Leão tem de jogar mais
«Grande resultado do Sporting tendo em conta o que se viu em Poltava. Uma exibição medíocre, mais uma, atenuada pela vitória mas que deixa a nu alguns dos actuais problemas do futebol leonino. É verdade que José Peseiro apostou na rotatividade na Ucrânia, sabendo que tem um jogo complicado em Portimão na prova que realmente interessa: a Liga. Ainda assim, provavelmente teria corrido menos riscos e ganho menos cabelos brancos se não tivesse exagerado. É complicado para uma equipa quando se troca tanto. Por muito que os jogadores treinem todos os dias juntos, dificilmente em termos competitivos a coisa corre bem. Principalmente se algumas das segundas escolhas não mostram mais vontade de jogar bem. Depois do que se viu em Poltava salta à evidência que há quem não queira ou não saiba. Peseiro certamente tirará as suas conclusões...»
(Bernardo Ribeiro, Saída de Campo, in Record)
Todas as vitórias fazem sorrir os adeptos. Mas esta vitória arrancada a ferros em Poltava, trouxe aos adeptos sportinguistas um sorriso amarelo, exactamente porque terá confirmado em definitivo a triste realidade do Sporting actual, que nem toda a arte e engenho de José Peseiro alguma vez poderiam ou poderão vir a disfarçar.
Sousa Cintra fez o que pôde em apenas três meses, mas a herança que recebeu, analisada hoje nas suas inúmeras vertentes, era um presente envenenado demasiado pesado, que nenhuma central de propaganda do mundo poderia escamotear, muito menos quando liminarmente rejeitada por uma avassaladora e imensa mole de associados sportinguistas, decididamente apostada em pôr termo ao mais dramático "ensaio sobre a cegueira" vivido no Clube ao longo dos mais terríveis e marcantes cinco anos da sua gloriosa história.
Para além de um onze carregado de subjectivas reticências e pronunciados desequilíbrios, que vai continuando a tentar tapar, o melhor que pode e sabe, o Sol com a peneira, José Peseiro, sempre que olha para o banco dos suplentes, pouco mais poderá fazer do que arrepiar a sua farta cabeleira, em cada dia mais inexoravelmente embranquecida...
E o pior de tudo é que o horizonte poucos motivos de confiança e esperança terá para apresentar à grande nação leonina, tão grande se apresenta a Frederico Varandas a ciclópica tarefa de reconstruir, apenas com areia e sonhos, um Clube quase afundado numa terrível e há tanto camuflada indigência.
Vai demorar muito tempo ainda até que o admirável universo sportinguista assista à expulsão do "amarelo" e de novo lhe seja permitido...
Voltar a sorrir de verde e de esperança!...
Leoninamente,
Até à próxima
É coo muito bem diz, amigo Álamo e tão bem resumiu no último parágrafo:
ResponderEliminar"Vai demorar muito tempo ainda até que o admirável universo sportinguista assista à expulsão do "amarelo" e de novo lhe seja permitido...
Voltar a sorrir de verde e de esperança!..."