Machu Picchu - Peru |
Ainda tenho na boca o saboroso paladar da vitória de ontem. E ainda dou por mim a brandir a chibata, em auto-flagelação, pela decisão que tomei de atender às obrigações familiares que a quadra impõe e não ter zarpado até Alvalade.
Mas mesmo as imagens do plasma, sem a grandiosidade, a imponência e o conforto leonino de Alvalade, deram-me momentos reconfortantes de êxtase e orgulho. Os socos, as manchas e a concentração de Patrício, que pontapeou para longe a maldição do Natal; os gritos de raça e querer que foi perceptível ver João Pereira dirigir aos companheiros, incentivando-os e empurrando-os para a frente; a presença física na área e até os pés de veludo de Onyewu, naquele drible em progressão da 1ª parte; o esgotamento de Polga no final de jogo, depois do jogo intenso que foi capaz de produzir; a forma espectacular que Insúa evidencia, que lhe rendeu um golo importante para a equipa e o deixou a centímetros do paraíso naquele portentoso chapéu aos 89 minutos, que apenas pecou na largura da aba; a "souplesse" de André Martins em tudo o que fez, nomeadamente nos dois tiros a que a barra negou primeiras páginas; a recuperação paulatina de forma que Schaars revelou, culminada com a magia com que aos 70 minutos, de calcanhar e quase em cima da linha de cabeceira do lado direito, destroçou completamente os três defensores funchalenses que o cercavam e se isolou para um passe magistral que o infortúnio não permitiu que se concretizasse em golo; o 14º golo de Wolfswinkel, que lhe desanuviou os horizontes e enterrou a malapata; o cansaço e o desgaste que Capel evidencia, mas que não são suficientes para alguma vez o obrigarem a desistir, porque portador do ADN de um verdadeiro leão que é; o desbloqueamento de jogo que a entrada de André Santos originou, a sua visão de jogo e certeza de passe, que obriga Domingos Paciência a séria reflexão enquanto não houver Rinaudo; até Pereirinha esteve à beira de um momento de glória, que só o guarda-redes madeirense negou com a defesa da noite; a tranquilidade que Árias deve representar para Domingos, porque de cada vez que é chamado como ontem, aproveita ao máximo cada minuto da oportunidade concedida, faz coisas bonitas e apresenta credenciais; e finalmente,
Carrillo "o novo expresso de Lima", que parece querer repetir as façanhas do assim designado seu compatriota Juan Seminário, que há tantos anos encantou a minha juventude e deixou espalhada pelo velhinho estádio José Alvalade a sinfonia do seu talento, da sua imaginação, da sua velocidade e do seu virtuosismo, e parecendo querer aproveitar as curtas férias de Natal para voar até ao seu Peru e escalar o sagrado "Machu Picchu", uma das sete Maravilhas do Mundo, para experimentar o trono do imperador seu antepassado e reflectir sobre a tremenda possibilidade de vir a tornar-se numa das Sete Maravilhas de Alvalade, na senda dos gloriosos "Cinco Violinos"!!!...
Este nosso Sporting empolga e quase nos faz-nos sonhar!... Há momentos do seu jogo, que deixam adivinhar o que o tempo poderá acrescentar a esta equipa. A juventude garante o futuro, o talento abunda, o querer e a solidariedade são manifestos e a competência de quem dirige este fantástico grupo de atletas é tão evidente que "... às vezes me recuso a sonhar, com medo de acordar..."!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
Carrillo "o novo expresso de Lima", que parece querer repetir as façanhas do assim designado seu compatriota Juan Seminário, que há tantos anos encantou a minha juventude e deixou espalhada pelo velhinho estádio José Alvalade a sinfonia do seu talento, da sua imaginação, da sua velocidade e do seu virtuosismo, e parecendo querer aproveitar as curtas férias de Natal para voar até ao seu Peru e escalar o sagrado "Machu Picchu", uma das sete Maravilhas do Mundo, para experimentar o trono do imperador seu antepassado e reflectir sobre a tremenda possibilidade de vir a tornar-se numa das Sete Maravilhas de Alvalade, na senda dos gloriosos "Cinco Violinos"!!!...
Este nosso Sporting empolga e quase nos faz-nos sonhar!... Há momentos do seu jogo, que deixam adivinhar o que o tempo poderá acrescentar a esta equipa. A juventude garante o futuro, o talento abunda, o querer e a solidariedade são manifestos e a competência de quem dirige este fantástico grupo de atletas é tão evidente que "... às vezes me recuso a sonhar, com medo de acordar..."!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
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