Um diamante por lapidar
«Juntar num mesmo encontro uma chicotada psicológica recente com a melhor equipa holandesa do momento é um sonho para quem gosta de futebol. O primeiro desperta a curiosidade pelas novidades tácticas e de alinhamento, a segunda promete golos... e de véspera! Van Bommel disse-o na antevisão do jogo: "Espero marcar muitos golos." Leonel Pontes disse que era uma partida 50/50. Ambos cumpriram a promessa.
Engana-se quem pensar o contrário, no devido tempo Leonel Pontes vai pôr este Sporting a jogar um futebol ofensivo e de qualidade. Ontem foi a primeira demonstração consistente da qualidade do treino e das suas ideias.
O Sporting entrou bem, a circular com critério, sem mastigar demasiado a posse, esticando o jogo à vez e variando o centro do jogo com fluidez fruto de um posicionamento sem bola equilibrado. Um punhado de novidades que deram identidade a um surpreendente, ou nem tanto, 4x4x2 diamante/losango [1]. Faz todo o sentido quando não se tem um número 9, e tenta-se compatibilizar Vietto e Bruno Fernandes com a intenção de manter este último o mais perto possível das zonas de finalização. Também retira bom partido de um lateral-ofensivo como é Acuña, e, no outro flanco, de um verdadeiro reforço Rosier, muito agressivo e efectivo a pressionar alto [2] e disciplinado a fechar por dentro, revelando um entendimento táctico acima da média, na capacidade em oferecer superioridade numérica ao seu meio campo sem colocar em risco a protecção dos seus terrenos.
Interessante a evolução de Doumbia com bola, mais célere e fiável na entrega, procurando menos a combinação curta e mais os colegas sem cobertura a meia distância. Não sendo um jogador de decisões criativas.
Bolasie dá largura na frente, combatividade na frente e saída à entrega de médio ou longo alcance pelo ar. Faz de Diaby com toda a vantagem de quem consegue controlar o esférico em condução.
E por fim Miguel Luís ‘o jogador invisível’. Parecem faltar-lhe aqueles 5% em quase todas as acções para ser um ‘box-to-box’ de classe mundial mas a verdade é que foi o seu jogo sem bola que tentou equilibrar a equipa nas subidas de Acuña, e deu largura à frente de ataque através de movimentos de penetração e de arrastamento [3] que libertavam espaço para Bruno Fernandes e Vietto.
O Sporting defrontou uma equipa com um ataque fortíssimo, com jovens jogadores de quem iremos ouvir falar durante muitos anos. Este Sporting em evolução vai estar melhor contra o Famalicão.
(Nuno Félix, international scouting, in Record)
Uma boa contribuição para a reflexão daqueles sportinguistas que teimam em não acreditar que não haverá material para fazer uma boa argamassa!...
O Sporting apenas precisa de tempo!...
Leoninamente,
Até à próxima
mais um amigo " mendesiano " , a candidatar-se a alguém na lavandaria ???
ResponderEliminarEu diria que o Sporting precisa mesmo é de NÃO MUDAR (tanto... e tantas vezes... e quase sempre para... pior)
ResponderEliminarTempo?!?!?! "O tempo pergunta ao...." (não vamos por aqui...!!!) Pela parte que me toca já lá vão mais de 40 anos... à espera... Pode ser pouco, pode ser muito... Mas não digam que não lhe dou tempo...!!!
Espero que o Famalicão nos dê tempo.
ResponderEliminar