«Em artigo escrito em Record, na semana passada, o presidente da ANTF veio justificar a queixa apresentada contra o Sporting e Rúben Amorim, dizendo que era uma questão de legalidade, de aplicação de normas emanadas das entidades que superintendiam o Desporto.
Não posso deixar de sublinhar a hipocrisia subjacente a essas palavras. Já não questiono que a ANTF faça queixas selectivas, porque esse é um juízo ético, que competirá aos associados e ao público em geral fazer.
A questão é que a ANTF acusa o Sporting e Rúben Amorim de fraude à lei, ou seja, de pretenderem alcançar um fim ilícito, através de meios aparentemente lícitos. Os artigos do Regulamento Disciplinar da Liga, alegadamente violados, resultam para o Sporting numa multa moderada e para o treinador, numa pesada suspensão.
Por outras palavras, já não estamos no quadro de uma participação relativa ao eventual cometimento de ilegalidade, outrossim a um processo de intenções, de contornos bem mais rebuscados, já que pressupõe uma articulação dolosa entre os denunciados.
Registando a insensibilidade da ANTF, abrindo a porta a que um treinador possa ficar no desemprego, por via das disposições regulamentares que invocam, há três questões que, em meu entender, definem os limites do caso.
A primeira é que o Sporting respeita as exigências legais e tem, no seu quadro, um treinador principal e dois treinadores adjuntos. A segunda é a de que o Sporting organiza a sua actividade conforme bem entende. A terceira é que Rúben Amorim é empregado e faz aquilo que a entidade patronal manda.
Com estes pressupostos, não se vislumbra como pode Rúben Amorim pagar as favas do despeito. Ser treinador de futebol de grau IV leva mais tempo do que ser advogado, médico, engenheiro ou outra profissão para que seja exigida formação especial, com uma agravante: só há curso de vez em quando.
A exigência é tão desproporcional quanto os muitos exemplos de treinadores não habilitados e que fizeram trabalho brilhante nas equipas que dirigiram.
A evolução na carreira por tempo de serviço é um conceito muito próprio de uma certa instituição militar e, patentemente, ainda há quem, tendo saído dela, mantenha o essencial da sua mentalidade.»
Até o Zé do Bombo fica com pena dele próprio!...
Leoninamente,
Até à próxima
O homem não passou de Furriel.
ResponderEliminarAs declaracoes deste ze do bombo a meu ver so vieram dar razao ao sporting num eventual recurso ate ao constitucional pois a meu ver o que este “tonto” diz é que uma pessoa nao pode exercer a sua profissao por meritocracia mas sim por idade (disfarçada dos tais cursos de vez em quando), nao sendo esta associacao uma ordem profissional, gostava de perceber onde se vao agarrar em sede de tribunal...SL
ResponderEliminarO douto artigo de Carlos Barbosa, é eloquente, esclarecidor e fundamentado, pelo profundo conhecimento dos soberanos princípios éticos, tais como, o da imparcialidade, da isenção, da igualdade, do equilíbrio e da proporcionalidade.
ResponderEliminarAcesce ao mesmo, o exercício da sensatez, o aconselhamento de visita a memorandos de boas práticas e a sempre recomendável, prudência, quanto à leitura cega, interpretação difusa e enviesada, dum enquadramento legal e/ou regulamentador.
O Dr. Carlos B. da Cruz, acaba de publicar, expoondo em pauta e a vermelho, um irrefutável e inequívoco certificado de incompetência e chumbo ao "Zé do Bombo", atrbuindo-lhe nota negativa (- Nivel IV).
Quando a prepotência corporativa se conjuga com a arrogância, autoritarismo bacoco e destempero nos termos e acusações muito graves (de fraude e dolo?), sujeitam-se ao jus e veredicto do Direito e reposição da Justiça.
O papel ridículo e vexatório assumido pela ANTF, não dignifica, não honra, nem defende os interesses da classe que diz representar.
Logo, demitam-se,