quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

Mais palavras para quê???!!!...


As crises e o exemplo

«Os sinais estão todos em cima da mesa. E atravessam os três grandes do futebol português. O Benfica atravessa uma grave crise desportiva e reputacional que resulta, totalmente, da gestão de Luís Filipe Vieira. Quando um clube compra jogadores sem critério desportivo e de racionalidade empresarial, obedecendo apenas aos interesses privados de quem o dirige, não há milagres.
Rui Costa e Veríssimo, cada um no seu posto, poderiam fazer muito melhor, sem dúvida. Também poderiam ter tido a sorte do seu lado. Mas nunca conseguiriam extirpar a raiz do mal em meia dúzia de meses. O Benfica tem jogadores a mais e não tem opções seguras para postos-chave na equipa. Tem cinco ou seis avançados mas não tem um que marque golos. Tem quatro ou cinco defesas laterais e não tem dois que sejam sólidos, regulares, seguros. O Benfica tem quase 30 jogadores no plantel e mais umas largas dezenas em rotação pelo mundo porque isso interessou a todo o bando que facturava as comissões de compra e venda.
Na verdade, como pessoa colectiva e instituição cujos pergaminhos se fundem com uma parte muito significativa da história do próprio Pais, o Benfica foi alvo de um verdadeiro saque de que não recuperará tão cedo, tanto no plano da gestão como no dos resultados desportivos. Para virar a página é necessário muito mais do que aquilo que Rui Costa e a sua equipa têm mostrado. Muito mais imaginação, força e confiança do que aquelas que mostram.

Já no FCPorto não há grande coisa a dizer, quando o desespero e a necessidade imperiosa de fazer entrar dinheiro, desde logo para pagar os salários, são mais eloquentes do que qualquer palavra ou acto. A saída de Luis Diaz é uma colossal e dramática homenagem ao fracasso e à impotência. Quando um clube como o FCPorto não consegue segurar um jogador daquele nível, no auge de uma época, só evoca as saídas sem compensação de Brahimi e Herrera, entre outros. Ou seja, evoca uma gestão sem rei nem roque, num clube que tem um indiscutível carisma e cultura competitivos, praticamente ímpares.

Por fim, o Sporting de Frederico Varandas, que se prepara para ir a eleições. Estão lá todos os ingredientes que colocam o clube nos antípodas do caminho que fazem os outros dois rivais. Transparência, integridade, racionalidade de gestão, aposta na formação e na respeitabilidade, dentro e fora do futebol, resultados desportivos e fair-play. Frederico Varandas e Ruben Amorim estão a reconstruir um clube que é hoje o exemplo do que deveria ser todo o futebol português. Mostrando que só por este caminho se constrói valor e consolida uma instituição, desde o relvado e o jogo, até às bancadas e aos adeptos, passando pela sólida reputação de respeitar a palavra dada.»

Mais palavras para quê???!!!...

Leoninamente,
Até à próxima

1 comentário:

  1. Agora não há cão nem gato que tenha dificuldades em identificar a origem de todos os males nas gestões ruinosas. Escondem,esses bichos todos, é que andam agora a incensar a do Sporting como incensaram a do benfica.

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