A Federação Portuguesa de Futebol estabeleceu regulamentarmente e bem, na minha modesta opinião, a obrigação de todos os clubes da I Liga jogarem a terceira eliminatória da Taça de Portugal, na qualidade de visitantes, fazendo depender esse facto, naturalmente, da aprovação de cada estádio potencialmente visitado, por parte da competente comissão federativa, em todas as múltiplas vertentes que deverão ser isenta, rígida e exemplarmente consideradas.
De sublinhar será o facto de não estarem em causa quaisquer clubes, até porque a situação se tem vindo a revelar recorrente na competição que em cada ano se nos tem apresentado, mas realçando o espírito da norma, que é simples: levar a festa da Taça e as principais equipas do futebol português a zonas do país onde, normalmente, apenas são vistas pela televisão e equilibrar os pratos de uma balança que pende sempre para o lado dos mais poderosos.
Na competição desta época, o sorteio da terceira eliminatória, trouxe de novo para a ribalta três casos paradigmáticos que provam à evidência os vícios de que enfermarão os regulamentos em vigor: por um lado, o relvado da Sertã constituirá um problema grave, quiçá impossível de solucionar no curto prazo e o jogo entre o Sertanense e o Benfica teve de ser transferido para Coimbra; de modo idêntico, embora por razões diferentes, o Loures irá receber o Sporting, não em sua casa, mas ali ao lado, em Alverca; finalmente e ao que tudo indica, a visita do FC Porto a Vila Real estará dependente da aprovação da iluminação do estádio transmontano que, a não ser conseguida, obrigará a que o jogo transite para um outro lugar qualquer a acordar entre as partes envolvidas.
Sem alguma vez colocar em causa o espírito mais democrático de uma competição que se deseja popular e, quantas vezes, mágica, sendo esta uma situação recorrente, talvez esteja chegada a hora de a assumir como inultrapassável e adequá-la regulamentarmente à realidade dos nossos tempos, transpondo com coragem e realismo toda e qualquer réstia de romantismo que lhe possa estar associado e definir liminarmente que estes jogos passassem automaticamente para casa do clube regulamentarmente obrigado a ser visitante, no caso de reprovação do local inicialmente designado para o encontro.
Aos pequenos apresentar-se-ia tal disposição como um estímulo para as necessária melhorias das instalações desportivas, facultando-lhes as óbvias contrapartidas de continuarem a viver a magia que a competição encerra através da festa da viagem a um dos maiores estádios do país e de verem engordar substancialmente a receita a arrecadar, colocando um definitivo e justo ponto final na história dos campos neutros, que apenas servem para levar benefícios a terceiros, que nunca deveriam ser tidos e achados nesta discussão.
Sem alguma vez colocar em causa o espírito mais democrático de uma competição que se deseja popular e, quantas vezes, mágica, sendo esta uma situação recorrente, talvez esteja chegada a hora de a assumir como inultrapassável e adequá-la regulamentarmente à realidade dos nossos tempos, transpondo com coragem e realismo toda e qualquer réstia de romantismo que lhe possa estar associado e definir liminarmente que estes jogos passassem automaticamente para casa do clube regulamentarmente obrigado a ser visitante, no caso de reprovação do local inicialmente designado para o encontro.
Aos pequenos apresentar-se-ia tal disposição como um estímulo para as necessária melhorias das instalações desportivas, facultando-lhes as óbvias contrapartidas de continuarem a viver a magia que a competição encerra através da festa da viagem a um dos maiores estádios do país e de verem engordar substancialmente a receita a arrecadar, colocando um definitivo e justo ponto final na história dos campos neutros, que apenas servem para levar benefícios a terceiros, que nunca deveriam ser tidos e achados nesta discussão.
Será hora de excluir as "barrigas de aluguer" da Taça de Portugal!...
Leoninamente,
Até à próxima
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