Bom seria mandar todos para casa
«A semana finda foi preenchida por intermináveis considerações acerca do "caso Marega", que flutuaram entre belas declarações sobre um futuro limpo de racismo e hesitações patéticas, como a interpretada por Pedro Proença, num canal de televisão, em respeitosa vénia ao conceito negacionista do "se aconteceu é grave mas se não aconteceu deixemo-nos de exageros".
Para além do líder da Liga, o protagonista mor da incomodidade foi o outrora tão irreverente José Manuel Meirim, que preside ao Conselho de Disciplina da FPF e nos veio dizer o que estamos carecas de saber: que os regulamentos o deixam "limitado" para punir a violência, racismo incluído. Ah, sim? E sente-se então tranquilo, há tanto tempo no aconchego do seu posto, tendo consciência do pouco que pode fazer? Rendeu-se?
Sejamos realistas. Não viveremos o suficiente para ver acabar o racismo, tal como nunca acabarão a sabujice e o crime. Só com punições severas aos selvagens e aos emblemas que os apaparicam se daria uma efetiva machadada na violência e nas misérias que se fazem sentir nos campos de futebol, arena por excelência da barbárie. Mas os clubes habituaram-se a servir-se das suas guardas pretorianas e da gentalha que elas acoitam, e jamais aceitarão regulamentos que os punam com a dureza dissuasora que se impõe. O recente "caso Pedro Ribeiro" e o manto de silêncio que o finou confirmam que os interesses instalados mandam no futebol como mandam na vida. Mal a poeira que Marega levantou assente, veremos como a bandalheira continua.
Jogar em Stamford Bridge com um plantel curto e jogos quase sem descanso, sem Kane e sem Son, e com Dele Alli no banco, é enfrentar uma missão praticamente impossível. Mourinho perdeu mas o Tottenham mantém-se na perseguição ao Chelsea, e na luta pelo quarto lugar e pelo acesso à Champions, num grupo de quatro equipas separadas por dois pontos, que integra o Manchester United – que ganhou outra consistência com a chegada de Bruno Fernandes – e o Wolverhampton, de Nuno Espírito Santo, com Diogo Jota em forma superlativa: cinco golos em quatro dias.
Em entrevista ao "Mundo Deportivo", Messi elogiou Cristiano Ronaldo, para desgraça dos que gostariam que os dois melhores jogadores do Planeta se odiassem. Curioso também é que CR7 tenha, há dias, apontado Mbappé como o grande craque "do presente e do futuro", e que o astro argentino elegesse igualmente um "sucessor": o compatriota Lautaro Martínez, avançado do Inter. O futuro dirá!
O último parágrafo vai para o árbitro Nuno Almeida, que ontem – em Alvalade e com a bênção do VAR – transformou um penálti claro, contra o Boavista, num envergonhado pontapé de canto. Como diria um antigo diretor meu, pela manhã, ao ver a primeira página do jornal, elaborada pelo chefe de redação que o mesmo diretor largara à sua sorte na noite anterior: "Não te canses mais, pá. O melhor é fechares a porta e mandares todos para casa.»
(Alexandre Pais, Outra vez 2ª feira, in Record, hoje às 00:16)
O único refrigério que encontro para amenizar os últimos 'coices' que tanto Nuno Almeida, quanto Jorge Sousa, tiveram a desfaçatez de aplicar na arbitragem portuguesa nos dois últimos jogos em que, alegadamente, terão arbitrado o Sporting, será saber que ambos estarão a escassos meses de completarem 45 anos e...
Compulsivamente, terão de fechar a loja!...
Leoninamente,
Até à próxima
A seguir a Jorge Sousa e Nuno Almeida outros Sabujos aparecerão...outros Meirins aparecerão... outros Gonçalves aparecerão...Só não aparecem mais R.Pintos porque tentaram descobrir a verdade entre o mundo do futebol em Portugal,que não passa de uma fraude e de uma mentira! Mete nojo,asco,repugnância,ver um arbitro como o de ontem, com recurso ás imagens, transformar um penalti num canto e não expulsar o jogador do Boavista! Enquanto houver estes Sabujos e outros tantos a dar-lhes crédito em Portugal,o futebol cá não passa de uma porcaria lamacenta, podre, nojenta! Venham daí mais Anas Gomes, mais Ruis Pintos mais gente que queira repor a verdade num País de Mentiras
ResponderEliminarPor mim, pois que venham mais Anas Gomes, mais Ruis Pintos, sempre é mais gente a fazer barulho, a combater blindados com fisgas. Só que o poder vigente parece estar assente em pedestais de betão e dificilmente será posto a oscilar que seja.
EliminarNo entanto, reconheço e aceito que se até um pilar inamovível "caiu da cadeira" (o Álamo sabe bem de quem e do que falo), pode ser -repito, pode ser- que algum poder exterior dê uma ajudinha, forçando ondas suficientemente fortes e visíveis para que alguma coisa mude.
Se sei, amigo Liondamaia! Só de me lembrar que andei em Vale de Zebro, mais de um mês a treinar "funeral armas", para no final, acabada a instrução, ser dado à disponibilidade, sem ter a suprema felicidade de exercitar os conhecimentos. Felizmente que outros mais sortudos o fizeram...
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