Resgate parte II
«... José Peseiro tem nas mãos a decisão de reintegrar Nani na equipa, mantendo-o também como capitão do Sporting, mas naturalmente cabe ao jogador continuar a merecer a confiança e o estatuto. Há que compreender a posição do treinador. Noutras circunstâncias, a atitude de Nani talvez pudesse ser gerida de forma menos contundente. Acontece que a força do grupo é neste momento o grande combustível da máquina leonina. Por isso, qualquer corte nestes laços pode comprometer o trajecto da equipa. Peseiro arriscou a sua popularidade junto dos adeptos mas ganhou a ‘aposta’. E bem vistas as coisas o Sporting pode ter ganho muito mais.»
(António Magalhães, director jornal Record, Saída de Campo)
Desde o momento da substituição de Nani em Braga e da sua intempestiva e irreflectida reacção, que admiti um cenário negro para José Peseiro se, à semelhança do que aconteceu com Fábio Rochemback, lhe passasse pela cabeça contemporizar e mostrar o mínimo de indulgência para com o jogador.
A julgar pelos relatos difusos de que a CS nos tem dado conta, em primeiro lugar José Peseiro terá recusado liminarmente voltar a um "lugar" onde, claramente, não tinha sido feliz, com as consequências que, mais tarde, todos nos viemos a aperceber. Em segundo lugar, terá muito provavelmente contado com o respaldo de uma competente estrutura que, finalmente, parece existir no Sporting. De facto, Frederico Varandas conhece como ninguém a importância de um bom balneário e Roberto Severo e Hugo Viana, de olhos fechados, terão obrigação de pressentir à distância, a muita distância, a mais pequena ameaça do mais insignificante tsunami que se aproxime...
Nani, jogador experiente que, pese embora toda a sua enorme qualidade futebolística, parece ainda não ter sido capaz de domesticar o seu umbigo, terá revelado a inteligência suficiente para compreender, face ao rumo que os acontecimentos terão rapidamente tomado, que nem Peseiro será nos tempos de hoje o "papa-açorda" que era nos tempos de Rochemback, nem as estrutura que começa a pontificar em Alvalade terá alguma coisa a ver com aquela que conhecera ainda bem recentemente.
Subscrevo inteiramente o pensamento de António Magalhães nesta sua "Saída de Campo", mas permito-me ir um pouco mais longe: nenhum castigo resulta se não causar dor! Era preciso recusar, peremptoriamente "panos quentes". O "grosso e curto" de Peseiro e a solidariedade da estrutura, fizeram o que tinham de fazer...
"Peseiro ganhou a aposta e o Sporting pode ter ganho muito mais"!...
Leoninamente,
Até à próxima
O pasquim do Porto (o nojo), na sua capa de hoje, parece atirar um fósforo aceso a tentar acertar nalguns restoa de gasolina que as nossas viúvinhas carpideiras ainda tenham consigo...
ResponderEliminarPeseiro esteve péssimo na repreensão pública à Nani nas vésperas do jogo mas emendou mão após o jogo ao não alimentar o assunto.
ResponderEliminarO castigo foi bem aplicado e o exemplo da disciplina enteriorizado. Mas a pedra no assunto só será colocada se Nani recuperar a braçadeira já na Ucrânia. Que Peseiro não cometa o erro de transferir para Bruno Fernandes a liderança. Seria o início de uma guerra civil.
SL
Caro Álamo,
ResponderEliminarPara mim, o símbolo na parte da frente da camisola vale muitomais que qualquer nome nas costas. É aceitável que os jogadores mostrem frustração e, até arrisco dizer que é bom na medida em que se preocupam e querem melhorar. Mas nunca um abuso de comportamento pode passar despercebido... sob pena de ficar descontrolado!
Abraço,
Pedro