domingo, 14 de agosto de 2011

Chegaremos lá !!!...

Chegado a casa de mais um raid leonino até Alvalade, contente não estarei, mas não posso dizer que estou triste. A vida é mesmo assim...
Não estou contente porque perdemos dois pontos. E porque não gostei de ver dois trincos na primeira parte, Rinaudo chegava e sobrava contra uma equipa que colocou três autocarros à frente da sua baliza e apenas fez um remate de jeito à nossa baliza e que, por arte de Wilson Eduardo, fortuna dos algarvios e azar nosso, deu golo; nem do que Djaló fez na primeira parte e muito menos de o ver regressar na segunda; nem do que fez Evaldo, parece que a camisola que veste lhe pesa como chumbo; nem da arbitragem habilidosa do Xistra e dos seus pares: não viram um penalty claro na área do Olhanense, anularam um golo limpinho ao Sporting e permitiram o jogo violento e o anti-jogo sistemático dos olhanenses, particularmente do guarda-redes e dos pseudo- lesionados.
Não estou triste porque gostei da forma abnegada como a equipa do Sporting se entregou ao jogo durante 90 minutos e como lutou contra a fortuna do Olhanense e a violência e anti-jogo que utilizou e que a má arbitragem de Xistra permitiu. Gostei também de Rodriguez, Rinaudo, Jeffrén, Capel, Rubio e ... Izmailov! E de reparar que a braçadeira de capitão faz bem a João Pereira: barafusta menos, é mais polido e respeitador e até joga mais. Finalmente gostei - muito !... - de ver 33.000 sportinguistas a apoiar e aplaudir o nosso Sporting desde o princípio do jogo e, muito particularmente, após o final do jogo, no regresso dos jogadores ao balneário. Sem uma única vaia, sem um único assobio. Que seja assim sempre!...
Começou o campeonato. Poderia ser melhor o resultado. Mas vimos a equipa a lutar e a honrar a camisola. Com tempo e com o nosso apoio, as coisas vão melhorar. Há que acreditar. Uma outra qualidade e, fundamentalmente, uma outra mentalidade foi bem patente hoje em Alvalade. Mas que ninguèm duvide: o caminho é longo e difícil, mas chegaremos lá!...
Leoninamente,
Até à próxima 
         

4 comentários:

  1. Álamo,
    Ontem ao ver o jogo (pela televisão) lembrei-me do caro. Quanto sofrimento, imagino ...
    Nos últimos 20 minutos, sofrimento misturado com esperança (os perigos para a saúde vêm daqui, justamente ... passe a graça). Rinaudo ... que jogador. Impressionante. Álamo, vou ser honesto: faz-me impressão ver a braçadeira no João Pereira, e tenho a sensação que nada o mudará. "Pouco importante", talvez, não tenho bem a certeza. Bom jogo do João Pereira ontem, esteve muito bem. "Abnegação", bela palavra. Até nisto sintonizamos, lol.

    Um abraço forte amigo Álamo.
    Jogámos futebol. Ao fim de 2 anos, foi jóia de ver.

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  2. Boas!

    Sou leitor assíduo do seu blog e gosto bastante das opiniões pessoais que aqui vou lendo.

    Sou também sócio do Sporting, à 29 anos, e só lhe faço um pedido, por favor retire o "Leão da Estrela" dos seus blogs de coração.

    Um sportinguista como você não me parece que se enquadra naquela, chamemos-lhe, linha editorial, para não ser mal educado...

    Abraço

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  3. Caríssimo MM,
    Um abraço. Naturalmente!...
    Claro que doeu. Mais claro ainda, que me fez mal à saúde. Como não sabe, vou dizer: no segundo dia do longínquo ano de 2000, fui vítima de um enfarte. De certo modo violento. Uma angioplastia com a colocação de um "stent" amenizou o futuro, Mas o VE ficou com 2/3 da operacionalidade. Acabou a minha carreira profissional, pelas sete partidas do mundo e minha forma de ver e estar neste mesmo mundo. A partir daí, apenas concedi a mim próprio duas excepções: alguns - poucos - cigarros por dia e o meu Sporting! Ambas prejudicam uma parte da minha saúde. Mas a outra parte, que refuto de mais importante, agradece em cada dia. O Sporting ser o meu grande amor, não é uma tirada publicitária qualquer. Faz parte da minha Santíssima Trindade. Apesar de agnóstico, tenho a minha ST: família, honra e Sporting!...
    Sofri ontem em Alvalade. Não pelo que o Sporting foi fazendo ao longo de todo o tempo. Mas aquela negação de futebol que Daúto interpreta magistralmente e a negação da função de juíz que o sistema delegou em Xistra, fizeram-me sofrer muito. Um dia destes esta gentalha mata-me. Mas que hei~de fazer, o sofá não me dá nem um décimo do goso de estar em Alvalade no meio daqueles leões todos!...
    Ver JP com a braçadeira também me custa. Mas penso que é uma medida estratégica de DP e em meu entender, será transitória. Só até o verdadeiro capitão emergir. Facto irrefutável é que o "puto reguila e mal educado" melhorou muito. A acompanhar nos próximos capítulos...
    Agora, depois do saltinho dos leões a Farum, vou ter o privilégio de os ver aqui ao pé de casa, onde também os esperam os autocarros de Rui Bento. É esta a nobre missão de um leão como eu sou: sofrer!... Mas "... amor é senhor grande e não se manda..." como disse o nosso imortal Luis Vaz.
    É reconfortante saber da nossa sintonia. Há que tempos eu não via o nosso Sporting jogar futebol. Parece-me que desde os tempos do "banana" do Peseiro, que só tinha olhinhos para a redondinha no relvado e fazia orelhas moucas às tiradas do Rochemback de "ir apanhar no ...". Pobre dele e pobres de nós, que só agora começamos de novo a ver a redondinha andar por caminhos correctos. Só falta vê-la mais vezes a beijar o véu da noiva!...
    Um grande, amigo e leonino abraço
    P.S. - O próximo capitão ?!... Claro, Rinaudo! Se fosse eu a decidir, era já amanhã! Robson disse um dia aos jornalistas que lhe perguntaram porque tinha nomeado Stan Valkx como capitão, com meia dúzia de dias de Sporting e sem falar português e ele disse que os capitães não se nomeavam, impunham-se por si próprios e que Stan não demoraria três meses a falar correctamente português. Robson acertou em tudo. Só errou no presidente que escolheu...

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  4. Caro Rui Fiel,
    O meu obrigado pelo comentário, que me veio dar o empurrão definitivo.
    Não importa explicar os porquês da opção inicial. São muito pessoais. Mas a tal linha editorial, como muito bem define, estava cada vez mais a afastar-se de mim. Nem com a ajuda dos últimos colaboradores. Continuarei a considerar muito o blog. Mas daí a colocá-lo tão próximo de mim como os outros, vai uma distância grande.
    Aprendemos em cada dia amigo.
    Espero que mantenha a assiduidade, mas que altere a sua reactividade: apareça mais vezes, comente, intervenha, participe. Como desta vez ficou provado, eu preciso da opinião de quem gosta de me ler. Para corrigir o que jamais serei capaz de julgar como absolutamente certo. O absoluto não existe.
    Um abraço amigo

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