segunda-feira, 6 de julho de 2020

Contundência, eficácia e classe!...


Uma análise ao alvo do Sporting: "É uma verdadeira garantia de defesa"
O argentino Ezequiel Muñoz foi parceiro de Feddal na defesa do Palermo. Na avaliação ao agora jogador do Bétis, que é alvo do Sporting para 2020/21, destaca a contundência e a classe

«O Sporting está a negociar com o Bétis a contratação de Zouhair Feddal, experiente central hispano-marroquino de 30 anos que quem bem o conhece considera um valor seguro que a SAD leonina está a prestes a adquirir a baixo custo, por uma verba a rondar os três milhões de euros.

A O JOGO, Ezequiel Muñoz, antigo colega de Feddal na sua passagem pelo Palermo em 2014/15, fala num defesa duro de roer, com facilidade em assumir a transição e um toque de classe com a bola no pé, além do porte físico.

"É um defesa de boa estatura, mais de 1,90 e isso dá-lhe uma vantagem no jogo aéreo pela sua capacidade de salto e estrutura física. Lembro-me bem que nos treinos era muito difícil marcá-lo nas bolas paradas e é muito duro também quando tens de enfrentá-lo como atacante. Nesse sentido, é uma verdadeira garantia de defesa", começou por recordar o defesa argentino, que descreveu Feddal como inteligente e bem posicionado para travar as saídas rápidas dos rivais: "No Palermo jogávamos mais à defesa, mas quando nos apanhavam desequilibrados, lembro-me que a sua capacidade para cortar os contra-ataques dos rivais era impecável. Não coincidimos muito no relvado, mas quando aconteceu tivemos bom entendimento."

Em Alvalade o marroquino é desejado para render Mathieu e actuar preferencialmente no lado esquerdo da linha de três que Rúben Amorim implementou mal chegou ao clube, uma posição na qual Feddal ganhou rotina em Itália e também agora, de forma alternada com uma linha defensiva de quatro, no Bétis.

"Lembro-me bem de um jogo contra o Cagliari, que ganhámos por 5-0 e no qual jogámos juntos na defesa em linha de três, estávamos nós os dois a descair para os flancos e havia um líbero no meio, depois cinco médios para atacar. A defender éramos cinco porque os dos corredores desciam. E no ataque ficavam o Franco Vázquez e o Dybala. O treinador do Palermo pedia para sairmos rápido e nesse capítulo aponto uma das suas virtudes: tem uma saída rápida com a bola nos pés, não abusa do pontapé para a frente. Ajudava muito porque na frente tínhamos o Dybala", lembra Ezequiel Muñoz, descrevendo Feddal como um defesa apto a fazer a transição e facilitador da tarefa de organização de jogo ofensivo com a sua classe na condução da bola e eficácia no passe de média e longa distância.

"É canhoto, o que lhe dá uma certa elegância a cada toque. O Sporting é uma equipa importante, de certeza que vai estar à altura dos acontecimentos", concluiu o defesa argentino que conviveu com Feddal uma época na exigente Série A.»


Há muito que deixou de ser estranho para mim ser confrontado pela primeira vez com o nome de um jogador, oriundo do mercado externo, apenas quando os holofotes dos jornais cá do burgo o apresentam com potencial reforço de um qualquer clube português, muito especialmente se esse clube for o Sporting. Desenganem-se os adeptos acerca da capacidade dos nossos clubes para contratar uma qualquer estrela, ainda que emergente, no mercado internacional. Dos que nos chegam, é certo e sabido que muito dificilmente já alguma vez teríamos soletrado os seus nomes e sobre a qualidade de cada um, saberíamos zero!...

Nesta condição, aquilo que quase invariavelmente nos acontece, acaba por ser quase sempre iniciarmos nessa hora a aprendizagem sobre o valor dos atletas contratados e assistirmos depois ao seu triunfo em terras lusas, com a subsequente e quase meteórica exportação, ao arrastar por cá das suas sofríveis carreiras, ou, no pior dos cenários, à sua devolução às origens se a sua qualidade se revelar mais baixa do que aquela que somos capazes de produzir por cá.

Zouhair Feddal nunca poderia constituir excepção ao que antes referi. Com Jérémy Mathieu quase terá acontecido o mesmo e o final da sua carreira abriu a porta a que o nome do central marroquino fosse colocado pela primeira vez ante os meus olhos. Claro que a partir da primeira vez em que aprendi a construir o seu nome, a minha investigação começou, exactamente do zero, como antes tive o cuidado de referir, com uma diferença em relação a quem não foge à regra geral de começar por dizer mal, seja de quem for. Cada um escolhe o seu caminho e eu, tento falar apenas do que sei...

O artigo hoje publicado pelo jornal O Jogo, da autoria da parceria de Federico del Rio, um jornalista argentino que já me habituei a conhecer de outras apreciações de jogadores da sua terra, com Rafael Toucedo, veio trazer ainda mais luz sobre a valia do central marroquino em que o Sporting estará, ao que se diz, eventualmente interessado.

Oxalá venhamos a constatar no futuro, a favorável apreciação do seu ex-companheiro Ezequiel Muños, se a contratação do central marroquino se vier a concretizar, porque precisamos mesmo em Alvalade de...

Contundência, eficácia e classe!...

Leoninamente,
Até à próxima 

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