Uma simples noite de amor
Era noite de 2ª feira. A primeira de um Outono que para nós, Leões, chegou há algum tempo. Esperava mais um serão frio, gélido, onde nem as mãos tocávamos, nem tão pouco uma palavra de carinho dizíamos. Temos andado zangados! E o evento em si, sem nada de glamour ou passadeira vermelha, não me parecia que pudesse alterar a nossa relação mais recente.
Apresentaste-te diferente! Mais ousada. Qual mulher que sabe que tem de mostrar algo que até tem, mas tem andado escondido. Qual menina que sente passou a ser menos amada e respeitada, apresentaste-te com o decote bem descoberto. Atirado para a frente. Com um vestido que podíamos catalogar de quase obsceno. Apenas tinhas um fecho que te segurava. Aquele por que chorámos o ano passado chamado Fito Rinaudo, que aguentou, até ao fim da noite, sem se rasgar, quando já não saía do armário há tantos meses. Depois do teu decote, finalmente víamos duas pontas salientes, como que a convidar-nos a sonhar, suportadas por dois braços lisos, de unhas bem pintadas e prontos a envolver-me à sua volta. Mulher bonita tem de ter cabeça. E no comando de tudo estava Izmailov.
Ciente da importância da nossa noite. Calmo e tranquilo na condução da dança, como que a acelerar e travar os avanços dos ímpetos mais jovens que tudo querem fazer ao primeiro minuto do encontro e depressa amuam quando algo não corre da maneira que pensaram. Fui injusto contigo. Aos 7 minutos já estava a desprezar-te. Tu que te tinhas engalanado para me seduzir, que tinhas colocado um vestido novo e tudo estavas a tentar fazer para ficares bem comigo.
Passámos uma hora de ambiente tenso, onde não conseguimos trocar palavras simpáticas. Sempre que tentavas falar, eu gritava e nem queria ouvir o que tinhas para dizer. Tentaste tudo e foste cada vez mais longe. Subiste ainda mais o teu vestido, foste-te atirando para a frente percebendo que esta noite era uma noite importante para nós, quiçá decisiva para o nosso futuro a dois. Correste riscos quando avançaste com tudo, não temendo uma reprimenda minha ou que as tuas acções pudessem agravar ainda mais a situação que já era tremendamente complicada.
Quando nos tocámos a primeira vez, soubeste que não era suficiente. Sentiste que não me cativavas com um simples beijo e continuaste as tuas investidas loucas, por vezes descoordenadas, onde já pensavas pouco mas tentavas muito. Aí comecei a sentir que se calhar estava a ser injusto contigo. Comecei a ouvir-te a alma chorar por dentro e a perceber que estavas a fazer de tudo para me agradar. Senti as tuas fragilidades, a tua ânsia que te tirava o discernimento para pensares, mas senti a tua vontade e a tua garra para me abraçares de volta. Dei-te a mão e tentei contigo. Ficámos nervosos como se de um primeiro encontro se tratasse. Como se não estivéssemos já casados há tanto tempo, ficámos juntinhos e conseguiste! Finalmente demos o beijo apaixonado que pretendias nos últimos tempos. Que tanto tentaste nesta noite, porque sabias que no fundo, eu ainda te amava. E tu querias provar que queres mudar. Que estás disposta a tornar-te diferente e a não seres uma simples dona de casa que já não se arranja, que não capricha para agradar pois sabe que tem o melhor marido do mundo que quase nunca se chateia verdadeiramente e que se acomoda a uma vidinha simples e normal. Tens de te recordar que és a mais bonita, a mais charmosa, a que tem mais classe e, nunca te esqueças, a mais amada! Terminámos a noite abraçados.
Sabendo que apenas passámos uma boa noite juntos e que para continuarmos bem, temos de continuar a ter momentos destes. Podes não ter o melhor vestido, não teres os adereços mais caros, mas ontem mostraste que podes ter aquilo que faz a diferença: o melhor coração, a melhor alma! E isso, querida equipa do Sporting, tens de me mostrar sempre.
