segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Tão grande como os maiores da Europa!...


Tudo aquilo que à mistura com a violenta intempérie que se abateu sobre o país e muito particularmente sobre o universo leonino no final deste último domingo, me causou um misto de enorme tristeza, funda preocupação e amarga decepção.

Em primeiro lugar e embora minha condição de leigo me obrigue a recusar, tanto qualquer avaliação de carácter jurídico sobre a legitimidade/legalidade desses acontecimentos, quanto a estabelecer prognósticos sobre o que porventura no horizonte se virá a desenhar no futuro, e mesmo sentindo-me fortemente condicionado pela conquista civilizacional que a presunção de inocência a todos impõe, escamotear a tristeza que de mim se tem apoderado, seria manifestação que liminarmente rejeito. Bastaria o envolvimento de uma figura que durante mais de cinco anos liderou o meu Clube de sempre, independentemente de tudo o que o futuro nos reservará, para me sentir triste. É que para além da legalidade e do Direito, sobre as figuras dos dois detidos na tarde de ontem e mesmo não navegando o meu espírito em quaisquer certezas, há muito que formei a minha opinião.

Em segundo lugar e infelizmente, das mesmas raízes que sustentam a minha trsiteza, decorrerá o alimento que vai dando vida à minha funda preocupação sobre o impacto que todos estes acontecimentos poderão vir a ter no presente e no futuro, a curto ou médio prazo, de uma instituição cujo passado e grandeza a deveriam preservar de vicissitudes desta natureza.

Por fim, aparece em terceiro lugar a minha amarga decepção, pela ingenuidade que terei revelado ao estar ao lado, em três actos eleitorais consecutivos e durante uma boa parte do seu consulado, de uma figura que jamais deveria ter merecido o meu apoio e a minha quase incondicional solidariedade.

Apenas demasiado tarde terei sido capaz de dar conta até onde poderia levar o estilo controverso, narcisista, agressivo e temerariamente maniqueísta que desde sempre evidenciou. Demasiado tarde para mim mas, fundamentalmente, demasiado tarde para o Sporting Clube de Portugal.

Em remate deixo um outro misto, este de certeza, de orgulho e de esperança. Certeza na capacidade do fabuloso universo leonino para fazer frente a todas as vicissitudes que o futuro lhe reserve. Orgulho que me inunda por sentir que essa mesma capacidade nos poderá de novo devolver ao rumo glorioso que sempre foi o nosso. Esperança de que continuaremos, curadas as graves cicatrizes do divisionismo, que todos permitimos que se instalassem na nossa própria carne, a ser um Clube de paixão e que de forma inteligente, abnegada, fraterna e solidária continue a ser grande...


Tão grande como os maiores da Europa!...

Leoninamente,
Até à próxima

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