sexta-feira, 16 de março de 2012

A minha homenagem a Ricardo Sá Pinto !...

Do jornal "O Jogo" on-line, retirei hoje o artigo que reproduzo a seguir. Para memória futura e porque a muitos importará conhecer pormenores apenas ao alcance dos profissionais da imprensa desportiva que tiveram o privilégio de acompanhar "in loco" o comportamento de Ricardo Sá Pinto durante o decorrer do jogo de Manchester.



Sá Pinto não parou de empurrar para a frente

A serenidade e frieza com que antecipou e analisou o jogo com o Manchester City, foram deitadas para trás das costas no comando da equipa a partir do banco durante os noventa minutos: o nervo e a raça pautaram a atuação de Sá Pinto na área técnica, que pareceu proceder a esforço sobre-humano. E por refrear-se e não entrar em campo para ajudar os jogadores a atacar. Na hora do pragmatismo e de defender, aconselhou calma.

"Mexam-se! Corre, corre! Vai! Força! Rápido! Ataca! Olha o Capel na frente! Arranca com a bola Insúa! Bem jogado, bem jogado! Vamos!". As intruções e incentivos de Sá Pinto foram incessantes, intercaladas com palmas e retificações, sempre a empurrar a equipa para a frente, antes de a fazer crescer no sofrimento. Foi o que o técnico teve durante os noventa minutos. Quando a bola estava na posse dos seus homens foi vê-lo a percorrer a área técnica quase ao lado dos pupilos à medida que estes atacavam. Intenso, borrifando-se para o quarto árbitro - o norueguês Brage Sandmoen ficou a falar sozinho muitas vezes - Sá Pinto não parou de empurrar a equipa para o sucesso, cativando a atenção dos jogadores que, sérios, olhavam com atenção para o treinador quando este aproveitava as paragens para corrigir posicionamentos.
Os últimos 30 minutos foram de dificuldades coletivas, e aí foi a altura de ser pragmático e cerrar fileiras na defesa, enquanto os adeptos leoninos entoavam: "Sá Pinto! Sá Pinto!" Já com o tempo a escoar para os da casa rumo ao sucesso verde e branco, o Coração de Leão pediu a calma que lhe faltou durante o jogo. No final, soltou-se o orgulho entre abraços e muita festa.

É assim o nosso "Coração de Leão"!...  Cativa a atenção dos jogadores que, sérios, olham atentamente para o seu treinador quando este aproveita paragens do jogo para corrigir posicionamentos! Atenção, seriedade, respeito, envolvimento, solidariedade, companheirismo, tudo são apanágios de uma nova relação estabelecida entre os atletas e o seu líder. E os sonhos julgados ontem irrealizáveis, permitem à grande nação sportinguista viver a sã alegria do sucesso de hoje e projectam no amanhã o brilhozinho nos olhos que anuncia que os sonhos podem ser realidade.
Acreditar é a palavra de ordem dos adeptos! Porque gostam daquilo que se desnrola perante os seus olhos, porque sentem que a mística e a esperança já não estão só com eles. A onda de esperança e fé parece ter varrido as muralhas  da descrença e curado males de muitos anos de desilusão e conformismo. Ricardo Sá Pinto pode até não conseguir conquistar nada. Mas é irrefutável que já conseguiu conquistar aqueles que lidera, já reúne à sua volta uma multidão bem apreciável de adeptos sportinguistas e porventura há-de querer trabalhar com afinco para conquistar definitivamente aquelas franjas onde ainda reina o cepticismo e a desconfiança. Isso significará a sua realização como profissional e como adepto ferrenho e incondicional que sempre foi do seu grande amor, nunca escondido e sempre exuberantemente manifestado.
Ricardo Sá Pinto parece ter envelhecido neste último mês, como se de vários anos se tratasse a sua missão. Ele vive o Sporting como nenhum de nós e claramente é um homem que muito pouco dormirá. Não me lembro de uma tal devoção à causa leonina, porque dificilmente encontraremos entre todos os leões que idolatrámos, uma tal fixação e total e quase exclusiva entrega. E isso envelhece e coloca marcas profundas no rosto de quem o protagoniza.
Quero aqui deixar hoje, simplesmente, a minha homenagem a Ricardo Sá Pinto!...

Leoninamente,
Até à próxima


7 comentários:

  1. Só para dizer que não gosto do Sá Pinto. O jogador racudo e corajoso era espetacular. As suas atitudes agressivas e irresponsáveis envergonharam-me muitas vezes como Sportinguista. Não ponho em causa o Sportinguismo do Sá, nem as suas competências, mas não consigo respeitar um jogador de futebol que tem tendência a jogar com as mãos e de punhos cerrados...
    A partir do momento em que se tornou treinador do Sporting, passei a apoiá-lo incondicionalmente... por ser o meu treinador. Mas a verdade é que vai conquistando. Ser sportinguista não chega para ser treinador do Sporting, mas ajuda muito. Mesmo se algo corre mal, o Sá Pinto age como nós, actua como nós, apoia como nós. Espero que o Sá do boxe continue preso num quarto escuro na mente do nosso treinador. Forca Sá Pinto!

    ps.- não concordo com a afirmacao de que o Sá vive o Sporting como nenhum de nós. Eh pá, eu estive acordado até às tantas para ver o jogo e sofri como ninguém devia sofrer... no fundo tanto como todos os Sportinguistas que viram o jogo. Ainda fico mal-disposto se vir o lance do Hart no fim...

