No post anterior defini Daúto Faquirá como um técnico medíocre. Sem querer, a revolta que o jogo de sábado me trouxe, quase ofuscou a minha razão. Hoje quero rezar o meu acto de contrição: Daúto não é um técnico medíocre, apenas a estratégia que delineou para Alvalade, como as que há-de delinear para outros estádios, encarnou essa mediocridade. Daúto "... não é bem, nem mal educado, é apenas um produto do mundo em que foi criado!...", como diria Aleixo.
O futebol português obriga técnicos como Daúto Faquirá, a percorrerem os caminhos da quase indignidade, para sobreviverem. Como técnicos e como pessoas, com famílias e com responsabilidades. Fosse o futebol em Portugal expurgado dos "calabotes", dos "apitos dourados", dos "papas", das "operações coração", dos "túneis", dos "quinhentinhos", da "fruta", dos "chocolatinhos", dos "martins dos santos", dos "olegários", dos "proenças", dos "paratys", dos "joões ferreiras", dos "xistras", dos "lucílios", dos "duartes gomes", dos "valentins", dos "guardas abeis" e de toda a podridão que o envolve e que este humilde post volumetricamente não comporta e não seria preciso que Daúto Faquirá vendesse a alma ao diabo, para continuar de cabeça erguida e a ser o homem educado, cortês e vertical que me parece ser.
O futebol português é um repertório de indignidades, de corrupção, de iniquidades e de desprezo pelos mais elementares princípios que deveriam reger a nossa sociedade. Com a complacência, subserviência ou participação activa daqueles que o povo tem elegido para nos governarem. O futebol português é o exemplo acabado da podridão que grassa neste país.
Como sportinguista, sem que isso aplaque a raiva que sinto desde que me fiz homem e comecei a pensar pela minha cabeça, tenho um orgulho sem medida no facto incontornável, insofismável, reconhecido, embora a custo, até por adversários, de nunca o Sporting Clube de Portugal ter percorrido os caminhos ínvios que tantos e tantos percorreram para se alcandorarem aos lugares de destaque no futebol e no desporto português em geral.
Por isso o Sporting Clube de Portugal transporta consigo a imensidão do mar e do verde irrepetível e sem limite da Natureza. Mas nem a sua grandeza imensa é obstáculo à perfídia que vai campeando por tudo quanto comporta a pequenez "xistrosa" que envolve tudo e todos.
Porém, jamais nos derrubarão!... Juntos e unidos, havemos de prosseguir o nosso caminho!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
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