quinta-feira, 3 de maio de 2018

Saravah, caríssimo Rui Monteiro!...



A jovialidade, inteligência e determinação que transparecem desta velha imagem que fui descobrir ao fundo do meu baú, pertenceram a Arnaldo Matos, revolucionário que incomodou os últimos anos da bolorenta ditadura de Salazar e Marcelo Caetano e pretendeu, nos inocentes anos da nossa Revolução de Abril, ser o "grande educador da classe operária"! Nunca chegou a educar a "classe operária" coisa nenhuma. Talvez que a idade lhe tenha ensinado que a "classe operária" sempre foi, é e será, autodidacta, se e quando vive em Liberdade!...

Não lhe cheguei a conhecer afectos clubísticos. Nesse tempo o futebol ocupava apenas o espaço que o povo simples e amante lhe concedia e havia apenas um canal de televisão que uma boa fatia da nossa gente, felizmente, ainda não tinha em casa e, "pour cause", o peixe ainda era vendido nas lotas, mercados afins e na praia de Sesimbra e outras praias em que proliferava a "arte xávega", mas sem que os vendedores se chamassem, como hoje, comentadores de futebol. Peixeiradas houve sempre, mas terminavam invariavelmente em paz e tranquilidade e com o comprador a levar o peixe para casa, mais ou menos em conta.

Ora perguntarão os meus amigos sportinguistas, o que tem a ver Arnaldo Matos com o Sporting ou com o dérbi que está mesmo aí a rebentar. Pois acreditem que há uma razão para ter ido a correr revolver o meu baú em busca do "grande educador". E é uma razão muito forte, que só entenderão se, acabada de ler esta minha lenga-lenga, se dirigirem muito, mas mesmo muito depressinha ao blog A Insustentável Leveza de Liedson e apreciarem o magnífico texto de Rui Monteiro...

Saravah, caríssimo Rui Monteiro!...

Leoninamente,
Até à próxima

7 comentários:

  1. Olhe, Álamo, acho mal destacar esse texto porque revela muita má fé de quem o escreveu.

    Como vários notaram na caixa de comentários, a transcrição é errada bem como a interpretação.

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    1. Com o devido respeito, tenho opinião diferente e coincidente com Rui Monteiro. "Cada cabeça, cada sentença"...
      Creio que o programa de hoje, "Verde no Branco" da Sporting TV, poderá ter fornecido um fantástico indicador de que é possível aos sportinguistas, críticos de certas precipitações de Bruno de Carvalho, terem a possibilidade de começarem a ver a luz ao fundo do túnel!...

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    2. Concordo em absoluto, muita má fé do rui monteiro.

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    3. Ainda não vi mas vou ver. Também tenho curiosidade

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  2. Continuo a concordar plenamente com a frase ...

    "... "Quem não estiver aqui para conquistar vitórias, não está aqui a fazer nada"..."

    Absolutamente ...!

    E nem quer dizer que quem não tenha conquistado aqui ou ali uma vitória...não mereça "estar no podium..."...

    É que nós sabemos muito bem..."como às vezes as vitórias...nos fogem...aparentemente com razões, que a razão devia desconhecer...!"

    SL

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  3. Meu caro,

    Obrigado pela solidariedade. Somos dois com a mesma opinião. Ou a proclamação não quer dizer nada ou então quer dizer o que todos percebemos. Esta adoração é um doença. Ninguém percebe, incluindo o presidente, que quem dirige uma instituição está mais sujeito à crítica do que ao elogio? Falo por mim, quem dirige uma organização só apanha com as chatices. É para isso que lá está e se não está para chatices é melhor não estar. Aliás, se estiver atento à crítica melhora sempre. O elogio é que serve de pouco ou nada.

    Bem, se não ganharmos ao Benfica descarregamos nos jogadores e principalmente no Jorge Jesus. Aliás é o que faz um adepto durante toda a época e não precisa de um presidente para isso.

    Um abraço

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    1. Retribuo o abraço com convicção, prazer e admiração. Seremos muitos mais com a mesma opinião, mas a coragem de o afirmar é que não será a mesma, como há muito ambos sabemos, em particular no que ao nosso Sporting disser respeito!...
      Terei de confessar que me surpreendeu uma boa parte dos comentários ao seu magnífico texto, vindos de muitos sportinguistas que não terão sido capazes de compreender o alcance da sua tentativa de "educação". Mas não desanime meu caro. Há muito terá compreendido, como eu, que a razão dificilmente estará no unanimismo e que a crítica sempre há-de ajudar ao êxito se, obviamente, o criticado o permitir.

      Creia que o êxito há-de ter sempre um sabor mais intenso para os críticos, do que para os adeptos do aplauso barato.

      Um grande abraço

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