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    1. Professor Bruno,

      Então uma ida para a Finlândia há quase 6 anos, mesmo com clima frio/gélido, atrás duma cara bonita não o fez perder o Sportinguismo que lhe está no sangue não é?

      Pois é assim o nosso Sá Pinto que, além de Sportinguista, tem contra ele o facto de ter nascido no Porto, um homem do norte portanto, e ter iniciado a sua carreira no Salgueiros equipa bem conhecida por formar jogadores bem reguilas.

      Há quem diga que essa fase está ultrapassadíssima e agora vem ao de cima o seu lado humano e capacidade de se relacionar com a equipa à boa maneira do nosso Mourinho de quem nem todo o mundo gosta mas que é admirado incodicionalmente pelos jogadores que comanda e lidera.

      Como percebeu andei a cuscar o seu perfil.

      Boa sorte, boa estadia e muita força (com cedilha) para aguentar os frios Escandinavos.

      Saudações leoninas

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  2. Bolas mano!

    Venho aqui de fugida, antes de seguir para a minha vida de leoa doméstica que também sou, e encontro 4 valentes posts que tenho a certeza estão carregadinhos de Sportinguismo e verdades e acabo de decidir não ler nenhum por manifesta falta de tempo.

    Não fiques triste pois prometo que volto mais tarde.

    Abraços leoninamente felizes

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  3. Caro Bruno Ope,
    Os episódios que Ricardo Sá Pinto protagonizou com Artur Joege e Liedson, envergonharam-me e magoaram-me a alma, porque vieram de um sportinguista que sempre admirei. Inquestionável e muito difícil de esquecer...
    Mas sempre gostei de Sá Pinto e gosto! Muito!... E quem sou eu, pecador como todos nós, para não compreender e perdoar. Há indicadores que veem de fontes próximas dele, que apontam para que se terá preparado há muito para a missão que hoje desempenha. No aspecto técnico, administrativo, logístico, comunicacionaal e até no controle emocional e psíquico, junto de pessoas e entidades de referência. Sá Pinto sempre pareceu adivinhar o destino que lhe estava reservado e sabe tão bem como nós que errou no passado. Cada um de nós tem razões para recear outra recaída. Respeitando essa realidade, dou por mim a confiar que há-de tentar e conseguir nunca mais o fazer. É o benefício da dúvida que cabe a cada um de nós dar ou não. Eu decidi dar e vivo tranquilo com a minha consciência.
    Sobre Sá Pinto viver o Sporting como nenhum de nós, é uma figura de retórica que utilizei para exaltar o seu sportinguismo e contém a verdade que cada um lhe quizer atribuir. São coisas impossiveis de medir, ainda ninguém inventou um medidor de sentimentos. Por mim, sou feliz e sinto-me bem como o meu sportinguismo e jamais deixarei entrar em mim o ciúme sobre o sportinguismo dos outros.
    Gosto do Sá e pronto. Por isso vibro com o que está a fazer e escrevo tanto sobre ele. Que me perdoem os seus detractores e todos aqueles que ainda não lhe conseguiram perdoar os erros do passado...

    Um abraço e obrigado pelo comentário

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  4. Querida amiguinha,

    Em todo o tempo é tempo...
    Primeiro a obrigação e só depois a devoção!...
    Eu estarei sempre aqui, para te ler. Também com obrigações, que a vida não é uma brincadeira na internet, mas confia que para ti sempre estarei...

    Um abraço de alegria calma e esperança

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    1. Já deves ter percebido que resolvi não navegar na net só para ler tamanha dose de faladura escrita aqui do mano Álamo. Porém, depois de ler este post detive-me na leitura do Prof. Bruno e fui descobrir a razão de tal nome que, tendo trabalhado numa empresa sueca, me despertou a atenção.

      E pronto(s), lá ousei meter conversa com ele e automaticamente dei resposta ao dilema da razão leonina para estar de pé atrás com o Sá, mas também ao coração dessa razão (que também o tem) para se entregar totalmente nas mãos de quem tanto sentimento demonstra por um clube que é o seu mesmo antes de o ser (parece a história da pescada, né?), profissionalmente falando pois mesmo no Porto existem muitos leõezinhos de nascença LOL.

      Já estou farta de escrever e ainda só li um mpost.

      Fui!!!! (para o andar de baixo)

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  5. ola queria saber se o Sá Pinto é de raça cigana?

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