Um ano cheio de muitos nadas
Desde abril de 2017 aconteceu tudo quanto se possa imaginar, mas 2018/19 vai começar sem uma única mudança
«Portugal está cheio de políticos, dirigentes, treinadores, jogadores e cidadãos comuns flagelados por tímpanos hipersensíveis ao futebol, mas, apesar disso, é quase certo que o próximo campeonato arrancará sem nenhuma mudança, nem avaliações aos novos problemas, como as denúncias anónimas à PGR, agravadas pelo processo por corrupção aberto ao Sporting. Todas as instituições responsáveis são as mesmas, as pessoas à frente delas também, as leis não mudaram, os regulamentos mudaram só o penteado e do processo revolucionário em curso na Liga (G15) só saiu vapor. Passados doze meses da morte de um adepto, a única novidade no dossiê claques foi Alcochete. A Comissão de Instrutores e o Conselho de Disciplina continuarão a desperdiçar o tempo sentenciando eventuais excessos de linguagem (que depois o Tribunal Arbitral revogará) e as queixas que os clubes grandes se divertem a fazer uns dos outros. Durante este ano, houve dedos apontados à Imprensa, em particular às televisões tabloidianas, e nenhum suspiro da Entidade Reguladora para a Comunicação Social, nem para as condenar, nem para as defender, nem para aconselhar. O caso dos emails subdividiu-se em dezenas de suspeições e factos comprometedores para o futebol, mas nunca explicados. Uns são criminais, outros dizem respeito à vida íntima da Federação e da Liga, outros descrevem um país subjugado, ou a caminho de ser subjugado, por uma determinada oligarquia. Tirando a parte criminal, aparentemente em investigação, não houve qualquer esforço institucional para obter uma única resposta às dezenas de perguntas levantadas, nem do futebol, nem dos organismos públicos, nem da magistratura. Nada. Um ano cheio de nada.»
Nem nos governamos, nem nos deixamos governar!...
Leoninamente,
Até à próxima
Não conheço o JMR de parte nenhuma a não ser dos textos que o nosso Álamo trouxe para o seu blog.
ResponderEliminarSe o conhecesse bem ter-lhe-ia implorado de acrescentar as palavras "reles jornalistas" logo a seguir a jogadores na primeira linha do segundo parágrafo. Como quase amigos que seríamos nesse caso ele não o teria ousado e eu estaria ainda mais certo da mensagem (amputada do meu acrescento) que é a que podemos ler.