Sporting: mais do que a mão alcança
«Mesmo a paisagem mais árida assenta sobre um amor incomum. Dia 12 de Agosto, quando a bola começar a rolar, regressaremos todos ao estado mais puro do que significa ser Sportinguista. Como mineiros do impoluto sentimento, partiremos à procura da inesgotável reserva do nosso vínculo leonino, néctar vital que nos impele nesta marcha interminável.
Para esta saga estamos munidos de um mapa que nos é familiar. Apontando o dedo, é fácil seguirmos o trilho da nossa identidade. Aqui, o dia em que, estranhos num segundo, irmãos no outro, nos abraçámos nas bancadas para festejar um golo. Ali, o fascínio de um filho que entra pela primeira vez em Alvalade pela mão do pai. Acolá, o prazer simples de admirarmo-nos ao espelho com a verde-e-branca vestida. Mais além, um hino espontâneo multiplicado por mil sob o céu azul. Uma luz passada de geração em geração. A inviolabilidade da alma. A força dos valores. Sonho sonhado, sonho reinventado.
Enxovalhados, exaustos, humilhados, continuamos de pé. Porque continuamos de pé? Porque lágrimas não se quantificam em medidas de tristeza ou êxtase. Há algo mais que água e sal. Deflagram da secreta fonte. São a nossa humanidade intrínseca por via do Sportinguismo. Junção de memórias que um mero corpo não pode conter...e que rebenta pelo amor os diques da nossa transitoriedade. O mundo sabe que assim é.
Continuaremos a sonhar, continuaremos a esperar. Continuaremos indefectíveis pela argamassa que une a nossa voz centenária. Hoje na esperança. Amanhã na transcendência. Crianças todos nós, retornados ao verão dourado do nosso primeiro amor.
Na imagem que publiquei pode ver-se um pormenor da construção do antigo Estádio de Alvalade. Num tempo despojado de SADs ou gestores laureados, ergueu-se "o templo" com o sacrifício de todos os Sportinguistas. Olhemos agora para o futuro como esse estádio em constante construção. Um estádio que não requer outra avaliação de impacto que não o impacto da nossa fraternidade.
Saudações Leoninas.
Viva o Sporting Clube de Portugal!»
Escrito e publicado há três meses, muita água passou já pelas pontes que nos obrigaram e continuam a obrigar a atravessar! Mas o sentimento não tem conta, peso, idade ou outra qualquer medida...
Faz bem à alma um banho de amor de quando em vez e olharmos, atentos, ao que se passa à nossa volta! Às vezes bem próximo dos nossos olhos. Experimentem. Experimentem este caso particular. Insisto: experimentem...
É que dá ideia que voltámos aos tempos da "outra senhora": temos de reaprender a ler nas entrelinhas e a dar importância a pequenos pormenores que, amiúde, quase nos roçam as pestanas...
É que dá ideia que voltámos aos tempos da "outra senhora": temos de reaprender a ler nas entrelinhas e a dar importância a pequenos pormenores que, amiúde, quase nos roçam as pestanas...
Mesmo em dia de furacão, seja ele Leslie ou... Lion!...
Leoninamente,
Até á próxima
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