Princípio da equidade
«O campeonato que será retomado no fim de semana de 30 e 31 de Maio nada terá a ver com aquele que foi suspenso a 18 de Março. Por motivações de ordem física, competitiva e, acima de tudo, por uma quebra total do princípio de equidade, essencial em qualquer competição.
A possibilidade de as derradeiras 10 jornadas serem disputadas em menor número de estádios não é de todo a ideal, mas será, nos dias que correm, a única possível. Até aqui, tudo bem. No entanto, haver equipas de primeira (que disputam os jogos em casa no seu próprio estádio) e equipas de segunda (que disputam todos os jogos enquanto visitantes) é tão injusto como sem sentido. No meio de todo este caos pandémico já estamos a ferir esta Liga da sua veracidade. Colocar mais este obstáculo será mais um prego num caixão insistentemente martelado nos últimos anos.
Qual a alternativa? No plano teórico, não é difícil. Todas as equipas jogam fora de casa, respeitando as regras de segurança sanitária impostas pela DGS e que vão implicar a diminuição dos quilómetros percorridos pelas 18 equipas da Liga NOS. Assim, ninguém fica beneficiado ou prejudicado.
Mas, lá está... estamos no futebol português, caro leitor. Assim de repente, olho para a tabela classificativa e vejo logo três ou quatro potenciais entraves a esta lógica de equilíbrio. Serão, certamente, os mesmos que combatem, com unhas e dentes, a centralização dos direitos televisivos; os mesmos que se sentem confortáveis com a acentuada divisão de Portugal entre grandes e pequenos. Fernando Gomes, líder da FPF, escreveu no seu artigo de opinião que esta é uma oportunidade para o futebol português "definir o papel que quer ter". Que o exemplo venha, então, de quem manda.»
(Alexandre Carvalho, Opinião, in Record, hoje às 21:25)
Não haverá fumo sem fogo! Da chaminé de Alexandre Carvalho não sairia uma coluna de fumo tão densa, se porventura alguém não andasse entretido a cuidar de puxar as achas para a sua fogueira, deixando as dos outros apagadas!...
Quem andará a combater, com unhas e dentes, a centralização dos direitos televisivos? Todos julgamos saber e os jornalistas então, não julgam, sabem mesmo! Mas ninguém se descose, ninguém parece disposto a chibar. Com medo de quê?! Será que o NYT sabe e também não disse, ou deixou à nossa inteligência a faculdade de descobrir, lançando, 'ingenuamente' apenas aquela pequena dica de 'um estado dentro de outro estado'?! E eu a pensar que os americanos eram todos tão estúpidos quanto o Trump!!!...
Querem ver que, assim como a selecção nacional andou anos e anos a fio a jogar no mesmo estádio, a cena irá repetir-se agora neste 'finalzinho' de Liga 2019/20?!...
Olhem amigos, nem sei que vos diga! Quem não há-de andar muito tranquilo deverá ser o Jorge Nuno...
Andarão muitos mouros na costa!!!...
Leoninamente,
Até à próxima
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