sexta-feira, 6 de maio de 2011

Rui Patrício

As últimas notícias referem o cerco que  o MU está, aparentemente, a fazer a Rui Patrício e ao Sporting Clube de Portugal. Digo aparentemente, porque ainda tenho muitas dúvidas que o desenho da jogada não tenha outra intenção que não seja, despudoradamente, criar condições para "enganar", à nossa custa, o Atlético de Madrid.
Seja como for, é decepcionante, a confirmarem-se os boatos que vão chegando ao nosso conhecimento, que o Sporting Clube de Portugal tenha fixado o valor de 13.5 ME, para a venda de Patrício. Seria a confirmação nua e crua da continuidade !...
 O contrato de Rui Patrício tem uma cláusula de rescisão fixada em 20 ME. Godinho Lopes nunca mais apagará a marca da continuidade se permitir que o jogador saia do Sporting Clube de Portugal por um cêntimo a menos que esse valor. Se o fizer, a dinâmica que tem vindo a ser criada, de captação e empolgamento dos sócios, ruirá como um castelo de cartas.
Pinto da Costa, da sua cátedra, tem-se desdobrado profusa e sistematicamente em "ensinamentos" suficientemente esclarecedores. Mas os "aprendizes" teimam em não saberem ou não quererem aprender ! É dramaticamente frustante a incapacidade dos dirigentes leoninos para cortarem radicalmente com as políticas de um passado mais ou menos recente e para começarem a construir uma imagem internacional diferente para o Sporting Clube de Portugal.
É tão fácil a questão de Rui Patrício !... Se o MU, ou outro qualquer clube, quer contratar o jogador, pois muito bem, são 20 ME. Se não quer, modifica a direcção do seu objectivo. Esta atitude, tão simples e pragmática, além de modificar radicalmente a imagem de pobre coitadinho que internacionalmente o Sporting Clube de Portugal vem há muito exibindo, terá paralelamente a virtude de começar a criar na mente dos jogadores pertencentes aos quadros profissionais e de formação do clube, uma consciência diferente da consciência quase mercenária que patenteiam e a que um famigerado presidente chamou de " maçãs podres". A mística leonina que o Sporting Clube de Portugal transportava no passado e de que são exemplo, entre muitos outros, que ao correr da pena agora não me ocorrem, Manuel Fernandes e até Yordanov na Bulgária ou Seminário no Peru, demorou quase um século a construir, para na "era Roquete" ser completamente desbaratada. A sua recuperação passa por uma política de defesa acérrima dos valores do clube, antes de quaisquer outras considerações mais ou menos ligadas a interesses económico-financeiros ou outros ainda mais obscuros.
Se Rui Patrício apresentasse neste momento, um currículo mais alargado em termos de carreira no Sporting Clube de Portugal e/ou a sua idade fizesse adivinhar o final da curva ascendente dessa  mesma carreira, a equação a considerar poderia ser diferente. Mas quando ainda nem sequer chegou ao apogeu do percurso que todos lhe auguram, quando aquilo que deu ao Sporting Clube de Portugal nem de perto nem de longe se pode comparar ao que o clube lhe proporcionou, como é que alguém pode sequer imaginar a venda do seu passe por um valor inferior ao que está fixado na sua cláusula de rescisão ?!...
Sei que as teias jornalísticas são complexas e que profundos interesses, sempre alheios ao Sporting Clube de Portugal, são jogados em tais tabuleiros. Mas também sei que "não há fumo sem fogo" !...
Cabe a Godinho Lopes a palavra. Esclarecedora e como gosta de dizer, clara e inequívoca !...
Leoninamente

Até à próxima

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