quinta-feira, 19 de maio de 2011

Cardinal + Reincidência = Rua !!!...

Envergar a gloriosa camisola do Sporting Clube de Portugal nunca pode significar um mero acto protocolar. Nem uma mera contrapartida negocial. Vestir a "pele do leão" é adoptar valores, interiorizar princípios, respeitar um passado centenário alicerçado nesses valores e princípios e reger todo o comportamento por normas éticas, morais e sociais irrepreensíveis. Não é do Sporting quem quer !...
Ao longo de uma história centenária, dezenas e dezenas de atletas e técnicos das mais variadas modalidades e oriundos de outros contimentes, de outros mundos ideológicos e religiosos, dos mais diferentes países ou agremiações desportivas, passaram pelo Sporting Clube de Portugal !... Uns marcaram épocas de glória do clube que representaram, partiram com saudade e viveram a partir daí na recordação dos tempos felizes que aqui viveram. Outros vieram, viram, venceram e ... ficaram. Porque a tatuagem do leão e a hospitalidade lusa, foram marcas perenes que lhes permitiram conhecer a felicidade. Outros cumpriram com honra e dignidade os compromissos assumidos e regressaram às origens, com o respeito pela instituição inculcado para sempre nos seus carácteres e sentimentos.
Enumerar a longa lista de homens e mulheres que, vindos de longe ou de perto, quizeram que o seu percurso desportivo passasse pelo Sporting Clube de Portugal, seria correr o sério risco de pecar por omissão, que não quero correr, pelo respeito sem medida que me merecem. Bem hajam. Estarão para sempre  connosco !...
Mas toda a regra tem excepção. Infelizmente ! ... Há algum tempo atrás, um atleta praticante da modalidade de futsal no Sporting Clube de Portugal, oriundo de um clube e de uma região  do norte do país, à revelia de todo o respeito e consideração que a nação sportinguista e a sua própria dignidade lhe deveriam merecer, foi festejar o título do actual campeão da nossa 1ª Liga de Futebol, conquistado no reduto do nosso vizinho da 2ª circular, sem o recato, o decoro e a discrição que qualquer mente minimamente lúcida e inteligente aconselharia, juntamente com a claque de apoio desse clube.
Naturalmente foi alvo de processo disciplinar, cujo resultado ainda se desconhece. Mas, não estando ainda concluído esse processo, Cardinal, é esse o nome do atleta em causa, voltou a pretender reincidir num erro da mesma natureza, ao solicitar ao departamento respectivo do S.C.P. uma autorização para se deslocar a Dublin para assistir com a claque Super Dragões, à final da Liga Europa, faltando consequentemente ao treino com a sua equipa, que se haveria de realizar na tarde do mesmo dia da final. A solicitação foi, naturalmente negada e será bastante fácil entender porquê. Contudo o atleta, fazendo tábua rasa do indeferimento do seu pedido, não só faltou ao treino e ao trabalho do clube que lhe paga e com o qual assinou um contrato - o atleta é profissional !... -  e deslocou-se a Dublin para assistir ao jogo, existindo reportagens fotográficas de jornalistas presentes no evento que o comprovam.
Independentemente do valor desportivo do atleta e das consequências negativas que resultem para o Sporting Clube de Portugal, a disputar no momento a fase crucial do campeonato e sem colocar em causa todo o procedimento legal que haverá que salvaguardar, na minha opinião, só haverá um caminho a seguir pelos dirigentes do Sporting Clube de Portugal. Promoverem o despedimento com justa causa, com direito a indemnização por perdas e danos provocados à entidade patronal, por desobediência e reincidência:
- Cardinal + Reincidência = Rua !!!...
Atrever-me-ia a acrescentar ao correr das teclas, que me recorde, Eurico, Jordão, António Oliveira, Fernando Gomes, António Sousa, Jaime Pacheco e Tonel, futebolistas de primeira água no futebol português, com trajectos idênticos, nunca cometeram tamanha indignidade !...
Leoninamente,

Até à próxima

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