«Se nada de muito anormal acontecer nos quatro jogos que ainda faltam dos oitavos, os quartos-de-final da Champions irão juntar sete equipas que estão nas 12 primeiras posições da Deloitte Football Money League de 2020, o mais conhecido ranking de riqueza de clubes de futebol. Há uma excepção, o FC Porto (29.º da lista), que se estreou na Football Money League precisamente em 2020 – nunca, até agora, os dragões tinham sido referidos neste levantamento que é feito anualmente desde 2002.
Este simples dado mostra bem a dimensão do feito do FC Porto ao chegar aos últimos oito da Liga dos Campeões. É um clube de acesso muito limitado, que nas últimas dez temporadas teve apenas cinco ‘penetras’ na ditadura das cinco maiores ligas: APOEL, Benfica (duas vezes), Galatasaray, FC Porto (três vezes) e Ajax. É uma tendência que se tem sentido ano após ano e que será agravada a partir de 2024, quando se entrar num ciclo de distribuição de (muito) dinheiro que tornará a Football Money League mais previsível do que o campeonato alemão.
Não haja ilusões: o futebol com que crescemos está a acabar. Mas é um caminho inevitável e que já foi trilhado em vários sectores de actividade. A pergunta que devemos fazer é: queremos estar lá dentro ou ficar do lado de fora?»
Será um desafio de todo o tamanho para o futebol em Portugal, cuja competitividade terá necessária e urgentemente de sofrer um considerável "upgrade", tanto com a redução imediata do número de participantes na nossa Primeira Liga, quanto com a radical alteração do espírito competitivo, decorrente de uma revolucionária e imediata alteração da mentalidade dos "treinadores do pontinho" cujo "grupinho fechado" se vai desgraçadamente revesando no comando técnico das nossas equipas, os mesmos "petits" de sempre, cujo único objectivo já conhecemos há décadas: defender e prolongar o mais possível o "tachinho pessoal" e o futebol que se lixe!...
E defendendo o natural egoísmo próprio de um adepto de qualquer clube, como adepto sportinguista e com todo o respeito por todos os nossos adversários, sem retirar o realismo e a racionalidade vertida por Salgado Zenha em recente entrevista, no meu modesto entender, não será hora de subordinar de qualquer maneira, o talento que irradiando da nossa Academia eventualmente se fixe na nossa equipa principal, às compreensíveis e inexoráveis exigências financeiras. Vender nunca, sem que primeiro seja antecipamente acautelado o futuro. O caso da contratação de Matheus Reis será o exemplo paradigmático a ser seguido, quando dentro de portas não for possível encontrar a "peça sobressalente" da "grande venda" que indicadores seguros forem tornando aconselhável.
Vem aí, dentro de três anos, uma autêntica revolução no futebol europeu. O Sporting, perdido em indecisões e constrangimentos, bem poderá limpar as mãos à parede com aquilo que fez nas últimas quatro décadas! Quatro décadas é demasiado tempo e inadmissível só a possibilidade de se poderem repetir. Assim, agora que foi alcançado um estágio qualitativo que nos poderá permitir ombrear e superar os nossos adversários internos, que nunca e em caso algum seja permitida a minima redução da qualidade das nossas principais equipas, tanto de jogadores quanto técnicas. Porque como muito bem acentua Sérgio Krithinas nesta sua crónica de hoje, a pergunta que deveremos fazer terá de ser, necessária e imperiosamente, para além do cumprimento rigoroso do fantástico desígnio dos nossos fundadores que jamais deveremos permitir que seja esquecido...
"Se queremos ficar dentro ou fora do futebol dos milhões"!...
Leoninamente,
Até à próxima
Caro Álamo:
ResponderEliminarTondela-Sporting
Árbitro: Nuno Almeida
Assistentes: André Campos e Pedro Felisberto
4.º árbitro: Hugo Silva
VAR: Gustavo Correia
AVAR: Inácio Pereira
Abraço
Tocou-nos o “Ferrari vermelho”, caro Álamo!
ResponderEliminarGrande Abraço
José Lipes