Da despromoção aos Sub23 à tribuna da Europa em menos de dois meses |
‘Wendaval’ com samba
Wendel decisivo nas transições e no último toque
«Dois jogos, duas exibições convincentes. Wendel está a aproveitar o momento e, independentemente da valia dos adversários e da escala de qualidade que se queira utilizar para tirar conclusões, o que fica claro depois do encontro com o Lusitano Vildemoinhos e da estreia na Liga Europa é que o médio brasileiro veio para ficar no esquema táctico de Marcel Keizer. O 4x3x3 do treinador holandês deu ao ex-Fluminense uma influência na equipa que o 4x2x3x1 de José Peseiro e, antes desse, o 4x4x2 de Jorge Jesus não lhe garantiam.
E, de súbito, a intensidade deixou de ser uma questão. Com Gudelj na rectaguarda e um jogador da dimensão (colectiva) de Bruno Fernandes constantemente a romper linhas e a abrir espaços, Wendel não só fica liberto de tarefas mais defensivas, para as quais não está talhado, como ganha enorme protagonismo na transição ofensiva, seja num primeiro momento, em que é necessário sair com a bola controlada, seja em zona de finalização, onde mostra capacidade acima da média para o último passe.
Contas feitas, ontem, Wendel teve participação directa em quatro dos seis golos do Sporting em Baku, o que diz quase tudo sobre o que trouxe ao futebol dos leões, destacando-se pela complementaridade com Nani e Bruno Fernandes. Ao parceiro de sector ofereceu dois golos, fruto do bom posicionamento, com toques decisivos. No primeiro, aos 20 minutos, percebeu a movimentação de Bruno e estendeu-lhe a passadeira para um remate traiçoeiro que enganou Halldórsson. No segundo, aos 75’, tirou a bola de um engarrafamento e abriu uma autoestrada, onde o Canhão da Maia embalou para a baliza. O lance que melhor retrata a preponderância de Wendel aconteceu aos 33 minutos, antes de Nani furar por entre cinco adversários na área. Foi Wendel quem surgiu, por duas vezes, em apoios na zona intermediária, com Diaby e depois com Bas Dost, sobre a direita, desfazendo a primeira barreira defensiva dos azeris, conduzindo a bola pelo corredor central e lançando Nani na hora certa.
Pelo meio, ainda foi o camisola 37 quem forçou o ‘passe’ de Guerrier para Diaby, aos 65 minutos. A questão da intensidade voltará a colocar-se quando Wendel enfrentar adversários mais fechados e os relvados pesados da Liga, mas, a manter esta bitola, o lugar é dele.»
Quanta teimosia, quanta casmurrice, quanta cegueira e quanto prejuízo para o Sporting ao longo de tantos e tantos meses?!...
Apenas num simples e eficaz estalar de dedos, Marcel Keizer parece a caminho de ter encontrado nos relvados da Academia a solução que há tanto tempo os adeptos sportinguistas reclamavam e por que quase chegaram a desesperar: um "wendaval ofensivo" que abanasse a improfícua e exasperante letargia que vinha reinando num "desgraçado meio-campo" que apenas parecia capaz de passar, repassar, lateralizar, atrasar e... perder a bola, o discernimento, a motivação e o encanto!...
Depois do que nos tem sido dado apreciar, palavra de leão que, se eu estivesse no lugar de Wendel, raios me partissem todo se eu não fosse aos sabugos das unhas dos pés buscar toda a minha energia, todo o meu empenho, todo o meu esforço para provar todas as razões e mais uma desse "Mister holandês" que chegou, viu e... pôs o "minino" a jogar no seu lugar e como ele gosta, sabe e é feliz!...
E tão felizes quanto ele, estamos todos nós, sportinguistas!...
Leoninamente,
Até à próxima
peseiro e JJ preferiam petrovic's
ResponderEliminarNem mais, caro Álamo, nem mais...
ResponderEliminarSL
Apoiei JJ e Peseiro - pelo Sporting - mas nem um nem outro alguma vez me convenceu de ser o "ultra-sumo" dos treinadores...
ResponderEliminarFoi uma burrice completa o que JJ e mesmo Peseiro..."fizeram" a alguns jogadores do Sporting, que ou estão noutros clubes por empréstimo...ou já nem nos pertencem...
Não digo que JJ não tenha qualidade...mas tenho para mim que "muito do valor" que JJ "aparentava ter"...se devia à "boa imprensa" que tinha enquanto treinador lampiónico...
Mas sobretudo, um "colinho" que o protegia a ele e à equipa enquanto andou pelo "galinheiro"...e que jamais teve, enquanto treinador do Sporting (e ainda bem...)...
A isso "se deveram "...muitas das vitórias somadas...
SL