A referência do Futuro... |
Já aqui defendi, que a única forma de o Sporting responder à exigências competitivas com que é confrontado, sendo dada como adquirida e real a sua debilidade financeira actual, é ter a capacidade e a inteligência suficientes para aproveitar as oportunidades que o mercado oferece.
Jogar no complexo tabuleiro de um mercado globalizado como será o do futebol actual, quando as nossas debilidades financeiras são tão manifestas e o acesso ao crédito foi definitivamente inviabilizado, requer, para além da inteligência que referi, uma argúcia de predestinados e um sentido prático fora do comum. Tapar lacunas evidentes e há muito reconhecidas no plantel, com atletas de categoria superior, jogadores que pura e simplesmente "pegam de estaca" e determinam um acréscimo imediato na qualidade do plantel e nas expectativas dos responsáveis e adeptos da grande nação leonina, não está ao alcance de um vulgar cidadão com responsabilidades directivas, por muito boas intenções que lhe assistam.
A notícia que hoje nos chegou, ao que parece veiculada pelo próprio presidente Godinho Lopes, ilustrará bem o que vinha dizendo. E não me venham "os velhos do Restelo" falar em "sol na eira e chuva no nabal" !... As fábulas de "La Fontaine" há muito deixaram de fazer parte do nosso quotidiano. Tiveram o seu tempo, mas passaram de moda!... Hoje as "modas" serão outras e não haverá tempo para andar a "ver montras" enquanto se contam os tostões no porta-moedas. Nem importará muito ao proprietário de um automóvel, se o veículo que conduz e lhe permite solucionar os seus problemas de transporte indissoluvelmente ligados ao seu emprego e porventura à saúde, educação e lazer dos seus, foi adquirido a pronto, a prestações ou em sistema de "leasing". O conceito de propriedade foi atropelado quase mortalmente, como o peão descuidado na passadeira. O usufrutuário porventura gosará hoje privilégios fora do alcance do proprietário!...
O Sporting parece ir caminhando, de forma inteligente e aparentemente segura, nos novos caminhos para onde o empurraram todos os vícios e virtudes dos tempos modernos. Desde que salvaguardados valores inegociáveis e intransponíveis que constituem o ADN desta instituição centenária, será incomparavelmente melhor adaptarmo-nos a novos caminhos e processos, que ir decadentemente estiolando a caminho da indigência e da morte! Entre "La Fontaine" e Steve Jobs a escolha será apenas e só uma: o Futuro !!!...
Leoninamente,
Até à próxima
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