segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022

Por aqui, acredita-se!!!...


Que ausência vai pesar mais?

«Há um ano, um jogo do título com as características daquele que se vai litigar no Dragão seria visto, essencialmente, como uma batalha entre dois estilos antagónicos. Mas o FC Porto e o Sporting evoluíram nas suas fórmulas futebolísticas e o mais provável é que, após o duelo decisivo de sexta-feira, se debata principalmente se pesou mais a ausência de Luis Diáz ou a de Pedro Porro nas respectivas equipas.

Desde logo porque este será o primeiro verdadeiro exame aos portistas após a controversa venda do ala colombiano ao Liverpool, onde Diáz não tardou a confirmar que o futebol português perdeu o seu protagonista mais instigador e estimulante. E, também, porque o castigado Porro representa para os "leões" muitíssimo mais do que a relevância que vulgarmente se atribui a um mero lateral.

Claro que naquela ponderação também poderão vir a entrar as mais do que prováveis ausências de Diogo Costa e Pedro Gonçalves. Mas, mesmo que as lesões destes se confirmem como impeditivas, o seu afastamento forçado não terá o mesmo peso. E declaro-o enquanto admirador confesso dos dois jovens craques.

O guarda-redes portista já é, aos 22 anos, o melhor guarda-redes português da actualidade e não deverá tardar até que esse estatuto também lhe seja reconhecido na selecção, por muito que Rui Patrício se mantenha em excelente forma e mereça continuar a ser considerado. Mas a sucessão terá de acontecer mais cedo ou não tarde, até porque não se via ninguém tão predestinado para a função desde os tempos de Vítor Baía. E Pote, mesmo que esteja a ter um desempenho menos exuberante do que na época passada, continua a ter um papel determinante num Sporting que, a exemplo do progresso registado no FC Porto, investe agora um pouco mais na construção paciente e elaborada. Sendo que o futebol tão simplista quanto eficaz de Pote pode continuar a ser medido à luz dos 13 golos (6 na liga e 4 na Champions) e das 7 assistências (5 na liga) que leva somados.

Mas o FC Porto continuará com a sua baliza muitíssimo bem guardada se tiver de recorrer a Marchesín. E o Sporting também não ficará mal servido se Rúben Amorim escolher Bruno Tabata ou Marcus Edwards para o lugar de Pote. Há ainda mais duas alternativas, bem diferentes, por sinal. Uma seria apostar em Slimani como referência ofensiva e deslocar Paulinho para a ala, a exemplo do que se viu na parte final do jogo com o Famalicão. Seria uma aposta inaudita e aventurosa frente a um adversário com as características do FC Porto, que encomenda as faixas se ganhar e fica perto disso se empatar. Mais racionável, até por estar mais experimentada, seria uma solução com Matheus Nunes a partir da ala e com Ugarte ou Daniel Bragança ao lado de Palhinha. A primeira hipótese garantiria um miolo maciço e atlético, mas Bragança daria outra definição e outro élan às circulações largas nos ataques posicionais.

Voltando ao início, Rúben Amorim consegue convencer um abutre a largar a carcaça e tem retirado vantagem do seu discurso solto e persuasivo. Mas não foi convincente a explicar porque não salvaguardou Porro (que foi muito imprevidente no lance do amarelo), a exemplo do que soube fazer com Feddal. Vai substituí-lo por Esgaio, cuja competência defensiva é indubitável. Mas Amorim sabe melhor do que eu que o Sporting, sem Porro, irá perder dimensão ofensiva.

Sérgio Conceição gosta de jogadores que não se ofusquem na hora da verdade e que ganhem de fato de macaco quando não o podem fazer de fraque. Mas não deverá abdicar da titularidade de João Mário, pelo muito que isso representa em termos de combinações ofensivas, e também de Pepe, Zaidu e Uribe. E Pepê terá de voltar a tentar fazer de Luis Diáz. Não é a mesma coisa, mas Galeno, por muito que tenha melhorado em Braga, define pior e percebe menos o jogo. Os próximos jogos dirão em que lugar fica Chico Conceição na hierarquia…

FÁBIO VIEIRA
Sérgio Conceição percebeu que a presença de Vitinha (que em Arouca marcou um golo de videogame) garante critério e até bom gosto à segunda fase de construção do FC Porto. Poderia estar tentado a fazer regressar Taremi, mas o rendimento que Fábio Vieira vem apresentando (já vai em 10 assistências) não o aconselha.

DANIEL BRAGANÇA
Até certa altura, Amorim usou Bragança mais para desbloquear os jogos do que para segurar as vantagens, mas ultimamente nem uma coisa nem outra (não é titular desde a visita ao Vizela, a 16 de Janeiro). Um sumiço discutível porque dá a ideia que o jovem médio só precisa de jogar mais para ganhar a relevância que Vitinha rapidamente assumiu no FC Porto...»

A quatro dias do clássico que poderá decidir o título de 2021/22, enquanto do lado do FC Porto vai prevalecendo um estranho e pouco estimulante mutismo, apenas entrecortado por uma bem orquestrada campanha de intimidação arbitral e que, sintomaticamente ou não, parece revelar uma pouco habitual falta de confiança nas suas próprias capacidades, do lado do Sporting assistimos a uma convicta declaração de Rúben Amorim no sentido de proporcionar alguma folga aos seus pupilos de modo a que essa medida possa vir a ser o catalizador essencial à vitória que,  sem rodeios, admite com possível - seja ou não através de penalties, com ou sem barreiras!...

Bruno Prata coloca-se neste seu artigo de opinião, a meio da ponte: deixa transparecer o bom senso que parece faltar lá pelo Norte e deixa os prognósticos para o fim do jogo!...

Por aqui, acredita-se!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

2 comentários:

  1. Bom senso que parece faltar pelo norte!a onde ?só na sua imaginação

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    1. Bastará ler o último comunicado do FCP sobre o penálti do Famalicão frente ao Sporting. Se houvesse bom senso estavam calados, em vez da triste figura que fizeram, insurgindo-se contra recomendações da própria UEFA!...
      (ler artigo importante: https://www.record.pt/opiniao/cronistas/marco-ferreira/detalhe/aos-invasores-de-areas?ref=HP_2BucketDestaquesPrincipais)

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