«A estória é simples de contar. A ANTF (Associação Nacional de Treinadores de Futebol) fez queixa ao Conselho de Disciplina da FPF relativamente à contratação, pelo Sporting, do treinador Rúben Amorim, que supostamente não teria o grau exigido para desempenhar tais funções.
O Conselho de Disciplina fez baixar a queixa à Comissão de Instrutores da Liga, para abertura do respectivo processo. A instrutora Filipa Elias desenvolveu as diligências que reputou pertinentes para apuramento de eventual ilícito disciplinar e, em função da prova recolhida, resolveu acusar Rúben e o Sporting de fraude. Baseia-se a acusação em três pontos fundamentais.
O primeiro é que Rúben Amorim, embora inscrito como treinador adjunto, é o que recebe mais e tal indicia que afinal é ele o treinador principal.
O segundo é o testemunho do ex-jogador Francisco Geraldes que, embora reconhecendo que, durante os jogos, era o treinador principal Emanuel Ferro quem dava instruções aos jogadores, nos treinos e preparação dos encontros era Rúben Amorim quem pontificava.
O terceiro resulta da circunstância de publicamente, o Sporting ter resgatado ao Sp. Braga o treinador em questão, com a pompa e circunstância de quem era escolhido para liderar o projecto desportivo e não como o adjunto que veio a inscrever. Não vou entrar em pormenores jurídicos, mas há aqui coisas de bradar aos céus.
É extensa a lista de treinadores que, não possuindo o grau IV, assumiram "de facto", o papel de treinadores principais, nos últimos anos, sem que a ANTF reagisse desta maneira. O mínimo que se pode dizer é que estamos perante uma óbvia, e diria suspeita, discriminação.
É singular basear a investigação no testemunho de um único jogador, que estava em clara rota de colisão com o clube, que acabou por cedê-lo ao Rio Ave. Não há aqui um patente conflito de interesses? Do vasto plantel de profissionais do Sporting, só se julga útil ouvir um, por acaso alguém convenientemente despeitado.
O Sporting, no uso do seu direito constitucional de livre empresa, paga aos seus profissionais como entende e organiza a sua actividade como melhor lhe aprouver e não como a ANTF acha que deve ser.
Eu acho que esta é uma questão laboral e não disciplinar e que mal andou o Conselho de Disciplina em acarinhar as dores corporativas da classe, se calhar porque desta vez dava jeito.
Cada vez tenho mais saudades do prof. Meirim, e por aqui me fico.»
Quanto mais conheço os homens e as mulheres...
Mais gosto dos cavalos, éguas, leões e leoas!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
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