segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Coisas boas que ainda aparecem na nossa imprensa!...

 
 
Hoje recuei algumas duas ou três décadas  e lembrei-me dos tempos em que grandes jornalistas preenchiam com a sua prosa da mais fina água as páginas interiores dos dois jornais desportivos de referência, dirigidos por esses monstros  da comunicação social portuguesa que foram Artur Agostinho e Vitor Santos.
 
Comecei por ler este artigo de João Querido Manha, a quem as novas responsabilidades parecem ter trazido o que de bom tinha dentro dele e que outros valores teimaram durante anos em esconder, reflectindo olhares vesgos, ódios de estimação e uma falta de isenção atroz. Quem sabe se a nova função não terá sido o "seu grito de Ipiranga"?! Se assim for, que seja bem vindo e, em pouco tempo talvez possamos todos esquecer a muita merda que escreveu e disse e, quem sabe, esquecer até a inefável e ridícula figura que o antecedeu. O seu jornal parece ter assumido a vanguarda do jornalismo desportivo em Portugal, pela actualidade, pelo critério e, pasme-se, por uma pequena réstia de isenção que se me afigura começar a brotar do seu interior. Faltará a inflexão necessária à sujeição que as suas capas ainda reflectem.
 
Depois debrucei-me sobre outro artigo de opinião, agora da autoria de Alberto do Rosário que, lutando ainda para se emancipar de um certo enquadramento dentro das fileiras da cor que nunca negou, não deixou de ser capaz de colocar o dedo na ferida da selecção de Paulo Bento e de nos mostrar que afinal é capaz de produzir algo que valha a pena ler e fazer-nos esquecer aquele exagerado pendor para defender as suas damas e exaltar os seus ódios e rancores.
 
Finalmente deliciei-me com mais um fabuloso produto da "nossa academia"! Não, não falo daquela que em Alcochete leva o nome do Sporting Clube de Portugal a todo o mundo. Essa já todos conhecem, continua e continuará a cavar a diferença para todas as restantes formações cá do burgo, pesem embora todos os processos desonestos e sujos de que é vítima pela concorrência. Falo de uma nova vaga de gente inteligente e que escreve bem, de gente simples e despretensiosa e com um superlativo sentido de humor que lhes permite dizer em tom de brincadeira as coisas que poucos terão coragem de dizer a sério. Felizmente que muitos deles, quiçá a sua grande maioria, ostentam orgulhosamente no peito, o leão rampante que os torna diferentes. Sem que me atreva a insultar a modéstia de todos eles, "escarrapachando" aqui os seus nomes, sou obrigado a referir o nome, cuja peça me deliciou: chama-se Vasco Palmeirim e já todos os conhecerão das obras de arte que o seu talento nos mostrou na rádio e nas redes sociais. Agora começa a brilhar no jornal Record e eu recomendo vivamente que os sportinguistas e porque não os adeptos de outros clubes, ponham bem os olhos nele.
 
Leoninamente,
Até à próxima 

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