Apresentaste-te diferente! Mais ousada. Qual mulher que sabe que tem de mostrar algo que até tem, mas tem andado escondido. Qual menina que sente passou a ser menos amada e respeitada, apresentaste-te com o decote bem descoberto. Atirado para a frente. Com um vestido que podíamos catalogar de quase obsceno. Apenas tinhas um fecho que te segurava. Aquele por que chorámos o ano passado chamado Fito Rinaudo, que aguentou, até ao fim da noite, sem se rasgar, quando já não saía do armário há tantos meses. Depois do teu decote, finalmente víamos duas pontas salientes, como que a convidar-nos a sonhar, suportadas por dois braços lisos, de unhas bem pintadas e prontos a envolver-me à sua volta. Mulher bonita tem de ter cabeça. E no comando de tudo estava Izmailov.
Ciente da importância da nossa noite. Calmo e tranquilo na condução da dança, como que a acelerar e travar os avanços dos ímpetos mais jovens que tudo querem fazer ao primeiro minuto do encontro e depressa amuam quando algo não corre da maneira que pensaram. Fui injusto contigo. Aos 7 minutos já estava a desprezar-te. Tu que te tinhas engalanado para me seduzir, que tinhas colocado um vestido novo e tudo estavas a tentar fazer para ficares bem comigo.
Passámos uma hora de ambiente tenso, onde não conseguimos trocar palavras simpáticas. Sempre que tentavas falar, eu gritava e nem queria ouvir o que tinhas para dizer. Tentaste tudo e foste cada vez mais longe. Subiste ainda mais o teu vestido, foste-te atirando para a frente percebendo que esta noite era uma noite importante para nós, quiçá decisiva para o nosso futuro a dois. Correste riscos quando avançaste com tudo, não temendo uma reprimenda minha ou que as tuas acções pudessem agravar ainda mais a situação que já era tremendamente complicada.
Quando nos tocámos a primeira vez, soubeste que não era suficiente. Sentiste que não me cativavas com um simples beijo e continuaste as tuas investidas loucas, por vezes descoordenadas, onde já pensavas pouco mas tentavas muito. Aí comecei a sentir que se calhar estava a ser injusto contigo. Comecei a ouvir-te a alma chorar por dentro e a perceber que estavas a fazer de tudo para me agradar. Senti as tuas fragilidades, a tua ânsia que te tirava o discernimento para pensares, mas senti a tua vontade e a tua garra para me abraçares de volta. Dei-te a mão e tentei contigo. Ficámos nervosos como se de um primeiro encontro se tratasse. Como se não estivéssemos já casados há tanto tempo, ficámos juntinhos e conseguiste! Finalmente demos o beijo apaixonado que pretendias nos últimos tempos. Que tanto tentaste nesta noite, porque sabias que no fundo, eu ainda te amava. E tu querias provar que queres mudar. Que estás disposta a tornar-te diferente e a não seres uma simples dona de casa que já não se arranja, que não capricha para agradar pois sabe que tem o melhor marido do mundo que quase nunca se chateia verdadeiramente e que se acomoda a uma vidinha simples e normal. Tens de te recordar que és a mais bonita, a mais charmosa, a que tem mais classe e, nunca te esqueças, a mais amada! Terminámos a noite abraçados.
Sabendo que apenas passámos uma boa noite juntos e que para continuarmos bem, temos de continuar a ter momentos destes. Podes não ter o melhor vestido, não teres os adereços mais caros, mas ontem mostraste que podes ter aquilo que faz a diferença: o melhor coração, a melhor alma! E isso, querida equipa do Sporting, tens de me mostrar sempre.
Nota final: Ricardo voltou?!... Talvez. Vi isso na entrevista de antevisão do jogo, acerca dos jornais desportivos que quase o matavam. Vi ontem uma atitude à Sporting, de pressionar alto e colocar em sentido e empurrar para trás os adversários que nos visitam e vi o brilho nos olhos de um de nós, quando marcámos o segundo golo e sim, chorámos. "Por um golo ao Gil Vicente?" dizem uns. “Parece que ganharam o campeonato!”, gozam outros. Mas só nós é que sabemos que, no fundo, e mesmo criticando tantas vezes, queremos que o Sporting com “um dos nossos” ao leme, ganhe também pelo Sá. Será que voltaste amigo?!...
Cajó
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