definitiva mas um momento feliz que deve interpretar como escala do longo percurso que tem pela frente; como prova de que está a fazer bem o trabalho, sim, mas como motivação suplementar para o muito que há ainda para fazer.
Numa função em que desde o Euro’2016 são escassos os jogadores que se intrometeram num lote normalmente restrito, João Palhinha é daqueles que chegam para ficar. E o que pode trazer a referência do líder da Liga NOS à equipa de Fernando Santos? Para começar constitui um sinal de rejuvenescimento – João Moutinho está com 34 anos, Danilo com 29 anos, William e Sérgio Oliveira com 28 –, funcionando também como injecção de qualidade e versatilidade na zona central do terreno.
Resta agora conhecer a resposta do jogador num contexto diferente; saber como reage numa equipa que não conhece, ao lado de jogadores com quem nunca jogou; se a autoridade esmagadora que exerce no Sporting permanecerá inalterável num cenário distinto e num entendimento ainda mais exigente. Será capaz de entrar na carruagem de um comboio em movimento e não ser apenas mero passageiro? Terá carisma para, acrescentando prestígio com a sua presença, influenciar o modo como a máquina se desloca até à meta? Terá a força interior para se insinuar e discutir com vantagem a condução dos habituais timoneiros? Essa é a dúvida. E foi por isso que Fernando Santos o convocou. Na esperança, dele e de todos nós, de ter conquistado mais um soldado para as batalhas que estão à porta.»
Numa função em que desde o Euro’2016 são escassos os jogadores que se intrometeram num lote normalmente restrito, João Palhinha é daqueles que chegam para ficar. E o que pode trazer a referência do líder da Liga NOS à equipa de Fernando Santos? Para começar constitui um sinal de rejuvenescimento – João Moutinho está com 34 anos, Danilo com 29 anos, William e Sérgio Oliveira com 28 –, funcionando também como injecção de qualidade e versatilidade na zona central do terreno.
Resta agora conhecer a resposta do jogador num contexto diferente; saber como reage numa equipa que não conhece, ao lado de jogadores com quem nunca jogou; se a autoridade esmagadora que exerce no Sporting permanecerá inalterável num cenário distinto e num entendimento ainda mais exigente. Será capaz de entrar na carruagem de um comboio em movimento e não ser apenas mero passageiro? Terá carisma para, acrescentando prestígio com a sua presença, influenciar o modo como a máquina se desloca até à meta? Terá a força interior para se insinuar e discutir com vantagem a condução dos habituais timoneiros? Essa é a dúvida. E foi por isso que Fernando Santos o convocou. Na esperança, dele e de todos nós, de ter conquistado mais um soldado para as batalhas que estão à porta.»
Que ninguém duvide...
João Palhinha veio para ficar!...
Leoninamente,
Até à próxima
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