Escolher o futuro sem comer gelados com a testa!...

Haverá uma infinidade de cenários que se poderão colocar como saída para as actuais dificuldades - crise chamam-lhe alguns! - que vive o Sporting Clube de Portugal. Cada sportinguista já terá construído o seu, reflexo da forma como vê a situação  a que o Clube chegou e, fundamentalmente, da sua génese e das responsabilidades dos diversos fautores internos e, porventura, externos. 

No meu modesto entender a grande decisão, que terá de ser, conforme as disposições estatutárias, necessariamente tomada pelo presidente da demissionária MAG, tem vindo a ser protelada por manifesta influência do Conselho Directivo liderado por Bruno de Carvalho, até que seja obtido o necessário consenso sobre garantias de que não abdicará, no caso de ocorrer a demissão de qualquer dos actuais elementos que o constituem, sem que necessariamente o presidente o faça:

1 - Marcação imediata de eleições gerais para todos os Corpos Sociais, nos prazos e moldes previstos nos estatutos.

2 - Absoluta possibilidade de todos os elementos que actualmente compõem o CD se voltarem a recandidatar, tanto a nível pessoal quanto colectivo.

3 - Manutenção do CD demissionário no assegurar da gestão corrente dos destinos do Clube, até que o novo orgão decorrente do processo eleitoral venha a tomar posse, à imagem do que acontecerá com a MAG e Conselho Fiscal e Disciplinar.

Compreendo em absoluto a posição que tem vindo a ser tomada pelos sete membros do CD ainda em funções, no sentido de inviabilizar o "golpe palaciano" que já pairava no ar e facilmente se adivinhava, de se ver substituído por uma "comissão de gestão" formada segundo critérios duvidosos e absolutamente à margem dos associados, cuja acção poderia vir a estender-se no tempo muito para além das disposições estatutárias, na boa tradição da "esperteza saloia" que costuma ser apanágio na nossa terra, assim como a total e completa ausência de garantias de qualquer dos seus elementos se vir a recandidatar.

Nesta condição antevejo como muito provável, à semelhança do que aconteceu em 2013  com Godinho Lopes, que da reunião dos Corpos Sociais de amanhã acabe por decorrer a demissão do CD - em bloco ou por falta de quórum -, depois de satisfeitas e tornadas públicas as garantias apontadas em 1, 2 e 3, o que desarticulará e tornará sem efeito o "movimento de recolha de assinaturas" para a destituição de Bruno de Carvalho e restantes membros do CD, à exacta semelhança do que aconteceu em 2013, com "Dar Rumo ao Sporting".

Fará então sentido e reforçará esta minha tese, aquilo que António Magalhães deixou entender, no último postal  que aqui tive oportunidade de publicar, quando se referiu ao facto de estar a "ganhar força a via do 'candidato único', como solução mais indicada". Não o quis explicitar então AM, mas fica claro para todos, o seu apelo, em plena e declarada pré-campanha, para que a oposição da Bruno de Carvalho, se una em torno de um só projecto, liderado por Rogério Alves.

A confirmar-se este cenário, mais uma vez e bem, estará nas mãos dos sportinguistas...

Escolher o futuro sem comer gelados com a testa!...

Leoninamente,

Até á próxima