Sete longos e desesperantes meses foram suficientes para que todos os sportinguistas compreendessem a verdadeira dimensão da importância de Fito Rinaudo estar ou não presente na frente das duras batalhas que ao Sporting se colocaram e hão-de continuar a colocar. Honrosa e justamente distinguido com o privilégio de ser um dos capitães da armada leonina, Fito representa o coração, a garra e a disponibilidade que todos nós desejamos ver em todos aqueles que tiverem o privilégio de vestir a gloriosa camisola de Stromp, Peyroteo, Travassos, Yordanov, Sá Pinto e tantos outros que nestas modestas linhas, felizmente, nunca hão-de caber.
Desde que Fito chegou a Alvalade que me tornei seu adepto incondicional. E vou confessar-vos algo de muito curioso e sintomático: no jogo com o Gil Vicente, nas dezenas de jogadas em que as camisolas verde e brancas intervieram, foi sempre minha preocupação ver se no meio da confusão das imagens aparecia um leão com uma ligadura no pulso! Quando avistava essa mancha branca no braço de um deles, o meu coração descansava. Quer fosse num qualquer aperto defensivo, quer numa esperançosa iniciativa atacante, eu confiava que dos pés do portador daquela "mística braçadeira" sairia sempre uma boa solução, porventura e sempre, a melhor. Porque será que Fito me consegue transmitir essa tranquilidade, essa segurança, essa certeza?!... Não vos sei dizer meus amigos. Há razões que a razão desconhece. Talvez as mesmas que levam um balneário inteiro a reconhecer em Fito o seu lider, use ou não a braçadeira de capitão. Porque ele não precisa dela para que a equipa se sinta tranquila e confiante. Sá Pinto é um sortudo! Tem o privilégio que a nenhum outro treinador é concedido: tem dois capitães dentro das quatro linhas! Quizera eu que Fito continuasse a colocar sempre aquela ligadura branca no pulso, mesmo que fisicamente dela não necessitasse. Os regulamentos, obviamente, não o proibem e eu - e quantos mais como eu?!... agradeceria.
Não resisto a transcrever o que disse hoje António Bernardino no jornal Record, sobre Fábian Rinaudo: "Se existe jogador no seio do balneário leonino que não precisa de braçadeira para liderar, Rinaudo insere-se nesse perfil. Trata-se do tipo de jogador que assume a liderança com actos, dentro e fora do campo, não precisa de gritar para se fazer ouvir e dispensa o protagonismo mediático para dar nas vistas. Ainda assim, apenas um ano após chegar a Alvalade, os responsáveis leoninos entenderam colocá-lo no lote dos capitães, reconhecendo-lhe uma personalidade que consideram importante no seio do grupo de trabalho. Aliás uma personalidade que se estende ao relvado, onde, sempre que joga, "obriga" a equipa a transfigurar-se, para melhor. Possa ele jogar com mais regularidade...". Sábias palavras, que subscrevo, embevecido.
Alguém, próximo do nosso atleta, disse da Argentina: "... No Gimnasia, onde esteve três anos, era um jogador importante, mas nunca imaginou que no segundo ano no Sporting lhe dessem a responsabilidade de ser um dos capitães e isso deixou-o ainda mais orgulhoso e motivado...".
Rinaudo, o pilar do nosso actual contentamento, por tudo o que é e representa, merece duas "benesses" dos deuses: que os problemas físicos tenham sido definitivamente afastados para muito longe e que os árbitros compreendam o tipo de jogador fabuloso que têm pela frente, na hora de analisar a sua entrega, a sua raça, o seu querer, a sua tremenda disponibilidade, sem que, de forma premeditada ou superficial, vejam nesses atributos a maldade e a intencionalidade susceptíveis de serem sancionadas. Todos os grandes juízes exibem o bom senso que lhes permite separar as águas. Fábian Rinaudo merecerá esse bom senso por parte de todos os nossos árbitros !!!...
Leoninamente,
Até à próxima
Belo post.
ResponderEliminarRinaudo foi um achado. Barato, jovem e de uma qualidade e raça muito acima da média.
Subscrevo o seu comentário, caro F.
ResponderEliminarQue tenham acabado os seus problemas físicos. Já merece.
SL