sexta-feira, 22 de março de 2019

Não consegui entender tanto eu, tanto eu, tanto eu!...


"... Alguma inabilidade..."

«... Frederico Varandas continua a tentar apagar fogos. A entrada de dinheiro fresco nos cofres pode permitir-lhe trazer a normalidade a Alvalade. Mesmo que sejam muitos os casos a resolver e seja notória alguma inabilidade da equipa que o acompanha. Mas não vira a cara à luta.»
(Bernardo Ribeiro, Saída de Campo, in Record)

Sim, porque ainda não me saíram dos ouvidos os 10 - e só falo dos que consegui contar! - pecados mortais cometidos por Francisco Salgado Zenha na sua última intervenção na Sporting TV, a saber:

1 - "... vi comentários a falar em 100, 200 e 300 milhões..."

2 - "... quando cheguei..." 

3 - "... tive milhares de solicitações..."

4 - "... recebi todo o tipo de investidores..."

5 - "... eu não vou ceder..."

6 - "... não vou vender a maioria da SAD..."

7 - "... não faço 'all in'..."

8 - "... não vejo motivo para partilhar essa informação..."

9 - "... quando cheguei, o que estava nas contas correspondia à realidade..."

10 - "... não concordei e temos tentado evitar fazer isso..."

Alguém que obviamente não seja Frederico Varandas, deverá 'ensinar' ao senhor Zenha que, como vice-presidente, jamais poderá presumir-se, exibir-se, ou sequer cair na asneira de se julgar protagonista, seja do que for no Sporting, especialmente quando tais atitudes colidem frontalmente com o respeito e a deferência que lhe deverá merecer o Presidente!...

Como simples e despretensioso associado do Sporting e entendendo como esclarecedoras todas as suas explicações...

Não consegui entender tanto eu, tanto eu, tanto eu!...

Leoninamente,
Até à próxima

7 comentários:

  1. Também notei. Uma ou outra vez, ainda corrigiu; depois... foi é na tábua e seguir em frente.
    Não sendo pecado mortal, será sempre pecado a corrigir - mas não é fácil, oe economistas habituam-se a pensar sozinhos, a trabalhar sozinhos e, depois, acontecem estas gaffes.

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  2. Eu não consigo entender é outras coisas...

    Há ou não há falência... É que uns dias falta dinheiro outros não há buraco... Misturar e voltar a dar...!!! (assumo a minha ignorância financeira e de gestão... mas de português e de comunicação sei alguma coisinha...)

    Enganaram o clube... mas afinal as contas estão bem...

    Depois fazemos frente aos clubes que nos afrontaram... e nos roubaram os jogadores que primeiramente já nos tinham... %$"#&%*... mas depois já falamos com eles... (leia-se 'baixamos as calças')

    Depois somos 'muita' frontais mas as coisas saiem todas a medo... dizem-se só 'metades'... depois já não é bem assim... Ninguém entende nada... vá...!!! Eu não entendo nada...

    Batemos na idoneidade e na verticalidade mas levamos o Pintinho prá tribuna... só com 'desculpa lá qualquer coisinha'...

    Fazemos e acontecemos... (devagarinho e com boas palavras) mas o CM (e sus muchachos - O record faz parte do mesmo grupo não faz???) continua a frequentar as instalações do clube...

    No meio disto tudo... e de muitos mais 'isto tudo's', não é um (ou dois..., ou mesmo três..., ou dez... que sejam) 'eu's', que não me deixam dormir...

    p.s. Não dá para irmos todos de férias... e fazer de conta que nada disto existe...??? (Se calhar foi por isso que foram dadas uma fériazitas à malta... que tem feito de sobejo para as merecer...)

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  3. Não entendo como busca de protagonismo. Salgado Zenha é protagonista e responsável pelas Finanças. Uma gestão descentralizada, que responsabiliza os gestores nos diferentes pelouros tem, por vezes, este tipo de impacto na linguagem. Pessoalmente, prefiro o "quando chegámos" ao "quando cheguei", mas nenhuma das formulações está errada à partida.
    Saudações Leoninas.

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    1. Ponto de vista respeitável mas com uma contradição que o faz cair pela base. Se pessoalmente se prefere o nós, porque não se hão-de chamar os bois pelos nomes?!...

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    2. Esclarecimento: prefiro o "nós" neste tipo de discurso, mas aceito o "eu". O "nós" tem a vantagem do foco estar no grupo e não no indivíduo. O "eu" tem a vantagem de se dar a cara e não usar o "nós" como escudo. As duas formulações estão bem desde que bem aplicadas, ou seja, quando corre bem usamos o "nós" (partilha dos louros), quando corre mal, usamos o "eu" (responsabilidade).

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  4. Mais uma vez, os sportinguistas fixam-se no acessório em detrimento do essencial! Que ele diga eu ou nós, eu quero é que os problemas do clube sejam solucionados. Com tanta suscetibilidade de cariz semântico quem é que consegue ser prior nesta freguesia?... Rematando: acho que ele deu uma excelente entrevista e defendeu os intereses do clube nas suas explicações.

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